“…Diante desse cenário, surgem organizações com o objetivo de reivindicar melhorias, e a aproximação desses coletivos com os órgãos de saúde pública no início do século XXI tem como efeito a discussão de políticas de atenção integral à saúde das pessoas e pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgênero, intersexo, assexuais, pansexuais, não binárias e outras (LGBTIAPN+). 3 De modo geral, as reivindicações desses movimentos visavam reparar os prejuízos históricos vividos por esse grupo social, promovendo mudanças: nas políticas de saúde, incluindo a implementação dos ambulatórios de transição de gênero e a formação de profissionais para o exercício de atendimento ético; nos espaços educativos, com a utilização do nome social e de políticas afirmativas que combatessem a exclusão; nos espaços de trabalho, para a diminuição da estigmatização e o aumento das oportunidades de emprego; e o direito à livre existência longe do preconceito e da violência cotidiana. 3 Apesar dos avanços recentes, ainda é necessária a atenção aos modos como se institucionalizam essas reivindicações, tendo em vista a constante ausência desses corpos na formulação e na execução das políticas.…”