OBJETIVO: Analisar a presença do distúrbio de voz em professores na concordância entre autorreferência, avaliação perceptiva da voz e das pregas vocais. MÉTODOS: Deste estudo transversal, participaram 60 professores de duas escolas públicas de ensino fundamental e médio. Após responderem questionário de autopercepção (Condição de Produção Vocal do Professor - CPV-P) para caracterização da amostra e levantamento de dados sobre autorreferência ao distúrbio de voz, foram submetidos à coleta de amostra de fala e exame nasofibrolaringoscópico. Para classificar as vozes, três juízes fonoaudiólogos utilizaram à escala GRBASI e, para pregas vocais (PPVV), um otorrinolaringologista descreveu as alterações encontradas. Os dados foram analisados descritivamente, e a seguir submetidos a testes de associação. RESULTADOS: No questionário, 63,3% dos participantes referiram ter ou ter tido distúrbio de voz. Do total, 43,3% foram diagnosticados com alteração em voz e 46,7%, em prega vocal. Não houve associação entre autorreferência e avaliação da voz, nem entre autorreferência e avaliação de PPVV, com registro de concordância baixa entre as três avaliações. Porém, houve associação entre a avaliação da voz e de PPVV, com concordância intermediária entre elas. CONCLUSÃO: Há maior autorreferência a distúrbio de voz do que o constatado pela avaliação perceptiva da voz e das pregas vocais. A concordância intermediária entre as duas avaliações prediz a necessidade da realização de pelo menos uma delas por ocasião da triagem em professores.
OBJETIVO: analisar as informações adquiridas por profissionais da voz em ações preventivas e verificar o impacto destas para a saúde vocal. MÉTODOS: participaram 100 profissionais da voz, de ambos os sexos, entre 16 e 55 anos, sendo professores, locutores, cantores, atores e operadores de tele-serviços. Os sujeitos estudados responderam a um questionário sobre cuidados com a voz, a proveniência das orientações recebidas e a aplicação das mesmas e, ainda, a qualificação destas quanto sua eficácia. RESULTADOS: as informações mais citadas, a partir das orientações recebidas foram: hidratação, apontada por 66% (N=66) dos sujeitos e o consumo de maçã citado por 32% (N=32), não sendo, no entanto, as mais apontadas como utilizadas pelo grupo estudado. Os exercícios de aquecimento vocal são utilizados por todos os sujeitos que os referiram (12%), sendo mais praticados pelos cantores. Para 66% dos sujeitos as informações e orientações foram recebidas de diversas fontes profissionais, enquanto que 34% referiram o fonoaudiólogo. Os sujeitos que referiram seguir as orientações sobre os cuidados com a voz (58%, N=58) afirmaram observar melhora na qualidade vocal. CONCLUSÃO: o relevante desconhecimento por parte dos profissionais da voz estudados em relação aos cuidados com a saúde vocal pode ser atribuído a pouca importância dada à saúde preventiva. No entanto, os sujeitos que afirmaram seguir as orientações recebidas confirmam melhoras na voz. Conclui-se que o fonoaudiólogo pode ser considerado como referência de orientação, quando comparado com os diferentes seguimentos de profissionais.
Resumo: Este artigo tem por objetivo analisar e comparar o uso de protocolos brasileiros e norte-americanos para videofluoroscopia da deglutição em pacientes com histórico de acidente vascular encefálico. Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos brasileiros e norte-americanos. Foram selecionados artigos com descrição de procedimentos para videofluoroscopia da deglutição em sujeitos que sofreram acidente vascular encefálico, publicados entre 2003 e 2013. Os procedimentos descritos para realização de videofluoroscopias foram analisados de forma quantitativa e qualitativa. Consideraram-se as variáveis: posicionamento para o exame, consistências e quantidades de oferta de bolo, tipos de utensílios e utilização de protocolos Foram encontrados 16 artigos que atenderam aos critérios supracitados, sendo nove (56,25%) norte-americanos e sete (43,75%) brasileiros. Observou-se que quatro dos estudos nacionais (57,14%) não relatam as quantidades oferecidas, enquanto todos os artigos norte-americanos detalharam as quantidades, que variaram entre 2 e 15 mL; os tipos de alimento e suas consistências foram detalhadas em todos os estudos nacionais e norte-americanos, porém os nacionais o fizeram de forma genérica, sem identificação dos alimentos. Quanto à posição do paciente durante o exame, 57,14% dos artigos nacionais não relataram e todos os artigos norte-americanos o fizeram. Os utensílios para oferta do bolo são citados em 55,55% dos artigos norte-americanos e em apenas 14,28 % dos nacionais. Quanto à utilização de protocolos para avaliação 33% dos estudos norte-americanos não os citam, comparados aos 71,42% dos nacionais. Observou-se a necessidade de padronização dos procedimentos e terminologias utilizadas na videofluoroscopia da deglutição, de modo a facilitar a intercompreensão e reprodutibilidade dos estudos.
It can be concluded that the proposed training improved the speech patterns, including melody and singing.
Material: No período de 23 de fevereiro de 1999 a junho de 2000 foram estudados 23 pacientes submetidos à laringectomia total que receberam a prótese traqueoesofágica do tipo Blom-Singer Indeweling Low Presure, sendo 22 pacientes do sexo masculino, com faixa etária variando de 40 a 80 anos. O tempo de acompanhamento variou de 150 a 462 dias. Um paciente era do estádio clínico I, com comprometimento da comissura posterior; um, do estádio II, com lesão na subglote; 13, do estádio III; e sete do IV. Forma de estudo: Prospectivo clínico não randomizado. Método: A prótese foi locada concomitante à laringectomia em sete pacientes; secundariamente, com anestesia geral, em cinco; e, por endoscopia digestiva alta, sob sedação e anestesia local, em quatorze. Foram estudadas as complicações decorrentes da colocação e uso da prótese vocal, avaliação da qualidade da voz e da inteligibilidade de fala, utilizando parâmetro perceptivo-auditivo, antes e depois da fonoterapia e do tempo necessário para reabilitação vocal. Resultados: Houve três complicações pós-operatórias relacionadas com procedimento cirúrgico terapêutico, que impossibilitaram a reabilitação vocal; dos vinte possíveis de serem reabilitados com a prótese, dezoito se reabilitaram com índice de 90% de sucesso. O tempo médio para reabilitação variou de um a 65 dias. Conclusão: Concluímos que as complicações decorrentes da colocação e uso da prótese não inviabilizaram o sucesso do método; o tempo médio para aquisição da voz foi de sete dias; a qualidade vocal e a inteligibilidade de fala apresentaram melhora após a realização da fonoterapia, sem diferença estatística significativa; e a colocação secundária da prótese vocal, utilizando nova técnica, por endoscopia digestiva alta, mostrou-se mais eficaz em relação às técnicas convencionais.
OBJETIVO: Avaliar sujeitos submetidos a laringectomia supracricóide quanto à autoavaliação da voz, análises perceptivo-auditiva e acústica e impacto da alteração vocal na qualidade de vida. MÉTODOS: Estudo prospectivo, observacional, que envolveu 12 sujeitos do gênero masculino, com disfonia orgânica, média de idade de 59,3 anos, que realizaram laringectomia supracricóide para exérese de neoplasia maligna de laringe. Foi realizada análise perceptivo-auditiva, por meio da escala GRBASI em duplo-cego. A análise acústica realizada através do software VOXMETRIA® considerou parâmetros de frequência fundamental, jitter e shimmer, proporção harmônico-ruído e diagrama de desvio fonatório. A autoavaliação vocal e o estudo do impacto da disfonia na qualidade de vida dos sujeitos ocorreram por meio de aplicação dos protocolos: Qualidade de Vida em Voz (QVV) e o Índice de Desvantagem Vocal (IDV). RESULTADOS: A frequência das vozes variou entre 91,59 Hz e 260,05 Hz e as medidas de shimmer e jitter mostraram-se alteradas, comprovando as análises perceptivo-auditivas, que revelaram vozes com grau de desvio de moderado a intenso. A maioria dos sujeitos qualificou suas vozes como razoável ou boa. O QVV demonstrou escores brutos em níveis compatíveis com vozes disfônicas em 50,0%. O IDV mostrou predomínio do domínio orgânico. CONCLUSÃO: O grau de desvio vocal dos sujeitos mostrou-se entre moderado e intenso, confirmando parâmetros acústicos, enquanto que os sujeitos qualificaram suas vozes como razoáveis ou boas. Os escores do QVV e IDV revelaram predomínio de domínios físico e orgânico, respectivamente, com parte dos sujeitos com escores compatíveis a vozes disfônicas. Sugerem-se estudos que busquem aprofundar o conhecimento entre autopercepção da voz e impacto na qualidade de vida de sujeitos com disfonia decorrente de carcinoma de laringe.
OBJETIVO:comparar dados acústicos obtidos por meio de diagrama de desvio fonatório de vozes de pacientes disfônicos submetidos a laringectomias parciais com vozes de sujeitos de mesma faixa etária, porém sem queixa vocal.MÉTODOS:foram estudadas as vozes de 28 sujeitos sendo 14 sujeitos laringectomizados parciais e 14 sujeitos sem queixa vocal, compondo um grupo controle. Ambos os grupos do sexo masculino com mesma faixa etária e nível de escolaridade.RESULTADOS:as vozes dos laringectomizados parciais 100% distribuíram-se fora do quadrante de normalidade, sendo que 64,3% se localizaram no quadrante superior direito, 100% apresentaram desvios horizontais e 85,7% tiveram desvio vertical de ruído. Do grupo controle 28,5% distribuíram-se dentro do quadrante de normalidade, 71,5% localizaram-se no quadrante inferior direito, 57,2% apresentaram desvio horizontal de irregularidade - em shimmere 7,2% em jitter. Apenas 7,2% apresentou desvio vertical de ruído no grupo controle. Houve significância estatística em relação aos parâmetros de jitter, shimmer e GNE (glottal to noise excitation) e entre a distribuição das vozes nos quadrantes direito superior e inferior do diagrama, na presença de vozes alteradas.CONCLUSÃO:o diagrama permitiu analisar e discriminar vozes alteradas daquelas com disfonia após laringectomia parcial diferenciando-as por meio de seus parâmetros, distribuição, localização e tipo de voz sendo considerado um recurso útil para análise vocal.
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