O presente trabalho teve como objetivo o estabelecimento de um protocolo de regeneração in vitro de mudas de Aspidosperma polyneuron (peroba-rosa), a partir de segmentos nodais de material juvenil. Brotações apicais de mudas de dois anos de idade foram desinfestadas com 0,25% de hipoclorito de sódio ou 0,05% de cloreto de mercúrio, durante 10 min, visando ao estabelecimento de culturas assépticas. A indução de brotações múltiplas foi realizada em meio de cultura WPM, suplementado com BAP, ZEA ou CIN (2,2-8,8 miM), no cultivo inicial e nos dois subcultivos subseqüentes. Para indução de brotações alongadas foram testadas as combinações de fitorreguladores: 2,25 miM de BAP, ZEA ou CIN, associadas com 1,25 miM de AIB. A indução de raízes foi avaliada com tratamentos em soluções de AIB (2,5-10 mM), durante 5 ou 15 min. As mudas enraizadas foram transplantadas para casa de vegetação. A desinfestação das brotações apicais foi eficiente com 0,25% de NaOCl ou 0,05% de HgCl2, durante 10 min, obtendo-se 72,89 e 84,10% de sobrevivência, respectivamente. As maiores taxas médias de regeneração de brotações axilares (4 a 5) foram obtidas em meio de cultura suplementado com ZEA ou BAP (4,4-8,8 miM), após o segundo subcultivo. Concentrações mais reduzidas de BAP ou ZEA (2,25 miM) e 1,25 miM de AIB proporcionaram, em média, três brotações mais alongadas (1,5-2,5 cm de comprimento). Tratamentos com soluções de 10 mM de AIB, durante 15 min, foram eficientes na indução de raízes (80%), e as mudas transplantadas apresentaram taxas de sobrevivência superiores a 90% em casa de vegetação.
Resumo -A madeira da araucária (Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze) teve grande importância econômica no Brasil, principalmente entre 1930 e 1970. O desmatamento ocasionou a redução drástica do tamanho populacional de araucária e atualmente ela integra a lista de espécies brasileiras ameaçadas de extinção. O objetivo dessa revisão foi apresentar o potencial de geração de renda do cultivo de araucária para produção de pinhões e a consequente conservação da espécie. Segundo o que se observou na literatura, o pinhão pode gerar mais renda que a madeira da araucária, quando são utilizadas técnicas de manejo adequadas. O cultivo da araucária com interesse econômico do pinhão é uma ferramenta eficaz para aumentar os plantios e diminuir a exploração das araucárias remanescentes. É necessário propor estratégias em parceria entre organizações de produtores e coletores, pesquisadores e órgãos governamentais brasileiros para desenvolver e aprimorar técnicas adequadas de manejo, processamento e comercialização do pinhão.
Propagation of three species of
Araucaria angustifolia is an endangered conifer species of South America that has been over exploited for timber. To incentivize Araucaria angustifolia planting is essential and may play a key role on the conservation of this species and the ecosystems that depend on it. Hence, techniques that allow the production of seedlings with attributes that may entice farmers to plant A. angustifolia trees are very important. Grafting may permit the selection of female trees and the production of precocious plants that will produce high quality seeds. The aim of this study was to determine the best season of the year to graft. Three-year-old seedlings were used as rootstock and orthotropic branches of young plants were used for scion collection. The technique used for the grafting was the bark patch. This procedure was carried out in the beginning of each season in 2007 and 2008, with a total of 160 grafted plants. Grafting carried out in the beginning of autumn had a 50 % success rate. Grafting success was negligible for all remaining seasons. In conclusion, grafting through bark patching is a viable technique for the production of A. angustifolia seedlings. Future research should be carried out to produce grafted seedlings in large-scale.
RESUMO:A espinheira-santa (Maytenus muelleri -Celastraceae) é a planta medicinal nativa do Sul do Brasil, cujas folhas são tradicionalmente utilizadas pela medicina popular para o tratamento de úlceras e outros problemas gástricos. Existem poucos trabalhos publicados sobre a produção de mudas e técnicas de propagação vegetativa da espécie. A propagação de espinheira-santa por estaquia poderia ser um método eficiente para obtenção de material homogêneo, com características genéticas desejáveis, produzido a partir de plantas matrizes selecionadas. O presente trabalho teve por objetivo estudar os efeitos da aplicação de ácido indol butírico (AIB), em solução e em pó, no enraizamento de estacas de espinheira-santa coletadas nas quatro estações do ano (abril/2005 a janeiro/2006), bem como averiguar, por meio de análises anatômicas e histoquímicas das estacas, a presença de possíveis impedimentos à iniciação do enraizamento adventício. Estacas provenientes de ramos de plantas matrizes de seis anos cultivadas da Estação Experimental do Canguiri, Pinhais, PR, foram coletadas e tratadas com AIB (0, 1500, 3000 mg L -1 ou mg kg -1 ), em solução alcoólica (50% v/v) e em talco. Aos 365 dias foram avaliadas as porcentagens de estacas enraizadas e mortas, número e comprimento médio de raízes formadas por estaca. Análises anatômicas e histoquímicas com lugol e cloreto férrico foram realizadas. A estação mais promissora para o enraizamento foi o verão/2006 com 62,50% para o tratamento controle, devido à menor lignficação dos ramos no período de intenso crescimento vegetativo. O número médio de raízes formadas por estaca foi de 6,94 (solução) e o comprimento médio de raízes formadas/estaca chegou a 4,82 cm nesta mesma estação. As concentrações de AIB aplicadas não foram eficientes na indução radicial, independentemente do modo de aplicação. Foi detectada a presença de uma camada quase contínua de fibras e braquiesclereídes, a qual constitui barreira anatômica à indução radicial. Os testes histoquímicos revelaram a presença de amido e de compostos fenólicos nas estacas, em todas as estações do ano. A dificuldade ou demora no enraizamento não pode ser justificada pela falta de reservas de amido nos tecidos das estacas, mas pode ser justificada pela presença de compostos fenólicos, possivelmente do grupo dos monofenóis, que causam a degradação do AIA, interferindo negativamente na indução do enraizamento.Palavras-chave: auxina, plantas medicinais, espinheira-santa, estaquia, anatomia vegetal ABSTRACT: Rooting capacity of Maytenus muelleri Schwacke cuttings with indolebutyric acid application related to anatomical aspects. "Espinheira-santa" (Maytenus muelleriCelastraceae) is a medicinal plant native to Southern Brazil, the leaves of which are traditionally used in popular medicine for the treatment of stomach ulcers and other gastric problems. There are few published studies about seedling production and vegetative propagation techniques for this species. The propagation of "espinheira-santa" by cuttings could be an efficient method...
A espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) é uma planta medicinal cujas folhas são utilizadas no tratamento de úlceras gástricas, mas apesar de sua importância, são poucas as informações publicadas sobre a produção de mudas e técnicas de propagação vegetativa da espécie. Este trabalho teve por objetivo avaliar o enraizamento de estacas caulinares de espinheira-santa submetidas à aplicação de duas auxinas, em dois substratos. Estacas caulinares semilenhosas foram preparadas com uma folha e 1 cm de caule, e caulinares herbáceas com duas folhas e 6 a 8 cm de comprimento. Estacas semilenhosas foram tratadas com ácido naftaleno acético (ANA 0, 1500, 3000 mg L-1) e herbáceas com ácido indolbutírico (AIB 0, 250, 500 e 1000 mg L-1), em solução, e plantadas em tubetes contendo vermiculita ou fibra de casca de coco, sendo mantidas em casa-de-vegetação. Para estacas semilenhosas observou-se maior porcentagem de enraizamento na testemunha (12,50% e 6,25%), número médio de raízes por estaca de 1,48 e 1,04 e comprimento médio de raízes de 1,28 e 2,03 cm para a testemunha, em vermiculita e fibra de casca de coco, respectivamente. Para estacas herbáceas obteve-se 16,00% de enraizamento, 2,46 raízes por estaca e comprimento médio de raízes de 0,89 cm para a testemunha, em vermiculita. Não houve enraizamento em fibra de casca de coco. Verificou-se maiores porcentagens de sobrevivência e menores porcentagens de mortalidade em estacas semilenhosas, enquanto que em estacas herbáceas observou-se o inverso. Estacas caulinares semilenhosas e herbáceas de espinheira-santa não respondem à aplicação ANA e AIB.
O objetivo deste trabalho foi estabelecer um protocolo para a micropropagação do porta-enxerto de videira 420-A. O estabelecimento das culturas foi realizado com segmento nodal, cuja fonte dos explantes foram brotações de estacas lenhosas armazenadas sob refrigeração. No cultivo inicial, foram testados: o efeito de 6-benzilaminopurina e cinetina nas concentrações de 0; 1; 5 e 10 µM, diferentes meios de cultura (MS, NN e WPM) e diluições do meio básico (MS, MS/2, MS/4 e MS/8). Na fase de alongamento e multiplicação, os meios de cultura testados foram MS, MS/2, NN e WPM. No enraizamento, foram testados: o meio de cultura MS/2 sem e com carvão ativado (1gL-1). Na aclimatização, foram testados vermiculita, Plantmax® e casca de arroz carbonizada como substrato. A cinetina não apresentou efeito sobre a brotação e o crescimento dos segmentos nodais. Já o BAP promoveu um aumento no número de brotos por explante. O aumento na concentração de BAP reduziu o número de folhas emitidas por explante e aumentou os sintomas de vitrificação, sendo os melhores resultados obtidos com 1 µM de BAP. No cultivo inicial, o meio de cultura MS, com a concentração normal de sais, permitiu o maior crescimento das brotações. As diluições do meio MS em 1/4 e 1/8 mostraram-se prejudiciais ao desenvolvimento do porta-enxerto '420-A', afetando o crescimento das brotações após o primeiro subcultivo. Durante a multiplicação o meio MS/2 foi o que proporcionou melhores resultados. O enraizamento ocorreu naturalmente durante a multiplicação, sendo desnecessário o uso de carvão ativado no meio de cultura. A aclimatização foi realizada com sucesso em câmara de nebulização, com substrato vermiculita (95,8%) e Plantmax® (87%). Conclui-se que o porta-enxerto '420-A' pode ser micropropagado pelo cultivo inicial de segmentos nodais em meio de cultura MS + 1 µM de BAP, alongamento das brotações e multiplicação pelo seccionamento das mesmas em meio MS/2 e aclimatização em substrato vermiculita ou Plantmax®.
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