SUMMARY INTRODUCTION Teenage pregnancy is a universal phenomenon, with higher prevalence in developing countries. Although there has been a reduction in Brasil since the year 2000, the age-specific fertility rate for this age group remains high. OBJECTIVE To evaluate the frequency of adolescence pregnancy in in Brasil from 2006 to 2015 and its association with the Human Development Index (HDI). METHODS A descriptive epidemiological study, conducted by searching the database of the Department of Informatics of the Unified Health System (DATASUS), using information from the Information System on Live Births (SINASC) for the five Brazilian regions. RESULTS There was a reduction in the percentage of live births (LB) from adolescent mothers (10 to 19 years old) in Brasil by 13.0% over the last ten years. This decline was observed in all Brazilian regions among mothers aged 15 to 19 years. The number of LB increased by 5.0% among mothers aged 10 to 14 years in the North and decreased in the other regions, with higher rates in the South (18.0%). The specific fertility rate for the 15-19-year-old group decreased from 70.9/1,000 to 61.8/1,000 in the period. The proportion of LB is inversely associated with the HDI, except in the Northeast (the lowest HDI in the country), where there was a significant reduction (18.0%) among mothers aged 15-19 and 2% among those aged 10-14 years. CONCLUSION Teenage pregnancy in Brasil is in slow decline, especially among mothers aged 10-14 years and is inversely associated with the HDI, except in the Northeast.
SUMMARY OBJECTIVE: The aim of this study was to assess the rate of repeated pregnancy in adolescence and its association with early marriage and education level. METHODS: This is a cross-sectional study conducted by searching the Live Births Data System. The study included all adolescents in the age group 10–19 years with live births from 2015 to 2019 (n=2,405,248), divided into three groups: G1: primiparas; G2: with 1 previous pregnancy; and G3: with two or more previous pregnancies. RESULTS: Total repeated pregnancies remained stable, along the years. In the age group 10–14 years, the decrease in the period was from 5.0 to 4.7%, whereas in the age group 15–19 years, it was from 27.8 to 27.3%. Being married or in a stable union increases by 96% the chance of repeated pregnancy in the age group 10–14 years (p<0.001; OR=1.96; 95% confidence interval [CI] 1.85–2.09). In the age group 15–19 years, the chance of repeated pregnancy among the married or in stable union increased 40% (p<0.001; OR=1.40; 95%CI 1.39–1.41)). Girls aged 10–14 years with an education level of<8 years had a 64% higher chance of repeated pregnancy (p<0.001; OR=1.64; 95%CI 1.53–1.75), and among those aged 15–19 years, there was a 137% higher chance of repeated pregnancy (p<0.001; OR=2.37; 95%CI 2.35–2.38). CONCLUSION: Repeated pregnancy in adolescence in Brazil remains very high over the years. There is an association between low education level and early marriage with repeated pregnancies in adolescence.
Introdução: Nos últimos anos, a infecção por HIV de mulheres brasileiras em idade reprodutiva tem aumentado, o que consequentemente acarreta incremento na transmissão vertical. O Ministério da Saúde disponibiliza recomendações de ações direcionadas ao controle dessa via de transmissão, atualizadas periodicamente. Objetivo: Este trabalho busca avaliar o cumprimento e a importância das ações maternas na prevenção da transmissão da doença. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, com população constituída de 320 gestantes HIV positivas, acompanhadas e tratadas em maternidade de referência no Rio de Janeiro, entre 2008 e 2018. Dois prontuários de gestantes foram retirados da análise em razão de óbito fetal durante a gravidez. Analisaram-se as seguintes variáveis: idade materna, carga viral no 1º e 3º trimestres, momento do diagnóstico da infecção, uso de terapia antirretroviral (TARV) ou zidovudina (AZT) durante a gestação, uso de AZT no trabalho de parto, via de parto, condições das membranas amnióticas e método de inibição do leite materno. Coletaram-se os dados por revisão de prontuários e utilizou-se o programa Epi Info 3.5.4 para construção de banco de dados e análise estatística. Resultados: A média de idade materna foi de 27,6±6,8 anos (14‒51). A carga viral no 1º trimestre foi >1.000 cópias/mL em 30,4%. A carga viral no 3º trimestre foi >1.000 cópias/mL em 12,2%. O momento do diagnóstico do status HIV foi fora da gestação em 33,6% (90/268) e 66,4% (178/268) descobriram o diagnóstico durante a gestação atual ou em gestação anterior. O uso de TARV/AZT teve início no 1º trimestre em 40,7% (84/206) das gestantes, no 2º trimestre em 35,9% (74/206) e no 3º trimestre em 23,3% (48/206). O AZT venoso antes do parto foi usado em 89,1% (244/274) das gestantes. O parto ocorreu por via vaginal em 27,8% das mulheres (85/306), das quais uma tinha carga viral >1.000 cópias/mL. A rotura da bolsa d’água ocorreu em 44,5% dos partos e 15% (47/320) apresentaram tempo de bolsa rota superior a quatro horas. A episiotomia foi realizada em 9,4% (8/85) dos partos vaginais. O método de inibição do leite materno foi exclusivamente mecânico em 54,8% (149/272) e mecânico e farmacológico nas demais. Conclusão: As recomendações para a profilaxia da transmissão vertical do HIV estão sendo cumpridas na instituição, porém necessitam de maior agilidade para a tomada de decisões nas situações adversas. O estudo aponta que o pré-natal é um momento importante para a descoberta do status sorológico para o HIV, e que as diversas ações preconizadas e iniciadas precocemente são eficazes na redução da transmissão vertical do HIV e resultaram na diminuição da carga viral no último trimestre, contribuindo para maior proteção ao recém-nascido.
Introdução: A gravidez com idade de 35 anos ou mais é considerada gravidez tardia, com riscos para o binômio materno-fetal. Objetivo: Analisar a taxa de fecundidade por idade específica (TFIE) por região brasileira, o estado conjugal e a escolaridade das mães ≥35 anos nos períodos 1995-2000 e 2013-2018. Método: Estudo com desenho transversal, realizado por busca de informações no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Estudaram-se as gestantes das faixas etárias 35-39, 40-44 e ≥45 anos que tiveram filhos nesse período. Foram excluídas as informações dos registros do SINASC com idade gestacional <22 semanas e com idade ignorada, e calcularam-se as frequências de estado civil e escolaridade em cada grupo etário. Resultados: A TFIE de 35-39 anos nos períodos 1995-2000 e 2013-2018 no Brasil mostrou aumento de 13,7% (de 33,9 para 38,5%), com crescimento em todas as regiões brasileiras, exceto no Nordeste. Na Região Norte, aumentou de 31,7 para 33,3% (4,9%), no Centro-Oeste de 24,8 para 36,9% (48,9%), no Sudeste de 32,8 para 41,6% (26,7%) e no Sul de 40,5 para 43,1% (6,4%). Entre 40-44 anos, houve redução no Norte, Nordeste e Sul (-19,6, -28,7 e -12,2%, respectivamente) e elevação no Centro-Oeste de 6,9 para 9,1% (32,1%) e no Sudeste de 9 para 10,8% (20,1%). A gravidez com 45 anos ou mais reduziu em todas as regiões brasileiras no período estudado. Em relação ao estado civil, nota-se que, no período de 1995-2000, a gravidez tardia ocorreu com mais frequência na população casada (74,6%), aparecendo em maior proporção entre 35-39 anos (78,6%) e na região Sudeste (46,2%). O mesmo ocorreu no período de 2013-2018 (68%), sendo mais comum na população casada com idade de 35-39 (80,8%) e com maior proporção na região Sudeste (46,7%). Já comparando a escolaridade, no período de 1995-2000, a quantidade de mulheres com ≥8 anos de estudo que engravidaram foi maior em todas as regiões, exceto Norte e Nordeste. No período de 2013-2018, observa-se que esse grupo de mulheres foi maior em todas as regiões. O Sudeste teve maior número de mulheres grávidas com ≥8 anos de estudo nos dois períodos (1995-2000 e 2013-2018), sendo, respectivamente, 58 e 49,7%. Conclusão: Esses resultados mostram correlação direta com o índice de desenvolvimento humano (IDH), pois regiões com >IDH apresentam > taxa de gestação tardia. A tendência de adiamento da gravidez encontra-se relacionada à maior escolaridade e ao casamento, provavelmente pela participação feminina no mercado de trabalho, que leva à postergação da gravidez em busca de melhores oportunidades profissionais e financeiras.
O objetivo deste estudo foi avaliar a importância da assistência pré-natal na profilaxia da transmissão vertical do HIV (TVHIV). Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo no Núcleo Perinatal da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A população de estudo foi constituída por 323 gestantes HIV-positivo e seus bebês, que nasceram na maternidade no período de 2007 a 2018. As gestantes foram separadas de acordo com o momento do diagnóstico da infecção pelo HIV: Grupo 1: diagnóstico durante a gravidez e, Grupo 2: diagnóstico prévio à gravidez. Os dados foram coletados de registros hospitalares das gestantes e dos recém-nascidos. As variáveis utilizadas foram os dados da gestação, parto, puerpério e do acompanhamento do RN. Não houve diferença significativa quanto ao estado conjugal, cor e idade das gestantes. O início do pré-natal após o primeiro trimestre da gestação ocorreu em 64,1% do grupo 1 e em 43,8% do grupo 2. Das gestantes que descobriram o diagnóstico na gestação, 82,4% utilizaram TARV por mais de 4 semanas. Nos casos referentes aos recém-nascidos contaminados (1,2%), o número de consultas pré-natais foi < 6 em três dos quatro casos, somente uma das quatro mães utilizou a TARV pelo tempo necessário e a carga viral no terceiro trimestre foi superior a 1.000 cópias/mL em três casos e desconhecida em um caso. O pré-natal tem sido um momento significativo para o diagnóstico do HIV e início precoce da profilaxia da TVHIV, com bons resultados perinatais.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.