O artigo discute as expectativas e aprendizagens de um coordenador pedagógico e as possibilidades de formação dos professores nas horas de trabalho pedagógico coletivo no contexto de um projeto de pesquisa que integra pesquisadores universitários e professores da escola básica interessados em compreender como os espaços coletivos da escola vão se constituindo e sendo apropriados pelos profissionais como experiências de formação. Os pesquisadores acompanharam os encontros de trabalho coletivo ao longo de um semestre assumindo-os como oportunidade de diálogo e produção de sentidos sobre o próprio trabalho coletivo e a formação docente, podendo reconhecer que a heterogeneidade do cotidiano, quando impede a hierarquização de prioridades frente às demandas da prática e às urgências da rotina, compromete um projeto de formação de professores orientado pela colaboração e pelo compromisso com a aprendizagem dos estudantes.
RESUMO: O uso radical da narrativa como metodologia de pesquisa em Educação nos leva à produção deste artigo, com intenção de apresentar a emergência do conceito de escrita-evento nesse contexto metodológico, no qual os conhecimentos produzidos acerca da formação são sustentados pela prática narrativa em todo o âmbito da pesquisa. Isso se deve à posição não neutra e não indiferente dos pesquisadores com seus pesquisados, à compreensão da importância do contexto social e à valorização do acontecimento experienciado, sempre formativos para todos os participantes da pesquisa. As relações humanas promovem um horizonte de possibilidades para a emergência da escrita-evento na materialização da linguagem, entendida como capacidade de modelização primária específica da espécie humana, englobando e abarcando qualquer teoria e/ou método predeterminados. Concluímos, estudando algumas pesquisas do grupo, particularmente aquela de que emerge o conceito, que a pesquisa narrativa, em sua radicalidade, potencializa a produção de conhecimentos e saberes na área educacional.
Resumo Este trabalho tem como objetivo analisar os artigos sobre o Pibid disponíveis na base de dados Scielo e no Portal de Periódicos da Capes. Para tal, fizemos uma revisão bibliográfica tomando como referência o descritor "Pibid", na qual foram selecionados um total de 26 artigos. As análises foram feitas a partir dos resumos dos textos e realizadas levando-se em conta: data da publicação, número de autores, instituição a que são vinculados, tipo de pesquisa, áreas de conhecimento e temáticas abordadas nos mesmos. Sendo o Pibid uma iniciativa que articula a relação universidade-escola e é constituído pelos sujeitos diretamente envolvidos na profissão docente é muito provável que o fomento promovido pelo programa esteja ampliando horizontes de possibilidades que devolvam aos professores e profissionais da educação o valor de sua própria constituição profissional, como mostram os artigos estudados e seus resultados.Palavras-chave: Artigos científicos. Formação de professores. Parceria universidade-escola. Pibid. AbstractThis work aims to analyze the articles about Pibid published in Scielo database and website Portal of Periodicals of Capes. To this end, we made a literature review with reference to the descriptor "Pibid" in which we reselected a total of 26 articles. Analyses were made from the abstracts of articles and performed taking into account: date of publication, number of authors, institution to which they are linked, type of research, areas of expertise and the issues addressed in them. Being the Pibid a program that articulates the university-school relationship and is formed by the people directly involved in the teaching profession is very likely that the program promoted new horizons of possibilities that return to teachers and education professionals the value of its own constitution professional, as shown in the analyzed studies and their results.
RESUMO Este artigo problematiza a escrita narrativa e a pesquisa narrativa como meios potentes para tomadas de consciência e para o autodesenvolvimento profissional. Para isso, apresenta movimentos possíveis em uma pesquisa narrativa na qual a pesquisadora investigou a própria prática, questionando-se como se constituíra professora no início da docência. Os diferentes lugares em que se colocava - de professora iniciante, professora-pesquisadora e pesquisadora - ao ser professora e pesquisar a própria prática de ensino lhe possibilitavam diferentes dimensões de consciência. Essas dimensões eram possíveis, pois, ao escrever reflexivamente sobre o trabalho e a pesquisa, produzindo acabamentos provisórios, a professora e pesquisadora se colocava em um lugar exotópico e ampliava as interações verbais, desse lugar e com outros interlocutores, enxergando o que antes não fora possível alcançar. A partir das percepções possíveis, construía novas memórias de futuro que lhe faziam reorganizar a prática em prol de seu desenvolvimento profissional e do aprendizado dos estudantes.
Este artigo objetiva revelar como ocorreu o processo de construção de saberes da experiência, a partir da prática de uma escrita narrativa reflexiva compartilhada, durante a constituição profissional de uma professora iniciante. A metodologia utilizada foi a pesquisa narrativa, os dados são as narrativas da professora e as interlocuções que ela estabeleceu com um grupo de profissionais da educação. O ato de narrar possibilitou a percepção da necessidade de mudanças que, por sua vez, orientou a professora na organização de práticas que possibilitassem outras ações de ensino. Ao escrever sobre o vivido, colocando-se num lugar exotópico, a professora tinha acesso a excedentes de visão da prática e das relações, o que a mobilizava a pensar em mudanças a favor das crianças. Narrar e pesquisar a própria prática mostraram-se instrumentos potentes da construção de saberes da experiência. Assim, sugere-se o uso formativo da narrativa, sempre em diálogo, como um meio relevante para o desenvolvimento profissional no início da docência.
A discussão sobre a produção de conhecimentos e saberes do/a professor/a-pesquisador/a orienta parte das discussões do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Continuada (Gepec), na Unicamp. As produções organizadas por Geraldi, Fiorentini e Pereira (2000), Cunha e Prado (2005) e a tese de Mota (2005), no diálogo com Severino (2002), Luna (2002), Lüdke (2001), Fiorentini (2004, entre outros autores, desencadearam a problematização acerca da legitimidade da pesquisa do/a professor/a. O encaminhamento da presente pesquisa, que buscou construir outros crité-rios para definir a pesquisa do/a professor/a-pesquisador/a em exercício na sala-de-aula, independentemente de estar envolvido/a em programas de pós-graduação, consultou trabalhos encaminhados por professores/as aos seminários organizados pelo Gepec -Seminários "Fala outra Escola" e "Seminário Produção de Conhecimentos, Saberes e Formação Docente" (Cole). Os trabalhos foram analisados a partir de critérios estabelecidos pelas reflexões do Gepec, confirmando a hipótese que antecipava a possibilidade de o/a professor/a construir e sistematizar conhecimentos e saberes a partir de sua experiência docente, narrando suas vivências, orientando-se por uma questão de pesquisa, transgredindo convenções teórico-metodológicas, produzindo novas compressões a respeito do trabalho pedagógico e mobilizando mudanças possíveis. Apesar das limitações impostas pelas condições de trabalho vividas pelos/as professores/as, os estudos revelam que a pesquisa do/a professor/a representa uma possibilidade concreta de construção de novas práticas e que seu olhar investigativo, além de iluminar
Do espaço e do tempo nos quais nos encontramos, expressamos, interpretamos e criamos o mundo por meio de signos ideológicos compartilhados. As crianças pequenas chegaram a este mundo há pouco tempo e, talvez, por isso possuem menos modelos internalizados do que as pessoas adultas. Crianças questionam o que para nós já está dado, abrindo possibilidades para um novo que seja inesperado. Este artigo tem por objetivo revelar como uma professora-pesquisadora constrói compreensões sobre o que vive no cotidiano educativo e nas relações ali estabelecidas com as perguntas das crianças pequenas, que estão no mesmo espaço que ela, mas acabaram de chegar neste mundo. A professora de educação infantil, ao pesquisar como organizava seu trabalho na relação com as crianças, escreveu narrativas pedagógicas sobre a própria prática e as relações construídas no cotidiano educativo. A interpretação das narrativas foi realizada ao cotejar esses textos com outros textos e conceitos, principalmente das filosofias bakhtiniana e zambraniana. Percebemos que as perguntas das crianças pequenas acabam modificando nossas percepções estéticas, o modo como interpretamos o mundo e, assim, também os nossos atos éticos e os nossos conhecimentos podem se modificar.
ResumoA partir de nossa docência, nasce o projeto de um subgrupo de estudosbakhtinianos da linguagem, filiado ao GEPEC – Grupo de Estudos ePesquisas em Educação Continuada. Nele, temos desenvolvido nossoconhecimento sobre a pesquisa narrativa como uma metodologia narrativade pesquisa em Educação. Foi este o contexto em que a “metanarrativabakhtiniana” surgiu: como um exercício autoformativo de compreensãorespondente e se tornou um instrumento narrativo de interpretaçãodos dados. Problematizamos a cisão dos mundos da vida e da cultura apartir do conflito epistemológico entre teoria e prática na esfera escolar.Trazemos uma narrativa pedagógica e a respectiva metanarrativa em buscade mostrar a potência desse instrumento para a formação de professores epara as pesquisas em formação.Palavras-chave: Formação docente, pesquisa narrativa, estudosbakhtinianos, metanarrativa, produção de conhecimento
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