This article presents an overview of compounding in Portuguese. Conceived as a plurilexematic unit used as a holistic denomination, a compound is characterized by lexical atomicity. The compound classes' continuum we propose is based on the morpho-lexical nature of the internal units (root, word) and on the (non) conformity of compound constructions with Portuguese syntactic templates. Since Portuguese compounds constitute a heterogeneous and bordering class, this analysis also focuses on the boundaries of compoundhood, namely those existing between compounds and phrasal nouns. This article also concentrates on the coordinative, subordinative, attributive and thematic relations between constituents and analyzes Portuguese compounds with respect to head(ness), its morphological, categorial and semantic nature. Finally, we stress the narrow relationship between internal constituency, headedness and inflectional patterns of Portuguese compounds.
Resumo: Analisam-se os padrões de blending em português, tendo por base dados empíricos do Português do Brasil, de Moçambique e de Portugal. Estabelece-se um paralelismo com o processo de composição, e veri cam-se quer as dissemelhanças, nomeadamente quanto à natureza das unidades-fonte e ao caráter não concatenativo da fusão, quer as muitas similitudes quanto aos padrões de organização interna das unidades lexicais e às classes de relações categoriais entre as unidades em jogo.
A PAL-PORT é uma bateria de provas de avaliação psicolinguística recentemente adaptada para o português (variante europeia) a partir da PAL (Psycholinguistic Assessment of Language), originalmente desenvolvida para a língua inglesa por Caplan (1992). A bateria inclui provas envolvendo, entre outros, aspectos do processamento morfológico. Equacionamos, neste trabalho, os principais problemas levantados pela selecção das palavras derivadas por sufixação que integram as provas de decisão lexical e de produção de palavras afixadas da PAL-PORT. São criticamente discutidos os critérios de selecção destas palavras e, mais precisamente, a forma como diferentes propriedades (com destaque para as morfofonológicas) dos sufixos e das palavras derivadas podem interagir com os modos eventualmente alternativos de processamento (holístico ou (de)composicional) das palavras morfologicamente complexas.
Resumo. Neste texto analisam-se os critérios que diferenciam prefixos de constituintes de compostos, tomando por base dados da língua portuguesa contemporânea. Dos critérios apontados, consideram-se mais distintivos em termos de tipologia de constituintes e de processos a lexicalidade, a especificação categorial e morfológica do constituinte, as restrições (maior ou menor amplitude) de seleção em termos lexicais, os semânticos e os distribucionais; os critérios prosódicos são menos relevantes. Defende-se a existência de uma escala em contínuo dos processos que envolvem prefixação e composição.Palavras-chave: Prefixação. Composição. Morfologia. Língua Portuguesa.AbstRAct. This text examines the criteria invoked to differentiate prefixes and constituents of composition, applied to contemporary Portuguese data. We claim that the more relevant criteria in terms of typology of constituents and processes are the lexicality of the constituent, its categorial and morphological specification, its selectional restrictions in terms of lexical and morphological compatiblities, and their semantic and distributional dimensions; prosodic structure is less relevant. We argue that these criteria support a scalarity of processes involving prefixation and composition.
Neste estudo, pretende-se indagar em que medida a atribuição de género gramatical em nomes sufixados, por aprendentes de Português europeu como Língua não Materna (PLNM), varia em função do sufixo e, mais especificamente, da classe formal deste e da marca de género associada. A base empírica deste estudo foi extraída de um inquérito, no qual se solicitava a aprendentes tardios, falantes nativos de chinês, a frequentar turmas de diferentes níveis de aprendizagem (de B1 a C1), que explicitassem o valor de género nominal de nomes sufixados em -ção, -s[z]ão, -ão, -agem, -idade e -ice. Registaram-se padrões idênticos em todos os níveis de aprendizagem, mas há uma incidência assinalável de desvios em formas sufixadas em -ão e -ice. Estes resultados mostram que a atribuição de um valor de género ao nome depende do grau de representatividade e de opacidade do sufixo no input e do respetivo valor de género associado.
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