RESUMO: Introdução: Vários fatores podem gerar mudanças nas práticas alimentares dos idosos, contribuindo para que as recomendações nutricionais não sejam atendidas. Objetivo: Estimar a prevalência de inadequação do consumo de fibras alimentares e seus fatores associados. Metodologia: Estudo transversal de base populacional que utilizou dados do Inquérito de Saúde no Município de Campinas, realizado em 2008/2009, no qual foram analisados 1.509 indivíduos ≥ 60 anos. O consumo alimentar foi estimado por meio do recordatório de 24 horas, e foi calculada a prevalência de inadequação de acordo com o ponto de corte para fibras totais do Institute of Medicine de 30 g/dia para homens e 21 g/dia para mulheres. Os fatores associados foram identificados utilizando modelo hierárquico de regressão de Poisson para estimativa das razões de prevalência, ajustados por variáveis de bloco distal (sociodemográficos) e bloco proximal (condições de saúde e indicadores de estilo de vida). Resultados: A inadequação do consumo de fibras alimentares foi observada em 90,1% da população, significantemente maior no sexo masculino (RP = 1,06), em idosos com parceiro (RP = 1,05), de menor renda (RP = 0,95), inativos fisicamente (RP = 1,05) e naqueles que não gostariam de mudar o peso corporal (RP = 1,05). Conclusão: Considerando que a inadequação de fibras alimentares foi muito elevada, toda a população de 60 anos ou mais deve ser alvo de intervenção nutricional para garantir o aporte adequado desse nutriente.
Resumo O objetivo deste artigo é avaliar a prevalência de inadequação do consumo de fibras alimentares e seus fatores associados em idosos. Estudo transversal de base populacional que avaliou participantes do Inquérito de Saúde do Município de Campinas (ISACAMP) em 2014/2015, com 1.074 idosos (≥60 anos). O consumo de fibras na dieta foi obtido utilizando um recordatório de 24h, e foi estimada a prevalência de inadequação de fibras de acordo com o ponto de corte do Institute of Medicine (30 g/dia para homens e 21 g/dia para mulheres). Os fatores avaliados foram condições sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade, renda, estado conjugal), de saúde (número de doenças referidas) e estilo de vida (atividade física, tabagismo e etilismo). A prevalência de inadequação do consumo de fibras alimentares foi de 86,6%, sendo maior em homens (RP=1,10), em solteiros ou divorciados (RP=1,09) e inativos fisicamente (RP=1,07). Idosos de maior renda e que relataram ter de 1 a 2 doenças crônicas não transmissíveis tiveram maior ingestão de fibras. A alta prevalência da inadequação do consumo de fibras alimentares em idosos aponta para que sejam desenvolvidas ações de saúde e nutrição a fim de garantir um consumo alimentar adequado destes compostos.
This is a cross-sectional study evaluating the association between zinc deficiency and cognitive decline in 591 community-dwelling older adults living in the cities of Campinas, Limeira, and Piracicaba-SP. Cognitive status was evaluated using the Cognitive Abilities Screening Instrument-CASI-S, considering a decline for scores <23 for those aged 60-69 and <20 for those aged ≥70 years. Among the evaluated cognitive domains, older adults with zinc deficiency had significantly lower mean scores on the memory test (p=0.018). For zinc deficiency, values below 70 µg/dL were considered for women and 74 µg/dL for men. The prevalence of zinc deficiency was 3.9%, and cognitive deficit was 9.4%, being significantly higher in those with zinc deficiency compared with those with normal serum zinc concentrations. In adjusted multiple logistic regression analysis, the factors that remained associated with cognitive decline were zinc deficiency (OR=3.80; 95%CI=1.30-11.12), low schooling level (OR=3.12; 95%CI=1.49-6.50), lack of a partner (OR=1.88; 95%CI=1.04-3.42), risk of malnutrition (OR=3.98; 95%CI=2.36-6.71), and a history of encephalic vascular accident (OR=2.70; 95%CI=1.04-6.98). Zinc deficiency was associated with the presence of cognitive decline in older adults. Actions in primary health care are necessary to prevent the deficiency of this nutrient.
Resumo O objetivo deste artigo é analisar a insuficiência de vitamina D e fatores associados em idosos assistidos na atenção primária à saúde. Trata-se de um estudo transversal que avaliou 533 idosos (≥ 60 anos) em três cidades do estado de São Paulo, Brasil. Foi avaliada a 25-hidroxivitamina D (25 OH D) sérica por quimioluminescência. Os fatores avaliados foram condições sociodemográficas (sexo, faixa etária, etnia, escolaridade, renda, estado civil), de saúde (doenças referidas), composição corporal (IMC, circunferência da cintura), estilo de vida (atividade física e tabagismo) e exposição solar (finalidade, duração, frequência e horário de exposição, partes expostas, uso de protetor solar, tipo de pele). A prevalência de insuficiência foi de 64,5%, com associação para sexo feminino, etnia não brancos/não declarados, baixo peso, circunferência da cintura elevada (risco para DCV) e inatividade física. Houve associação negativa para exposição solar habitual de mãos, braços e pernas, durante atividade de lazer, deslocamentos diários e atividade física e entre as 9h e 15h. Os achados mostram a relevância de fatores como sexo, etnia, composição corporal, atividade física e hábitos de exposição solar na alta prevalência de níveis inadequados de vitamina D em idosos.
Adequate nutrition has a profound impact on older adults’ health. Therefore, special attention should be given to the dietetic intake of added sugars, which in excess is associated with poorer control of chronic diseases in this phase. The aim of the study was to evaluate the prevalence of consumption of added sugars in older adults in the Campinas-SP region, its associated factors, and its main dietary sources. A cross-sectional study was conducted in the region of Campinas-SP, with a convenience sample of 586 older individuals. Intake was obtained using two 24-hour food recalls, and values >5% of total energy consumption were considered inadequate. The contribution of the groups and foods in relation to the total content of sugars was also calculated. A critical level of p<0.05 was considered. The average intake of added sugars was higher than recommended (7.0%), and this inadequacy was observed in more than half of the sample, being table sugar and honey the main dietary sources. The prevalence of inadequate consumption was higher among women (69.8%; p=0.004) and individuals with low weight (83.7%; p=0.014), and lower in those with diabetes (47.8%; p<0.001). Results indicate that health and nutrition actions should be developed to ensure adequate sugar intake at this stage.
Food insecurity is a growing problem in Brazil, especially among older adults; however, the related sociodemographic factors remain unclear. This study aimed to analyze the relationship between social support dimensions and food insecurity among community-dwelling older adult Brazilians in São Paulo. This cross-sectional study was conducted in three cities in Sao Paulo state, Brazil. The analysis included 598 community-dwelling individuals aged ≥60-years-old, and multiple logistic regression models were used to estimate the associations between the dimensions of social support and food insecurity after adjusting for sociodemographic characteristics. We found that 42.3% of participants were food insecure. In the bivariate analysis, the higher scores in the affective, material, positive social interaction, and informational social support dimensions were statistically associated with the lower odds of food insecurity. In the multiple regression analysis, older adults who had a higher score of positive social interaction were less likely to have food insecurity, whereas the African American ethnicity and those older adults with a total family income ≤2 times of the minimum wage were more likely to have food insecurity. The results indicate that the positive social interaction emerges as an important factor associated with food insecurity among older adults, beyond that of other well-known social factors associated with food insecurity, highlighting the importance of screening for food insecurity and social support in primary care to avoid potential adverse health outcomes among older adults.
Resumo Estudo transversal avaliou a associação entre deficiência de zinco sérico e declínio cognitivo em 591 idosos da comunidade residentes nos municípios de Campinas, Limeira e Piracicaba-SP. A cognição foi avaliada pelo Instrumento de Triagem de Habilidades Cognitivas-CASI-S considerando declínio pontuação <23 em idosos de 60-69 anos e <20 em idosos ≥70 anos. Considerou-se deficiência de zinco sérico valor de <70 µg/dL para mulheres e 74 µg/dL para homens. Entre os domínios cognitivos, idosos com deficiência de zinco tiveram pontuação média significativamente menor no teste de memória (p=0,018). A prevalência da deficiência de zinco foi de 3,9%, e de 9,4% de declínio cognitivo, sendo significativamente maior em idosos com deficiência de zinco do que os que não tinham (26,1% e 8,8%, respectivamente). Em análise de regressão logística múltipla ajustada, os fatores que permaneceram associados ao declínio cognitivo foram deficiência de zinco (OR=3,80; IC95%=1,30-11,12), baixa escolaridade (OR=3,12; IC95%=1,49-6,50), não ter companheiro (OR=1,88; IC95%=1,04-3,42), risco de desnutrição (OR=3,98; IC95%=2,36-6,71), e histórico de acidente vascular encefálico (OR=2,70; IC95%=1,04-6,98). A deficiência de zinco foi associada ao declínio cognitivo em idosos. Ações na atenção básica de saúde são necessárias para prevenir a deficiência deste nutriente.
Introdução: As fibras alimentares são particularmente importantes para os indivíduos idosos por terem papel fundamental na prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo: Avaliar a adequação do consumo de fibras alimentares dos idosos (≥60 anos), residentes no Município de Campinas, segundo as condições sociodemograficas. Métodos: Esse estudo é parte do inquérito de saúde realizado na cidade de Campinas (ISA-Camp), nos anos de 2008/2009, que é um estudo transversal de base populacional, no qual foram analisados dados de 1.509 indivíduos de 60 anos e mais participantes do ISA-Camp. O consumo alimentar foi avaliado a partir do recordatório de 24 horas, e foi calculada a adequação do consumo de fibras em relação às recomendações dietéticas (homens ≥30g/dia e mulheres ≥21g/dia). Resultados: O consumo de fibras alimentares foi inadequado em 90% da população, sendo mais frequente em homens, idosos com renda ≥2 salários mínimos e naqueles que residem sozinhos. Conclusão: Todos os idosos, e em especial os de pior condição socioeconômica, devem ser alvos de intervenção nutricional a fim de garantir o aporte adequado deste nutriente e assim auxiliar na prevenção de doenças crônicas.
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