Este trabalho teve como objetivo verificar a influência de três tipos de mergulhia de cepa na obtenção de novas plantas de Feijoa sellowiana Berg. Para isso, foi conduzido experimento na EMBRAPA-CNPFT, Pelotas-RS, durante o período de agosto de 90 a julho de 91. Foram utilizados como tratamentos: T1 -corte total da planta a l0cm do nível do solo, seguido de amontoa; T2 - Sem corte da planta, seguido de amontoa a 20 cm de altura e T3 - corte total da planta a 10 cm do nível do solo e amontoa com terra a 20 cm de altura, 2 meses depois do corte. Os parâmetros avaliados foram: número de brotos emitidos por planta; número de brotos enraizados por plantas; número de raízes por broto e vigor dos brotos, representado pelas medidas do comprimento total e diâmetro da base. De acordo com o resultados obtidos o tratamento T3 foi o que proporcionou um maior número de brotos emitidos e enraizados. Para as demais variáveis não houve diferença significativa entre os tratamentos.
A utilização do umezeiro ou damasqueiro-japonês (Prunus mume Sieb & Zucc.) como porta-enxerto de Prunus sp. vem despertando grande interesse em função de sua rusticidade, resistência a pragas e doenças, adaptação e, principalmente, por reduzir o porte de pessegueiros e nectarineiras. Este trabalho foi conduzido no Departamento de Produção Vegetal da FCAV/UNESP, Câmpus de Jaboticabal-SP, e teve por objetivo estudar a propagação vegetativa desta espécie. Para tanto, utilizaram-se estacas herbáceas com 12cm de comprimento dos Clones 02; 05; 10 e 15, provenientes do Programa de Melhoramento Genético do Instituto Agronômico de Campinas, submetidas às concentrações de 0 e 2000mg.L-1 de AIB, por cinco segundos. O experimento foi conduzido em delineamento experimental inteiramente casualizado, com 4 repetições de 20 estacas por parcela, esquema fatorial 4 x 2, sendo o fator clone em 4 níveis (Clones 02; 05; 10 e 15) e AIB em 2 níveis (0 e 2000mg.L-1). De acordo com os resultados, verificou-se diferença entre os clones quanto à porcentagem de enraizamento, sendo o Clone 15 significativamente superior ao Clone 02 (93,75% e 78,13%, respectivamente). Os Clones 05 (85,0%) e 10 (83,13%) comportaram-se como intermediários, não diferindo dos demais. Não houve diferença entre os clones testados quanto à formação de calo, raízes por estaca, comprimento de raízes e porcentagem de estacas brotadas. O ácido indolbutírico na concentração de 2000mg.L-1 favoreceu a emissão de raízes adventícias e aumentou o comprimento das raízes, mas não teve influência na brotação das estacas. Não houve efeito da interação entre os fatores testados para as variáveis analisadas.
O trabalho teve como objetivo avaliar os aspectos qualitativos de uvas de mesa apirênicas (sem sementes) quando submetidas ao processamento mínimo e armazenadas sob refrigeração. Para tanto, foram utilizadas uvas da cultivar BRS Morena e da Seleção Avançada nº 8, produzidas na Embrapa Uva e Vinho/Estação Experimental de Viticultura Tropical (da Embrapa de Jales). Os cachos, depois de higienizados, imersos em água clorada a 300 mg de cloro.L-1 por 5 min., foram mantidos em câmara fria, a 12ºC, por 12 h. Pessoas treinadas e com proteção adequada procederam à degrana dos cachos e ao posterior enxágüe das bagas com água clorada (20 mg.L-1) a 12ºC. Depois de escorrido o excesso de água, as bagas foram acondicionadas em bandejas de tereftalato de polietileno (PET) transparente com tampa e com capacidade para 500 mL. Cada unidade, contendo 200 g de bagas, foi armazenada a 2,5 ± 1ºC e 88% UR por até 36 dias. Avaliaram-se a perda de massa fresca, a evolução da aparência, a coloração e os teores de sólidos solúveis totais (SST), e de acidez titulável (AT). Nas condições do experimento, os produtos minimamente processados da cv. BRS Morena e da Seleção 8 apresentaram baixa perda acumulada de massa fresca (0,16%). O produto da cv. Morena apresentou-se mais escuro (L = 25,04) e mais arroxeado (h° = 332,88) que o da Seleção 8 (L = 29,86 e h° = 345,11), propiciando-lhe melhor qualidade visual. O suco da 'BRS Morena' apresentou maiores teores de SST (22,17 °Brix) e menores para a AT (0,56 %), o que resultou em uma relação SST/AT maior e melhor (39,76) que o da Seleção 8 (18,81). A cv. BRS Morena também apresentou boa manutenção da aparência e, portanto, da qualidade comercial, por 33 dias a 2,5°C, superior ao obtido para a Seleção 8 (24 dias).
RESUMO -O trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade pós-colheita de três cultivares de uvas de mesa sem semente submetidas ao processamento mínimo e armazenadas sob refrigeração e à temperatura ambiente. Para tanto, foram utilizadas uvas das cultivares BRS Clara, BRS Linda e BRS Morena, produzidas na Embrapa Uva e Vinho/Estação Experimental de Viticultura Tropical, em Jales-SP. Os cachos, depois de higienizados e imersos em água clorada a 200 mg de cloro.L -1 por 5 minutos, foram mantidos em câmara fria, a 12ºC, por 12 h. As bagas foram degranadas e lavadas em solução de álcool a 70%, por 5 segundos. Depois de escorrido o excesso da solução alcoólica, as bagas foram acondicionadas em bandejas de tereftalato de polietileno (PET) transparente com tampa e com capacidade para 500 mL. Cada unidade, contendo 200 g de bagas, foi armazenada a 12±1,8ºC e 24±0,8ºC, por 12 dias. Avaliaram-se, a cada três dias, a perda de massa fresca, a aparência, a coloração e os teores de sólidos solúveis (SS) e de acidez titulável (AT). A temperatura de 12°C manteve a turgidez, a coloração, as qualidades organoléptica (relação SS/AT) e comercial das bagas das três cultivares testadas, por nove dias, enquanto no armazenamento à temperatura ambiente (24°C), ocorre perda da qualidade comercial das bagas aos três dias para as cvs. BRS Clara e BRS Linda, e aos seis dias para a cv. BRS Morena. Termos para indexação: Vitis sp., uvas sem sementes, pós-colheita, processamento mínimo. EFFECT OF STORED TEMPERATURE IN MINIMALLY PROCESSED SEEDLESS TABLE GRAPESABSTRACT -The objective of this research was to evaluate the postharvest quality of three apirenic (seedless) table grapes cultivars submitted to minimally processed and stored under refrigeration and room temperature. It was used the cultivars BRS Clara, BRS Linda and BRS Morena produced at Embrapa Grapes and Wine/Tropical Viticulture of Experimental Station, in Jales, state of São Paulo. The clusters were immersed in a solution of sodium hypochlorite (200 mg Cl.L -1 ) for 5 minutes before being stored at 12ºC for 12 hours. The berries were removed and rinsed with alcohol solution (70%) per 5 seconds. After drained the water excess, the berries were conditioned in 500 mL capacity trays of transparent tereftalato of polyethylene (PET) with lid. Each unit with 200 g of berries was stored at 12±1.8ºC and 24±0.8ºC during 12 days. Every three days, the loss of weight, appearance, color, soluble solids (SS) and titratable acidity (TA) were evaluated. The temperature of 12°C kept the turgidity, the color, the ratio SS:TA and the marketing conditions of the berries from the three cultivars tested after nine days of evaluations. The berries stored at room temperature (24°C), loss the commercial quality at the third day for BRS Clara and BRS Linda cultivars and at the sixth day for the BRS Morena cultivar.
RESUMO:Objetivando verificar o efeito de três temperaturas (0°C, 2°C e ambiente) e da embalagem de polietileno perfurado no armazenamento, utilizou-se frutos de goiabeira serrana (Feijoa sellowiana Berg), provenientes de plantas nativas de Vacaria, RS, colhidos em meados de março de 1993 e mantidos em câmaras frias. O tempo de armazenamento foi de 21 e 28 dias, mais 2 dias de comercialização simulada. À temperatura ambiente, a durabilidade dos frutos foi próxima a uma semana, não tendo sido possível sua avaliação. Aos 21 dias, as frutas mantidas a 2°C e embaladas com polietileno tiveram menor teor de SST (Sólidos Solúveis Totais) e menor perda de peso que as dos demais tratamentos; a ATT (Acidez Total Titularei) foi menor na temperatura de 2°C, independente do uso de polietileno; a relação SST/ATT não foi influenciada pelos tratamentos. Aos 28 dias, a perda de peso, SST, ATT e relação SST/ATT foi similar à retirada aos 21 dias. Resultados preliminares permitem concluir que os frutos podem ser conservados até 28 dias nas temperaturas de O e 2°C, permanecendo aptos para o consumo, sem alteração no teor de sólidos solúveis e na acidez dos frutos. Descritores: Feijoa sellowiana Berg., frigoconservação INFLUENCE OF TEMPERATURE AND POLYETHILENE WRAPPING IN THE STORAGE OF FEIJOA FRUITS (Feijoa sellowiana Berg.)ABSTRACT: To verify the effect of three temperatures (0°C, 2°C and room temp.) and of polyethilene wrapping in the storage of feijoa (Feijoa sellowiana Berg.), fruits of native plants from Vacaria (RS), were harvested around middle March 1993 and kept in cold rooms. The cold storage periods were 21 and 28 days, with 2 additional days of simulated marketing. At ambient temperature, fruit durability was near one week, their evaluation was not possible. After 21 days, the fruits maintained at 2°C and packed in polyethilene showed lower weight loss and TSS (Total Soluble Solids) than the fruits of (he other treatments; the TTA (Total Titratable Acidity) was lower for the 2°C temperature, with or without polyethilene; the TSS/TTA ratio was not influenced by the treatments. After 28 days, the weight loss, TSS, TTA and TSS/TTA ratio were similar to those of 21 days. Preliminary results permit to conclude that fruits can be stored up to 28 days at 0 and 2°C temperatures for consumption, without TSS and TTA changes.
O umezeiro (Prunus mumeSieb & Zucc.) é uma rosácea de folhas caducas, nativa da China, cujos frutos e flores são muito apreciados pelos povos orientais. No Brasil, alguns estudos foram realizados visando a sua utilização como porta-enxerto para pessegueiro e nectarineira, dadas as suas características de adaptação, rusticidade, redução do porte da planta e compatibilidade com algumas cultivares de Prunus persica. O presente estudo foi conduzido em câmara de nebulização sob ripado, pertencente ao Departamento de Produção Vegetal da FCAV/UNESP, Câmpus de Jaboticabal-SP. Objetivou-se verificar a influência de quatro comprimentos de estacas herbáceas no enraizamento de dois clones de umezeiro. O material vegetal, identificado como Clone 10 e Clone 15, foi oriundo do Programa de Melhoramento Genético do Instituto Agronômico de Campinas-SP. O experimento foi constituido de fatorial 2 x 4, em blocos casualizados, sendo o fator clone em 2 níveis (Clone 10 e Clone 15) e o fator comprimento de estaca em 4 níveis (12; 15; 18 e 25cm). Pelos resultados observados, verificou-se diferença entre os clones somente na porcentagem de estacas brotadas e número de raízes por estaca. O comprimento da estaca influenciou na porcentagem de enraizamento e na mortalidade das estacas, sendo que estacas maiores tenderam a apresentar maiores porcentagens de enraizamento e menores de mortalidade. As estacas com 12cm, embora apresentando menor número de raízes por estaca, são recomendadas por permitirem a obtenção de um maior número de estacas por planta-matriz. Houve efeito significativo da interação entre os fatores para número e comprimento de raízes.
Em regiões tropicais e subtropicais do Brasil, a produção de 'Niagara Rosada' tem sido problemática, principalmente devido à dificuldade de emissão e desenvolvimento das brotações após a poda de produção realizada nos meses de ocorrência de temperaturas mais baixas, o que tem causado redução nas produções e desestímulo dos viticultores. Para tentar solucionar esse problema, foram conduzidos três experimentos, em pomares comerciais localizados na região Noroeste do Estado de São Paulo, com o objetivo de estudar o efeito do ethephon, aplicado antes da poda de produção, no desfolhamento da planta, na emissão e desenvolvimento das brotações e na duração do período da poda até a floração. Foram testadas quatro doses de Ethephon (0; 3; 6 e 9 L.ha-1) aplicadas via foliar, 15 dias antes da poda de produção, realizada no mês de junho de 2001. Pelo que foi observado no presente trabalho, o ethephon, embora não causando efeito significativo no número de gemas brotadas, no desenvolvimento das brotações, evidenciou aumento destas variáveis, quando aplicado em pomares pouco enfolhados e em condições climáticas amenas. Com relação ao desfolhamento das plantas, os melhores resultados foram observados nas doses de 6 e 9L.ha-1.
A goiabeira (Psidium guajava L.) é uma espécie que vem se tornando de grande importância em diversas regiões do Brasil, principalmente no Estado de São Paulo, maior produtor nacional. Desde 1985, a UNESP/FCAV, Câmpus de Jaboticabal, vem desenvolvendo um programa de melhoramento genético da goiabeira, com o objetivo de obter plantas com boas características agronômicas e com frutos que possam ser destinados tanto à industrialização quanto ao consumo na forma de fruta fresca. Partindo-se de 219 plantas, oriundas de diversos cruzamentos, e após dez anos de avaliação, chegou-se à cultivar Século XXI, cujas principais características são: planta muito produtiva com ciclo precoce (130 dias da floração à colheita), frutos grandes, com polpa espessa, róseo-avermelhada, ótimo sabor e com poucas e pequenas sementes.
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