Objetivo: descrever as características do atendimento às vítimas de parada cardiorrespiratória no ambiente pré-hospitalar. Métodos: estudo quantitativo, epidemiológico e retrospectivo elaborado a partir de dados presentes nas fichas de atendimento realizado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, ocorridas no ano de 2014 referentes às vítimas de parada cardiorrespiratória. As informações foram coletadas através de formulário estruturado utilizando a linguagem Utstein e análise descritiva foi obtida após processamento dos dados no pacote estatístico STATA 12.0. Resultados: foram investigadas 946 fichas de atendimento por parada cardiorrespiratória. Entre as vítimas, houve predomínio do sexo masculino (56,3%), com faixa etária de 61-80 anos (32,5%), eventos de natureza clínica (80%), o ritmo cardíaco prevalente foi a assistolia (42,2%) e o óbito foi o principal desfecho (84,5%). Conclusões: constatou-se a necessidade de treinamento direcionado à população, com o objetivo de reconhecer e intervir precocemente na parada cardiorrespiratória e em paralelo, aprimorar a anamnese durante telemedicina.
O presente artigo tem como objetivo relatar a experiência – sob o olhar da interdisciplinaridade - de atuação de um cirurgião-dentista da atenção primária à saúde em um comitê de enfrentamento à COVID-19 de uma cidade do interior baiano. Para o desenvolvimento deste estudo foi realizado um estudo descritivo, do tipo relato de experiência que apresenta criticamente as ações desenvolvidas por um cirurgião-dentista da Atenção Primária à Saúde em um município do interior da Bahia no comitê de planejamento e ações para o enfretamento da COVID-19 no âmbito municipal, no período de março a agosto de 2020. O cenário do estudo foi o município de Pedrão, localizado no estado da Bahia, a cerca de 131 km da capital, Salvador. A atuação do profissional dentista no comitê de enfrentamento ao coronavírus no município trouxe como principais resultados a criação de documentos e protocolos, sendo que foi possível organizar o fluxo de atendimento garantindo a equidade no cuidado, assim como a proteção dos pacientes e profissionais, não havendo até a presente data nenhum profissional da equipe de saúde bucal contaminado pelo novo vírus. Ficou evidente que enfrentar uma pandemia no contexto da Atenção Primária à Saúde, sobretudo em localidades mais carentes, requer posicionamento interdisciplinar e interprofissional de enfretamento eficaz, garantindo a segurança da população e também dos profissionais envolvidos direta ou indiretamente no controle da infecção.
A COVID-19 é uma doença causada por um vírus da família Coronavírus denominado Severe Acute Respiratory Syndrome 2 (SARS-CoV-2), descoberto na cidade de Wuhan na China, em dezembro de 2019 (1) . Houve uma rápida disseminação da doença pelos continentes, resultado da alta transmissibilidade viral associada ao desconhecimento da evolução clínica. A doença foi considerada Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (2) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, em seguida, uma pandemia.No Brasil, a pandemia teve seus primeiros registros em fevereiro de 2020, sendo reconhecida como Emergência de Saúde Pública de importância nacional, pelo Ministério da Saúde (MS), por meio da Portaria GM/MS n. 188/2020 (3) . Este cenário evidenciou a necessidade de resposta rápida da Rede de Atenção à Saúde (RAS), principalmente no que se refere à capacidade de identificação precoce dos casos e disponibilidade do acesso aos serviços de maior complexidade. Em 17 de março de 2021 o Brasil já ocupava o segundo lugar no mundo em incidência da doença, com 11.519.609 casos confirmados e 279.286 óbitos (4) .Decorrido um ano do início da pandemia foram constatadas situações heterogêneas no Brasil. De modo geral, houve desaceleração da doença, e em seguida aumento do número de casos no segundo semestre de 2020, isto após a identificação de variantes (5) . Atualmente as diversas mutações são motivo de preocupação, visto que aumentam não só a transmissibilidade e gravidade dos quadros clínicos como o risco de óbito (6) .Em janeiro de 2021, o país iniciou a vacinação como forma de controle da doença. Nota-se redução dos casos, nas faixas etárias mais avançadas, já vacinadas, mas aumentou o adoecimento de pessoas mais jovens, economicamente
O objetivo desta pesquisa foi analisar a concordância entre os graus de risco atribuídos na classificação realizada pelos enfermeiros, em relação ao protocolo e entre os classificadores. Trata-se de estudo descritivo, realizado com aplicação de onze casos clínicos a trinta enfermeiros de uma Unidade de Pronto Atendimento, baseados no Protocolo Estadual de Classificação de Risco-BA. Os resultados demonstraram concordância moderada, entre classificadores e o protocolo, conforme o coeficiente Kappa. A concordância entre classificadores também foi moderada, de acordo com a densidade colorimétrica. O estudo constatou a importância de se avaliar a segurança dos protocolos de classificação de risco e apontou para necessidade de aprofundamento da temática em questão nas escolas de formação em saúde no Brasil, além de treinamentos adequados aos profissionais para assegurar a qualidade da atenção.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.