Resumo Este artigo discute os principais elementos referentes à relação entre polícia e sociedade, especialmente sobre o trato policial com grupos socialmente marginalizados, no período Colonial e Imperial (1500–1889), República Velha (1889–1930), Era Vargas (1930–1945) e Período Democrático (1946–1964). Buscamos com esse estudo, no campo da história social, compreender o processo de criminalização da pobreza para contribuir com a discussão das relações entre Estado e sociedade no Brasil. O procedimento de investigação consistiu em uma revisão de obras que versam sobre a história da polícia no Brasil, especialmente artigos científicos, dissertações, teses e livros. Constata-se com esse estudo a imbricação da polícia na relação entre Estado e os grupos marginalizados e reprimidos no país. Tal relação implica na manutenção da ordem pública necessária para a autorreprodução do modo de produção capitalista. Com o resultado alcançado conclui-se a necessidade de aprofundar os estudos sobre a função da polícia na sociedade, bem como a importância de estudos sobre segurança pública no âmbito da Psicologia, apontando para a interdisciplinaridade necessária para a compreensão dos modos de subjetivação no capitalismo.
No contexto atual as Parcerias Público-Privadas (PPP) têm se expandido como modelo de gestão na educação básica brasileira, conformando um projeto específico de educação. Com a maior inserção destas PPP tem sido possível observar mudanças qualitativas no sentido da prática educacional, bem como nos conteúdos trabalhados com os estudantes. Buscando desvelar o sentido político assumido por essas instituições esse artigo tem como objetivo apreender as concepções de liberdade de escolha e escolha profissional presentes na apostila de uma dessas PPP – o Instituto de Co-responsabilidade pela Educação (ICE). A partir do materialismo histórico dialético, buscou-se analisar a apostila produzida pelo Instituto, que tem como foco a elaboração de um “Projeto de Vida” para os estudantes do ensino médio. Com tal análise, foi possível perceber que as noções de “liberdade de escolha” e “escolha profissional” sustentam a reprodução da ideologia dominante, sobretudo em relação ao individualismo burguês. Discute-se como o material traz uma concepção de liberdade calcada na meritocracia, ignorando as determinações sociais e históricas do processo de escolha, aproximando-se, assim, da não-liberdade. Por fim, discute-se como tal concepção contribui para uma formação para o trabalho alienado e não para uma formação integral dos estudantes.
A partir da experiência vivida no projeto denominado "Cursinho Prepara Transâ€, este texto tem como objetivo discutir a questão da diversidade sexual e de gênero no âmbito da educação popular. O projeto tem como objetivo preparar transexuais, travestis, lésbicas, bissexuais e gays (LGBT) para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA), Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e outros vestibulares. Com a experiência vivenciada em tal projeto foi possível discutir como, na prática popular, se faz necessário ter como norte as questões da diversidade e do preconceito além da conscientização e da transformação da realidade. Discutem-se, aqui, as perspectivas do diálogo, bem como da educação antirracista e da pedagogia feminista. Conclui-se que a inclusão e permanência de LGBT nos espaços educativos formais e informais se torna fundamental nos mais variados espaços.
Este trabalho objetiva conhecer os discursos sobre os movimentos trans, para discutir as distintas dimensões das políticas da transexualidade. Realizamos uma revisão bibliográfica da literatura especializada, focalizando os estudos que abordam as diversas formas de atuação e participação política dos movimentos sociais trans. A partir da análise do conteúdo categorial temática foi realizada uma discussão teórica crítica dos 61 artigos encontrados sobre o tema nas bases de dados Scielo, Pepsic e Portal de Periódicos da CAPES. Elaborou-se três categorias: (1) políticas da identidade; (2) saúde trans e Estado; (3) lutas sociais trans. A primeira categoria engloba estudos que discorrem sobre a construção das identidades, corporalidades trans e suas configurações de forças, focados na identidade de gênero. A segunda categoria traz as questões referentes às diversas formas de estatização da transexualidade, desde a saúde até as articulações por ONGs. Por fim, a última engloba os estudos que trazem contribuições históricas e analíticas sobre os movimentos sociais de pessoas trans e travestis. Com esse estudo apresenta-se um panorama geral da participação política nos movimentos trans, envolvendo os diferentes processos internos e externos ao grupo, traçando as pautas, as formas de se fazer política e as (in)visibilidades presentes nos diferentes âmbitos das políticas trans.
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