O trabalho se propõe analisar as relações dos saberes que criam a identidade dos docentes da área da saúde e valorizar o entendimento das relações e posicionamentos sociais que imprimem marcas, no exercício da docência, como elementos que contribuem ou não para a efetivação das propostas de transformação dos processos de formação em saúde em curso, a partir dos condicionantes éticos e políticos do Sistema Único de Saúde (SUS). O reconhecimento de tais relações pressupõe a busca na construção de uma nova cultura no interior dos cursos de graduação em saúde, imprimindo importância aos saberes identitários docentes que, por inúmeras vezes, dão contornos aos processos pedagógicos universitários.
A efetivação do ensino da atenção psicossocial no curso de Medicina em uma Universidade do Estado do Rio de Janeiro envolve a articulação de mudanças em várias dimensões simultâneas e inter-relacionadas nos âmbitos político-ideológico e teórico-prático. OBJETIVO: Buscou-se analisar os limites do ensino teórico-prático da saúde mental na formação do pro ssional de saúde e destacar a utilização da metodologia da socioclínica institucional na realização de pesquisas ligadas ao ensino e à saúde. METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa intervenção, com abordagem qualitativa, realizada em um município do Rio de Janeiro de 2013 a 2014, utilizando o método socioclínico institucional em sua modalidade de análise institucional das práticas. Os dados foram coletados em um diário de pesquisa, nos relatórios dos alunos e em entrevista coletiva realizada com os mesmos. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Fundação Educacional Serra dos Órgãos com CAEE 22980513.8.0000.5247, em 21/10/2013. RESULTADOS: apontam para limites do ensino teórico-prático da saúde mental na formação pro ssional; os efeitos do tempo para apreensão do aporte teórico-prático da saúde mental; a percepção da rede de atenção à saúde mental, e a valorização excessiva do especialista no cuidado em saúde mental. CONCLUSÕES: Considera-se que, apesar das limitações, nos debates entre alunos, professor e pro ssionais da saúde foram elaboradas algumas propostas instituintes indicando a construção de um embrião de uma nova prática na atenção psicossocial.
Reflexões sobre a formação dos profissionais de saúde mostram a necessidade de haver uma prática profissional integrada com o sistema de saúde, buscando compreender como as ações de apoio institucional utilizados em diferentes cenários do estágio (saúde coletiva) de um curso de graduação em fonoaudiologia contribuem para construção da clínica fonoaudiológica orientada pelos princípios do SUS. Realizou-se um grupo focal com formandos correlacionando as vivências do estágio com os temas acolhimento, formação em saúde, apoio institucional e processo de trabalho. Os achados foram analisados pela perspectiva da análise temática, apresentando impacto significativo na formação e construção da identidade profissional a partir da imersão em práticas cuidadoras em saúde com foco no sujeito integral.
ResumoObjetivo: discutir as dificuldades e os caminhos possíveis para o ensino do autocuidado do diabético aos alunos em formação na Atenção Básica, evidenciados junto aos profissionais de saúde que atuam como preceptores nos serviços de saúde. Métodos: a pesquisa, tipo estudo de caso com abordagem qualitativa, utilizou como referencial teórico metodológico a análise institucional, em sua abordagem socioclínica institucional. Para a produção de dados foram realizados cinco encontros com trabalhadores da saúde em uma unidade do Programa Médico de Família. Resultados: os resultados revelaram que o sofrimento permeia o contexto do autocuidado, sentido, de um lado, pelos diabéticos, e de outro, pelos profissionais de saúde/preceptores no desempenho do seu duplo papel: educativo e assistencial. Como possíveis caminhos, a pesquisa possibilitou aos profissionais de saúde/preceptores repensarem suas práticas, sugerindo mudanças no processo de trabalho relativo ao ensino do autocuidado ao diabético. Conclusões: destaca-se a necessidade de ampliar as reflexões sobre o papel assistencial e educativo dos profissionais de saúde/preceptores nos serviços do Sistema Único de Saúde.Palavras-chave: Preceptoria; Educação; Assistência à saúde; Diabetes Mellitus. AbstractObjective: to discuss the difficulties and possible ways to teach diabetic self-care to students undergoing training in Primary Care, as evidenced by health professionals who act as preceptors in health services. Methods: the research, a case study with a qualitative approach, used institutional analysis as its theoretical and methodological framework, in its institutional socio-clinical approach. For the production of data, five meetings were held with health workers in a unit of the Family Medical Program. Results: the results revealed that suffering permeates the context of self-care, felt, on the one hand, by diabetics, and on the other, by health professionals/preceptors in the performance of their dual role: educational and assistance. As possible paths, the research enabled health professionals/preceptors to rethink their practices, suggesting changes in the work process related to teaching self-care to diabetics. Conclusions: the need to expand reflections on the care and educational role of health professionals/preceptors in Unified Health System services is highlighted.Keywords: Preceptorship; Education; Health Care; Diabetes Mellitus.
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