O tema paradoxos organizacionais vem ganhando espaço no estudo das organizações. Em uma perspectiva dialética de evolução social, este conceito refere-se à realidade socialmente construída pelos atores, que representam os sistemas complexos nos quais estão inseridos em torno de duas percepções contraditórias que passam a orientar a sua ação. A partir das premissas do interacionismo simbólico, conceituamos e discutimos neste artigo um paradoxo cultural na gestão de pessoas por meio de um estudo etnográfico em uma cooperativa agro-industrial. Partimos da visão da organização como um complexo contexto cultural, formado pelo agrupamento de diversos sistemas de significação. Neste contexto, analisamos os conflitos gerados por interpretações divergentes de práticas sociais, resultado de repertórios culturais distintos, que causaram percepções contraditórias do sistema social. Discutimos estes conflitos em termos de sua influência na evolução do sistema organizacional. Ao final do artigo, fazemos algumas considerações acerca dos estudos futuros sobre o tema.
Pesquisas sobre o atual contexto da gestão de pessoas no Brasil indicam uma importante fase de transição pela qual a área de RH passa atualmente, de uma atuação predominantemente operacional para modelos mais orgânicos de gestão de pessoas. Os autores pesquisados mostram que a aprendizagem organizacional é uma variável progressivamente defendida e valorizada pelos profissionais da área nos novos modelos de gestão que emergem no Brasil. Esta época de transição de modelos tem como característica a intensificação de paradoxos e contradições nas organizações, que adotam rapidamente o novo discurso, mas encontram dificuldades operacionais para implementação das novas estruturas e comportamentos próprios aos novos modelos. Mostrados por meio de um estudo de caso como a organização estudada conseguiu evitar os efeitos do paradoxo discurso x prática gerencial por meio da emergência do modelo político de gestão de pessoas. Na medida em que mudanças graduais permitiram a construção de novas competências e novos relacionamentos necessários à implementação de sistemas de informação, consolidou-se um novo sistema organizacional, mais propício à aprendizagem.
ResumoNeste ensaio teórico apresentamos elementos da Teoria da Ação Comunicativa de Habermas e a comparamos com a abordagem do poder de Michel Crozier. Discutimos uma possível agenda de pesquisa e apresentamos os artigos selecionados para este número especial da revista. Palavras-chave:Teoria da Ação Comunicativa. Poder. Pesquisa. AbstractIn this theoretical essay, we introduce elements of Habermas' Theory of Communicative Action and compare it to Michel Crozier's approach to power. We discuss a possible research agenda and introduce the articles selected for this special issue of the journal.
This article presents a debate regarding the concept of organizational resilience, a subject to which Cadernos EBAPE.BR dedicated a special issue. If the organization is resilient, it faces situations of rupture and risk successfully, innovating and learning during the process, as well as achieving superior levels of equilibrium and complexity, in a dynamic of continuous evolution". The more resilient the organization is, the more innovative its activity, grounded in a more substantive communication -inspired by Habermas' theories -which seeks understanding and factual knowledge. The model of post-bureaucratic organizations debates these and others issues presented in this article. Keywords:Resilience. Dynamic equilibrium. Communicative action. innovation. Organizações pós-burocráticas e resiliência organizacional: a institucionalização de formas de comunicação mais substantivas nas relações de trabalho ResumoEste artigo apresenta um debate sobre o tema resiliência organizacional, ao qual se dedica um número especial do periódico Cadernos EBAPE.BR. Se a organização consegue enfrentar situações de ruptura com êxito, inovando e aprendendo com tal dinâmica e atingindo níveis de complexidade superiores em equilíbrio, a resultante é que, mesmo enfrentando muitas rupturas, trata-se de uma organização resiliente por aprender com elas, evoluir e mostrar-se estável em processos de mudança. Observa-se a capacidade de estabelecer patamares cada vez mais complexos de estabilidade, atingindo novamente o equilíbrio em um movimento dinâmico e contínuo de evolução e aprendizado. Quanto mais resiliente for uma organização, mais inovadora será sua atividade, baseada em substantivo trabalho de comunicação, de inspiração habermasiana, que visa ao real entendimento das questões e à produção de conhecimento factual. O modelo das organizações pós-burocráticas debate essas e outras questões que apresentamos neste artigo. Palavras-chave:Resiliência. Equilíbrio dinâmico. Ação comunicativa. Inovação. Organizaciones postburocráticas y resiliencia organizacional: la institucionalización de formas de comunicación más sustantivas en las relaciones de trabajo ResumenEste artículo presenta un debate sobre el tema resiliencia organizacional, al cual se le dedica un número especial del periódico Cadernos EBAPE.BR. Si la organización logra enfrentar situaciones de ruptura con éxito, innovando y aprendiendo con dicha dinámica y alcanzando niveles de complejidad superiores en equilibrio, la resultante es que, aun enfrentando muchas rupturas, se trata de una organización resiliente por aprender con estas, evolucionar y demostrar ser estable en procesos de cambio. Se observa la capacidad de establecer niveles cada vez más complejos de estabilidad, logrando nuevamente el equilibrio en un movimiento dinámico y continuo de evolución y aprendizaje. Cuanto más resiliente sea una organización, más innovadora será su actividad, basada en un sustantivo trabajo de comunicación, de inspiración habermasiana, con vistas al real entendimiento de las cuesti...
ResumoEste artigo tem por objetivo relacionar o conceito de organização inovadora sustentável com o conceito de resiliência organizacional. Para tanto, foi realizado um estudo no departamento de recursos humanos da EBE S.A., uma empresa brasileira de energia. Este trabalho realiza uma revisão teórica dos conceitos de visão baseada em recursos, competências essenciais, capacidades dinâmicas, modelo estratégico de gestão de pessoas, aprendizagem organizacional, resiliência organizacional, organização inovadora sustentável e, por fim, identifica quais são as práticas da gestão de pessoas da EBE S.A. que contribuem para que a empresa seja uma Organização Inovadora Sustentável Resiliente.Palavras-chave: Gestão estratégica de pessoas. Resiliência. Organização inovadora sustentável.Artigo recebido em 28 de março de 2015 e aceito para publicação em 15 de setembro de 2015.
O presente artigo conceitua o Market Driven Quality, política de qualidade implementada pela IBM em seu processo de mudança organizacional, em uma reação às atuais dificuldades que vem enfrentando. A mudança é abordada do ponto de vista da cultura organizacional do interacionismo simbólico, apresentando alguns dos desafios que esta empresa deve enfrentar no futuro. A análise do caso fere-se à subsidiária brasileira da IBM.
Resumo Este artigo-dossiê apresenta inicialmente uma reflexão sobre a institucionalização de organizações resilientes, uma vez que a mudança organizacional é a reinvenção de um novo sistema de regras e normas com o propósito de encorajar novas condutas e convívios e formas de negociação necessárias e, no que concerne, lograr a colaboração dos indivíduos na organização e a execução de novas soluções tecnológicas. Dedicando-se ao número temático “Inovação em Organizações de Economias Emergentes”, o propósito, conforme expresso pelos editores convidados desta edição, Bernardes, Borini e Figueiredo (2019), é instigar uma contemplação orientada à estruturação de uma agenda de pesquisa crítica sobre a área das estratégias de inovação e das organizações em economias emergentes e suas implicações originais na academia brasileira. Uma introdução ao estudo da inovação tecnológica na comunicação científica é apresentada, englobando pesquisa científica, publicações científicas e tecnologia digital.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.