Análise do gasto ambulatorial do acidente vascular cerebral na perspectiva do sistema público

Abstract

Objetivo: Analisar o gasto médio anual por paciente de acidente vascular cerebral em período ambulatorial pelo sistema público. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e quantitativo, composto por uma amostra de 95 pacientes usuários do Sistema Único de Saúde de uma sede de macrorregião de saúde de Minas Gerais. Um questionário foi aplicado entre setembro e outubro de 2014 e a partir dele foram estimados os gastos médios anuais, por paciente, do acidente vascular cerebral em fase ambulatorial. Uma análise bivariada e multivariada foi realizada para identificar a influência das variáveis nos gastos. Resultados: O sistema público brasileiro gasta em média por ano com pacientes acometidos por acidente vascular cerebral U$ 305.18 (DP = 185.46) em gastos diretos e U$ 2,456.80 (DP = 2,945.20) em gastos indiretos por paciente em período ambulatorial. Conclusões: Os gastos públicos com pacientes de acidente vascular cerebral na fase ambulatorial variaram em função dos gastos indiretos e foram mais elevados em pacientes que sofreram a lesão precocemente, que estiveram em tratamento há mais tempo no sistema público e que perderam a sua produtividade econômica devido à doença, onerando principalmente a previdência social.

Desfechos funcionais após craniectomia descompressiva secundária í acidente vascular encefálico

“…As doenças de origem cerebrovasculares tornaram-se pandêmicas, trazendo significativo ônus financeiro para a sociedade. O AVE é uma das principais causas de morbidade, com elevados gastos de recursos públicos em saúde [31]. No Brasil, por exemplo, entre junho de 2018 e junho de 2019, foram registrados 169.622 novos de AVE pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) [32], resultando em um custo total estimado de R$ 235.529.804,95 no mesmo período.…”

Fatores que aumentam a incidência de mortalidade por acidente vascular encefálico

“…Como umas das principais causas de utilização de recursos públicos em saúde, o AVE está relacionado à perda de produtividade econômica precoce, desenvolvimento de danos psicológicos, diminuição do convívio social e perda da qualidade de vida do indivíduo e de sua família. A maior parte dos pacientes que sobrevivem a um episódio de AVE permanece com debilidades que impedem o trabalho, o que afeta sua contribuição social e econômica, transferindo seus gastos de vida para o setor público (Reis, et al, 2018).…”

Jogo Sério para reabilitação de hemiparéticos por Acidente Vascular Cerebral: impacto na qualidade de vida

“…Juntamente com a perda de produtividade econômica, surgem danos psicológicos, diminuição da qualidade de vida (QV) e do convívio social (Reis et al, 2018).…”