ock Young, sociólogo e criminologista, aborda na obra "Sociedade excludente: Exclusão social, criminalidade e diferença na modernidade recente", primordialmente os aspectos fundantes da transição da sociedade inclusiva para a sociedade excludente. A sociedade inclusiva remonta ao período dos "anos dourados" na Europa, e na América do Norte do pós-guerra. Tratava-se de um mundo de pleno emprego, incorporação gradual da classe trabalhadora, entrada mais plena das mulheres na vida pública e no mercado de trabalho, bem como à tentativa dos Estados Unidos em criar uma igualdade para os afro-americanos. Nesta sociedade inclusiva, o trabalho e a família eram os pilares centrais, encaixando-se como num sonho funcionalista. Em parte alguma desenvolveu-se uma sociedade tão inclusiva, cingindo o cidadão do berço ao túmulo, insistindo na cidadania social plena. (YOUNG, 2002, p. 21) No tocante à criminalização, a sociedade inclusiva não excluía o "outro", não o catalogava como um inimigo, mas o enxergava como alguém que devesse ser reabilitado, socializado, curado até ficar como "nós" (YONG, 2002, p. 21). Em verdade, na visão modernista, o outro aquele a quem faltava os atributos do observador. Entretanto, o sonho de uma sociedade inclusiva e tradicional da família e da comunidade começou a desmoronar. Ao longo dos anos 1980 e 1990, no bojo daquela sociedade utópica, figurou um período de extremo declínio, culminando em um processo de exclusão social. Notadamente, trata-se da transição da modernidade para a modernidade recente, ou seja, a transição de uma sociedade inclusiva para uma sociedade excludente. Segundo Young, alguns fatores contribuíram para que esta exclusão fosse implementada, como por exemplo, a economia de mercado, que trouxe um salto qualitativo nos níveis de exclusão. O downsizing da economia acarretou a redução do mercado de trabalho primário, expansão do mercado de trabalho secundário e a criação de uma subclasse de desempregados estruturais. (YOUNG, 2002, p. 24) O trabalho seguro e qualificado foi reduzido, dando lugar à força de trabalho terceirizada, mediante contratos curtos, sem qualquer estabilidade ou vínculo empregatício. O grande efeito deste processo de exclusão, foi, inevitavelmente, gerar um sentimento de precariedade em todos os trabalhadores.
RESUMOO presente artigo faz um estudo sobre a violência estrutural do Estado e o poder econômico enquanto instrumentos de opressão e propulsor dos conflitos agrários. O objetivo geral é esclarecer no que consiste violência estrutural no Brasil contemporâneo e suas implicações nos conflitos agrários.Como objetivos específicos, pretende delinear a atuação de instrumentos econômicos de opressão, expor a divisão de classes no âmbito rural, a violência econômica e seus reflexos na violência institucional (atuação da Justiça de Classe). Palavras-chave: Violência estrutural, Movimentos sociais, Criminologia ABSTRACTThe presente article make a study about the structural violence of State and the economic power while instruments of oppression and propellant of land conflicts. The general objective is make clear on what consists structural violence on contemporary Brazil and its implications on land conflicts. As specifics objectives, aims to outline the performance of economics instrument of oppression, expose the class division on rural areas, the economic violence and its reflex in institucional violence (performance of Class Justice).
Resumo: O aumento do encarceramento feminino registrado no Mato Grosso do Sul entre 2015 e 2018 foi acompanhado por uma conjunção de fatores, dos quais fazem parte a crise econômica do Brasil (aumento de desemprego, do percentual de pobreza e o corte de investimentos em programas sociais), a presença de uma rede internacional de tráfico drogas com grande atuação na fronteira Brasil-Paraguai e a dificuldade de inserção no mercado formal de trabalho por parte das classes com baixa escolaridade. O presente trabalho tem como enfoque a atuação feminina no âmbito do tráfico internacional de drogas nas fronteiras sul-americanas, mais particularmente na fronteira Brasil-Paraguai. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório, dentro do escopo das Relações Internacionais. Palavras-chaves: Encarceramento feminino. Tráfico internacional de drogas. Fronteira sul-mato-grossense.
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