OBJETIVO: estudar a resolução temporal de crianças com desenvolvimento normal no teste de detecção de intervalos de silêncio (Random gap detection - RGDT) e no teste de detecção do intervalo no ruído (Gaps-in-noise - GIN). MÉTODOS: a população foi composta por 73 crianças escolares, sendo selecionadas 19 com desenvolvimento normal, na faixa etária de seis a 14 anos, de ambos os sexos, ausência de histórico otológico e/ou audiológico e de queixas escolares; audição normal; produção articulatória de todos os sons do Português e sem distúrbios do processamento auditivo. Os procedimentos da pesquisa foram os testes RGDT e GIN, realizados a 50 dB NS sendo o primeiro apresentado binaural e o segundo monoauralmente. Para análise dos dados foi aplicado teste t de Student. RESULTADOS: no teste RGDT, a média dos intervalos de silêncio para as freqüências de 500 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz, 4000 Hz foram respectivamente, 10,13 ms; 8,69 ms; 11,94 ms; 10,56 ms, não ocorrendo diferenças estatisticamente significantes em relação à freqüência testada. No teste GIN, a média do limiar foi de 5,7 ms para a orelha direita e 5,4 ms para a orelha esquerda, não havendo diferença estatisticamente significante quanto à orelha avaliada. CONCLUSÃO: há evidências de diferenças dos limiares dos testes, o que aponta a hipótese de que GIN e RGDT não estejam avaliando a mesma habilidade auditiva ou requisitem processos não auditivos nas tarefas solicitadas. Desta forma, são necessárias novas pesquisas para entender melhor a aplicabilidade e os parâmetros de ambos os testes na prática clínica no Brasil.
A resolução temporal é essencial na percepção acústica da fala, podendo estar alterada nos distúrbios auditivos gerando prejuízos no desenvolvimento da linguagem. OBJETIVO: Comparar a resolução temporal de crianças com audição normal, perda auditiva condutiva e distúrbios do processamento auditivo. CASUÍSTICA E MÉTODO: A amostra foi de 31 crianças de 07 a 10 anos, divididas em três grupos: G1: 12 com audição normal, G2: sete com perda auditiva condutiva e G3: 12 com distúrbio do processamento auditivo. Os procedimentos de seleção foram: questionário aos responsáveis, avaliação audiológica e do processamento auditivo. O procedimento de pesquisa foi o teste de detecção de intervalos no silêncio realizado a 50 dB NS acima da média de 500, 1000 e 2000Hz na condição binaural em 500, 1000, 2000 e 4000Hz. Na análise dos dados foi utilizado o Teste de Wilcoxon, com nível de significância de 1%. RESULTADO: Observou-se que houve diferença entre os G1 e G2 e entre os G1 e G3 em todas as freqüências. Por outro lado, esta diferença não foi observada entre os G2 e G3. CONCLUSÃO A perda auditiva condutiva e o distúrbio do processamento auditivo têm influência no limiar de detecção de intervalos.
OBJETIVO: Verificar a influência do nível socioeconômico na resolução temporal de escolares em dois protocolos de avaliação. MÉTODOS: A amostra foi constituída por 44 crianças de seis a 11 anos, sem histórico de alterações otológicas e/ou audiológicas, de doenças neurológicas e psicológicas conhecidas e com audição normal. A amostra foi dividida em três grupos, de acordo com o Critério de Classificação Econômica do Brasil da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa: Grupo 1: nível socioeconômico alto; Grupo 2: nível socioeconômico médio; Grupo 3: nível socioeconômico baixo. Foram aplicados os testes de detecção de intervalos de silêncio (RGDT) e de detecção de intervalo no ruído (GIN). A análise estatística utilizou o teste Ryan-Einot-Gabriel-Welch Multiple Range Test. RESULTADOS: As médias de desempenho dos grupos 1, 2 e 3 foram maiores no teste de detecção de intervalos de silêncio do que em relação ao de intervalos no ruído. Em relação ao nível socioeconômico, em ambos os testes houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. CONCLUSÃO: Houve influência do nível socioeconômico na resolução temporal medida tanto pelo teste de detecção de intervalos de silêncio quanto pelo de intervalos no ruído.
conductive hearing loss and auditory processing disorders can impact break detection thresholds.
Background: Self-reported depressive complaints among college students might indicate different degrees of severity of depressive states. Through the framework of item response theory, we aim to describe the pattern of responses to items of the Beck Depression Inventory-II (BDI-II), in terms of endorsement probability and discrimination along the continuum of depression. Potential differential item functioning of the scale items of the BDI-II is investigated, by gender and age, to compare across sub-groups of students. Methods: The 21-item BDI-II was cross-sectionally administered to a representative sample of 12,677 Brazilian college students. Reliability was evaluated based on Cronbach's alpha coefficient. Severity ( b i ) and discrimination ( a ) parameters of each BDI-II items were calculated through the graded response model. The influence of gender and age were tested for differential item functioning (DIF) within the item response theory-based approach. Results: The BDI-II presented good reliability (α = 0.91). Women and younger students significantly presented a higher likelihood of depression (cut-off > 13) than men and older counterparts. In general, participants endorsed more easily cognitive-somatic items than affective items of the scale. “Guilty feelings,” “suicidal thoughts,” and “loss of interest in sex” were the items that most likely indicated depression severity ( b ≥ 3.60). However, all BDI-II items showed moderate-to-high discrimination ( a ≥ 1.32) for depressive state. While two items were flagged for DIF, “crying” and “loss of interest in sex,” respectively for gender and age, the global weight of these items on the total score was negligible. Conclusions: Although respondents' gender and age might present influence on response pattern of depressive symptoms, the measures of self-reported symptoms have not inflated severity scores. These findings provide further support to the validity of using BDI-II for assessing depression in academic contexts and highlight the value of considering gender- and age-related common symptoms of depression.
Objetivos: A forma como os sistemas de saúde são financiados é um determinante crítico para alcançar a cobertura universal. Pouco foi publicado caracterizando padrões específicos do aumento preocupante de diagnóstico por imagem durante a última década. Este estudo objetivou verificar quais as variáveis socioeconômicas, estruturais e demográficas possuem associação com os gastos por diagnóstico de imagem ambulatorial de alta complexidade no Brasil. Esse tipo de análise pode permitir que os interessados em contenção de custos compreendam onde ocorre a maioria dos exames de imagens e a maior parte das despesas. Métodos: Os dados foram coletados de 2008 a 2016 do sistema Datasus com o uso do software TabWin versão 1.4.1. Resultados: O presente estudo mostrou que o aumento excessivo dos exames de imagem aumenta os custos e a exposição à radiação. Diversos fatores contribuíram para esse aumento, incluindo maior disponibilidade de tecnologia, aumento da demanda de pacientes e médicos, pagamento por produção e melhorias na tecnologia, resultando em maior facilidade no acesso aos exames de imagem. O estudo mostrou ainda que há concentração dos gastos per capita ambulatoriais com diagnóstico por imagem nas macrorregiões com melhor infraestrutura. Conclusões: É necessário um esforço mais concentrado para reduzir os custos administrativos. Ineficiências são provavelmente o produto de uma série de fatores, incluindo a complexidade administrativa do sistema de saúde do Brasil e a falta de transparência de custos em todo o sistema.
Objetivo: Analisar o gasto médio anual por paciente de acidente vascular cerebral em período ambulatorial pelo sistema público. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e quantitativo, composto por uma amostra de 95 pacientes usuários do Sistema Único de Saúde de uma sede de macrorregião de saúde de Minas Gerais. Um questionário foi aplicado entre setembro e outubro de 2014 e a partir dele foram estimados os gastos médios anuais, por paciente, do acidente vascular cerebral em fase ambulatorial. Uma análise bivariada e multivariada foi realizada para identificar a influência das variáveis nos gastos. Resultados: O sistema público brasileiro gasta em média por ano com pacientes acometidos por acidente vascular cerebral U$ 305.18 (DP = 185.46) em gastos diretos e U$ 2,456.80 (DP = 2,945.20) em gastos indiretos por paciente em período ambulatorial. Conclusões: Os gastos públicos com pacientes de acidente vascular cerebral na fase ambulatorial variaram em função dos gastos indiretos e foram mais elevados em pacientes que sofreram a lesão precocemente, que estiveram em tratamento há mais tempo no sistema público e que perderam a sua produtividade econômica devido à doença, onerando principalmente a previdência social.
RESUMOA grande quantidade de dados relativos a pandemia causada pelo COVID-19 a serem gerenciados, bem como as decisões a serem tomadas, as quais impactam diretamente na vida da população mundial e afetam a cadeia produtiva global, precisam de uma análise detalhada e eficiente. Este artigo visa apresentar como os dashboards estão sendo utilizados para auxiliar na gestão da saúde durante esta pandemia. Para tanto, será apresentado o levantamento realizado em bases de dados sobre o assunto, bem como a pesquisa feita em sites de instituições de pesquisa, universidades, órgãos governamentais e não governamentais, e a iniciativa privada ao redor do mundo. Ao final serão apresentadas as potencialidades destes ferramentas e como as mesmas poderão ser aplicadas em situações semelhantes a vivenciada neste momento em todos os cantos do planeta.Palavras-chave: análise de dados, dashboards, gestão da saúde, covid-19.
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