The diversity of interventions and outcomes addressed across studies and differences in settings, populations and comparisons made it difficult to summarise results across studies. Cap and co-payment polices may reduce the use of medicines and reduce medicine expenditures for health insurers. However, they may also reduce the use of life-sustaining medicines or medicines that are important in treating chronic, including symptomatic, conditions and, consequently, could increase the use of healthcare services. Fixed co-payment with a ceiling and tiered fixed co-payment may be less likely to reduce the use of essential medicines or to increase the use of healthcare services.
O diabetes mellitus é uma das doenças mundialmente mais prevalentes em adultos e está entre as principais causas de perda de anos de vida saudável, o que se agrava com o acelerado envelhecimento populacional no Brasil. Este estudo visa dimensionar o problema do diabetes mellitus e suas complicações e caracterizar a atenção à saúde do diabético no Brasil, segundo regiões. As prevalências foram estimadas utilizando modelo de regressão multinomial, e a caracterização da atenção à saúde se deu a partir da triangulação entre a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) e dados da Farmácia Popular. A prevalência de diabetes mellitus no Brasil foi de 9,2%, pelo modelo multinomial, e a prevalência da PNS corrigida (autorreferida + alterada na hemoglobina glicosilada - HbA1c ≥ 6,5) foi de 9,4%. A proporção de subnotificação do diabetes mellitus no país foi de 42,5%, chegando a 72,8% na Região Norte. Dentre os diagnosticados, mais da metade apresentou HbA1c ≥ 6,5. A insuficiente realização de exame de fundo de olho (40%), com ampla variação regional (Norte 25% - Sudeste 52%), reflete-se na alta prevalência de retinopatia. O exame dos pés apresentou baixa realização (30%), podendo levar a mais amputações. Cerca de 80% dos diabéticos usavam medicamentos, o que indica uma alta parcela ainda sem tratamento. Deficiências na atenção à saúde do diabético levam a maior morbidade, internações (15%) e idas a emergências (27% - PMAQ). O cenário apresentado em 2012, apesar de não ser ideal, deu-se num contexto de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a crescente prevalência de diabetes mellitus e cortes no investimento em saúde pública, cabe a reflexão sobre o controle da doença nos próximos anos.
A COVID-19 é uma síndrome respiratória aguda grave (SRAG) infecciosa, causada por coronavírus. A doença tem alta transmissibilidade e ocasiona sintomas leves a graves, gerando elevada demanda por cuidados intensivos e milhares de óbitos. Em março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada como pandemia e já soma mais de 5 milhões de casos e 300 mil óbitos pelo mundo. A história natural da doença ainda não é bem estabelecida, dificultando a elaboração de protocolos clínicos eficazes e medidas de prevenção. Apesar disso, pode-se afirmar que é uma doença de abordagem sistêmica, já que há evidências de complicações agudas e crônicas, além de efeitos catastróficos na saúde mental da população. Destaca-se então a necessidade de uma metodologia que capte de forma mais efetiva os efeitos da COVID-19, considerando aspectos como sua gravidade, duração e potencial de gerar complicações crônicas que aumentarão as demandas no Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse sentido, é de extrema utilidade o indicador DALY, ou anos de vida perdidos por morte prematura ajustados por incapacidade (DALY), que agrega a (1) mortalidade - estimativa dos anos de vida perdidos (YLL) e (2) morbidade - estimativa dos anos vividos com incapacidade (YLD). Este artigo discute a relevância e as dificuldades de estudar a carga da COVID-19 e de suas complicações, no contexto brasileiro, ressaltando a importância de caracterizar a história natural da doença e estimar indicadores como o YLD, que considerem a alta carga de morbidade no planejamento de estratégias para lidar com as consequências da COVID-19 pós-pandemia. Discute-se também os desafios futuros para o enfrentamento da doença no SUS e reflexões sobre o cálculo do DALY.
ObjectivesThe Brazilian constitution guarantees the right to health, including access to medicines. In May 2004, Brazil’s government announced the “Farmácia Popular” Program (FPP) as a new mechanism to improve the Brazilian population’s access to medicines. Under FPP, a selected list of medicines is subsidized by the government and provided in public and private pharmacies.The aim of this study is to describe the historical stages of the FPP and to identify associated changes in the geographical accessibility of medicines through the FPP over time.MethodsIt was performed documentary review and an ecological study assessing program coverage in terms of number of facilities and a FPP Pharmacy Facilities Density (PFD) index at national and regional levels from 2004 to 2013, using the FPP database. We used geographic information system mapping to depict a pharmaceutical facilities density (PFD) index at the municipality level on thematic maps.ResultsA growth of the PFD index coincident with the phases of the FPP was noticed. In the public sector, the program started in 2004; by 2006, there was a sharp increase in the numbers of participating pharmacies, stabilizing in 2009. In the private sector, the program started in 2006; by 2009 the PFD ratio had increased substantially and it continued to grow through 2011. There was an increase in FPP coverage in most regions between 2006, when the private pharmacy component started, and 2013, but participating pharmacies remain unequally distributed across geographical regions. Specifically, the wealthy areas in the South and Southeast have higher coverage, with lower coverage mostly in the North and Northeast, relatively poorer areas with greater need for access to medicines, health care, and other basic services such as potable water and sanitization.ConclusionsThere has been a substantial increase in the number of pharmacies participating in the FPP over time. This has led to greater program coverage and has potentially improved access to FPP medicines in the country. Nevertheless, disparities in pharmacy coverage remain among the regions.Electronic supplementary materialThe online version of this article (doi:10.1186/s40545-015-0030-x) contains supplementary material, which is available to authorized users.
The article aimed to identify the sources of medicines for users of the Brazilian Unified National Health System (SUS) that reported chronic non-communicable diseases, characterizing the group according to demographic, socioeconomic, and health variables in the different regions of Brazil. Data were analyzed from the National Survey on Access, Use, and Promotion of Rational Use of Medicines in Brazil (PNAUM), a cross-sectional population-based study. The dependent variable was "source of medicines", and the associations were analyzed with demographic, socioeconomic, and health status variables. Users that obtained care and medicines solely in the SUS were designated here as SUS-exclusive. Some 39% of persons obtained their medicines from SUS pharmacies and 28.5% from other sources. The study found 42.9%, 41.8%, 40.2%, and 31% of exclusive SUS users in the Southeast, South, North, and Northeast regions of Brazil, respectively. SUS users have the SUS as their primary source of medicines, but there is also a relevant share from other sources, suggesting problems with access in the SUS. In the South and Southeast regions, the population relies less on private pharmacies than in the Northeast and North.
OBJETIVO: Analisar o desempenho do Programa Farmácia Popular do Brasil perante os setores público e privado, em relação a: disponibilidade, preço e custo, para o paciente, de medicamentos para hipertensão e diabetes. MÉTODOS: Foi utilizada a metodologia desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde em conjunto com a Ação Internacional para Saúde, para comparação de preços e disponibilidade de medicamentos. A pesquisa foi aplicada em maio de 2007, em estabelecimentos de diferentes setores [público, privado e as modalidades própria (FPB-P) e expansão (FPB-E) do Programa], em 30 municípios do Brasil. Os quatro medicamentos analisados foram: captopril 25mg e hidroclorotiazida 25mg, para hipertensão, e metformina 500mg e glibenclamida 5mg, para diabetes. RESULTADOS: O FPB-E apresentou maior disponibilidade de medicamentos e o setor público, a menor. Tanto no setor público quanto na FPB-P o percentual de disponibilidade de similares foi maior que o de genéricos. A comparação de preços entre os setores mostrou menor preço de aquisição no FPB-E, seguido pelo FPB-P. O FPB-E apresentou economia superior a 90% em relação ao setor privado. O número de dias de trabalho necessários para aquisição de tratamentos para hipertensão e diabetes foi menor no FPB-E. CONCLUSÕES: A menor disponibilidade encontrada no setor público pode ser uma das justificativas para migração dos usuários do setor público para o FPB. Os altos preços praticados pelo setor privado também contribuem para que o Programa seja uma alternativa de acesso a medicamentos no País.
Foi realizado estudo para identificar perfil de preços e disponibilidade de medicamentos segundo tipo de provedor, nas cinco regiões do país, para uma lista de medicamentos utilizados no tratamento de doenças prevalentes na população. Utilizou-se a metodologia de avaliação de preços proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pela Ação Internacional para a Saúde (AIS), adaptada para o cenário brasileiro. A análise evidenciou que no setor público há mais medicamentos similares do que genéricos em todas as regiões. Para a maioria dos medicamentos (71,4%) a disponibilidade de genéricos foi menor que 10%. No setor privado, a média do número de diferentes de versões genéricas encontradas nos pontos de venda foi muito inferior ao número de versões existentes no mercado. A análise mostrou correlação positiva entre o número de genéricos comercializados, ou encontrados no ponto de venda, e variação de preços em relação ao preço máximo ao consumidor. Estima-se que medicamentos genéricos estejam competindo em preço entre si e com similares, mas não com medicamentos de referência.
BackgroundAccess to medicines is one of the major challenges in health policy. The high out-of-pocket expenditures on medicines in the Latin American and Caribbean (LAC) region represents important barrier to affordable access to care for NCDs. This paper aim to identify key barriers in access to medicines for household members with a diagnosed chronic condition in three Central America countries.MethodsThis was a cross-sectional analytic study, based on data from three household surveys using a common methodology. We examined associated factors to: (1) seeking care for chronic illness from a trained clinician in the formal health system, and (2) obtaining all medicines sought for the chronic conditions reported.ResultsA chronic condition was reported in 29.8 % (827) of 2761 households - 47.0, 30.7 and 11.8 % in Nicaragua, Honduras and Guatemala, respectively. The three main chronic conditions reported were hypertension, arthritis, and diabetes. Seeking care in the formal health system ranged from 73.4 % in Nicaragua to 83.1 % in Honduras, while full access to medicines varied from 71.6 % in Guatemala to 88.0 % in Honduras. The main associated factors of seeking care in the formal health system were geographic location, household head gender, Spanish literacy, patient age, perceived health status, perceived quality of public sector care, household economic level, and having health insurance. Seeking care in the formal health system was the main bivariate associated factor of obtaining full access to medicines (OR: 4.3 95 % CI 2.6 – 7.0). The odds of full access to medicines were significantly higher when the household head was older than 65 years, medicines were obtained for free, households had higher socioeconomic status, and health care was sought in the private sector.ConclusionsThe nature of the health system plays an important role in access to medicines. Access is better when public facilities are available and function effectively, or when private sector care is affordable. Thus, understanding how people seek care in a given setting and strengthening key health system components will be important strategies to improve access to medicines, especially for populations at high risk of poor access.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.