RESUMO-O controle da leprose dos citros no Estado de São Paulo é realizado quase que exclusivamente com aplicações de acaricidas para o controle do ácaro vetor Brevipalpus phoenicis, as quais contribuem para o aumento dos custos de produção e podem afetar negativamente as populações de organismos benéficos. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar, durante quatro safras, os efeitos de acaricidas indicados para o controle do ácaro B. phoenicis em citros convencional e orgânico sobre a evolução da leprose dos citros e sobre ácaros fitoseídeos. O experimento foi instalado em outubro de 2003, em pomar de laranja localizado no município de Reginópolis-SP. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, estabelecendo-se os tratamentos, expressos em mL de p.c./100 L de água: spirodiclofen a 20 mL e cyhexatin a 50 mL (aplicados em rotação), calda sulfocálcica a 4.000 mL e testemunha sem aplicação de acaricidas. Entretanto, a rotação entre spirodiclofen e cyhexatin iniciou-se em setembro de 2006 e, anteriormente a esse período, utilizou-se somente o spirodiclofen. A cada quinze dias, foram realizados levantamentos populacionais do ácaro B. phoenicis e dos ácaros predadores Iphiseiodes zuluagai e os do gênero Euseius. O nível de controle adotado para o B. phoenicis foi de 8,3%, sendo que as aplicações dos produtos foram realizadas com pulverizador de arrasto tratorizado munido com lanças manuais. Na safra de 2007-2008, coletaram-se 10 frutos caídos devido à leprose por parcela e quantificou-se o número de lesões de leprose presentes em cada fruto. Avaliaram-se, ao término da safra de 2007-2008, a produtividade, as perdas devido à leprose, bem como a incidência e a severidade da leprose. Constatou-se que o local das lesões no fruto é mais importante para determinar sua queda do que o número de lesões presentes. Quanto mais intensa a infestação do ácaro B. phoenicis, maior é o número de lesões de leprose, resultando em maior queda prematura de frutos. Os acaricidas spirodiclofen e cyhexatin e spirodiclofen em rotação proporcionaram controle mais eficiente de B. phoenicis, em relação à calda sulfocálcica, resultando em maior produtividade, menores perdas de frutos e nos menores níveis de severidade da leprose. As aplicações de calda sulfocálcica reduziram os níveis populacionais do ácaro B. phoenicis abaixo do nível de controle, porém não evitaram o surgimento de lesões de leprose. As aplicações dos acaricidas apresentaram efeito nocivo sobre os ácaros fitoseídeos, pois houve redução da densidade populacional. Termos para indexação: Brevipalpus phoenicis, Vírus da leprose dos citros -CiLV, Citrus sinensis e Seletividade. ACARICIDES USED IN CONVENTIONAL AND ORGANIC CITRUS ORCHARD: LEPROSIS AND PHYTOSEIID MITES POPULATION CONTROLABSTRACT-The citrus leprosis control in São Paulo state is performed exclusively by acaricides to control the vector mite, Brevipalpus phoenicis, which increases the production costs and may affect the beneficial organism's population. Therefore, the aim of this trial was to evaluate during...
RESUMOO conhecimento da diversidade e distribuição de artrópodes associados ao solo contribui para o desenvolvimento de sistemas agrícolas sustentáveis. O presente estudo foi realizado em Jaboticabal (SP), durante o período de fevereiro a abril de 2004. O objetivo foi analisar a comunidade de Carabidae, Staphylinidae, Formicidae e Araneae através de índices faunísticos e determinar a distribuição espacial e a interação interespecífica de espécies predominantes em soja (Glycine max (L.) Merr.), milho (Zea mays L.) e seringueira (Hevea brasiliensis Muell. Arg.). Os artrópodes foram amostrados com armadilhas de solo distribuídas a cada 10 m em dois transectos de 210 m de comprimento, que atravessaram o seringal e avançaram 60 m no interior das culturas. A fauna foi caracterizada pelos índices de diversidade de Shannon-Wiener, de equitabilidade e de similaridade de Morisita. As diferenças entre a ocorrência das espécies predominantes nos hábitats foram determinadas por análise de variância e a interação interespecífica por correlação de Pearson. A soja e o milho cultivados em sistema de plantio direto propiciaram comunidades de carabídeos, formigas e aranhas mais bem estruturadas que o seringal. Entre as 88 espécies capturadas, 20 espécies foram predominantes cuja distribuição espacial mostrou que Odontocheila nodicornis (Dejean), Glenus chrysis Gravenhorst, Castianeira sp. e oito espécies de formigas foram mais abundantes no seringal em comparação às culturas de soja e do milho. A abundância dos carabídeos Calosoma granulatum Perty e O. nodicornis diminuiu conforme aumentou a densidade dos formicídeos Pheidole sp.1 e Odontomachus chelifer Latreille respectivamente.Palavras-chave: Araneae, Carabidae, Formicidae, controle biológico, predadores, plantio direto.( 1 ) Recebido para publicação em 26 de junho de 2007 e aceito em 24 de abril de 2009.
O objetivo do trabalho foi avaliar, após sete safras, diferentes táticas de manejo da leprose, baseadas em podas e emprego de acaricidas, considerando-se os aspectos técnicos e econômicos de cada tática. O experimento foi conduzido de outubro de 2003 a agosto de 2010, na Fazenda São Pedro - Reginópolis-SP. As plantas utilizadas foram da cultivar Pera, enxertada sobre tangerina 'Cleópatra', com 12 anos de idade, quando da instalação do experimento. O delineamento experimental foi o em blocos casualizados, em esquema fatorial, constituído pelos fatores tipo de poda (A), com seis níveis: (1) poda drástica; (2) poda intermediária sem lesões de leprose; (3) poda intermediária com lesões de leprose; (4) poda leve; (5) sem poda, e (6) replantio; fator acaricida (B), com três níveis: (1) sem acaricidas; (2) com calda sulfocálcica, e (3) com espirodiclofeno e cihexatina em rotação; (C) fator poda de remoção de ramos sintomáticos de leprose, com dois níveis: (1) com poda de remoção; (2) sem poda de remoção. A combinação dos fatores, com os respectivos níveis (6 x 3 x 2), resultou em 36 tratamentos, que foram repetidos 4 vezes, sendo cada parcela constituída por 3 plantas dispostas em linha. Após sete anos de condução do experimento, foi possível constatar que os diferentes tipos de poda, bem como a poda de remoção, quando utilizadas de forma isolada, não foram suficientes para o controle da leprose. Portanto, comprovou-se que, para o manejo adequado da leprose, é indispensável a associação entre táticas, principalmente o controle do ácaro-vetor. Ainda, para assegurar a rentabilidade da produção cítrica, o emprego de acaricidas altamente eficientes no controle de B. phoenicis é fundamental. A recomendação do tipo de poda a ser empregada varia em função da incidência e da severidade da leprose no pomar. Em pomares com baixa incidência e severidade da doença, a poda leve é a mais adequada, por ser eficiente e por proporcionar o maior saldo financeiro. Entretanto, em pomares com alta incidência e severidade, o mais indicado são as podas mais severas, a fim de reduzir ou de eliminar os focos da doença. Entre as podas severas, destaca-se a poda intermediária com lesões, pois o retorno financeiro é mais rápido. O replantio é indicado somente em pomares recém-formados, eliminando-se a necessidade de modificar os tratos culturais no local do replantio.
Com o objetivo de determinar a ocorrência de insetos associados à aceroleira, Malpighia glabra L. (Malpighiaceae), foram feitos levantamentos, no período de agosto de 1997 a dezembro de 1998, na região de Maringá, Estado do Paraná, Brasil. Os insetos foram coletados quinzenalmente em 20 plantas localizadas em pomar comercial, caminhando-se ao redor da copa das plantas por um período de 10 minutos e observando-se ramos, folhas e frutos. A coleta foi realizada manualmente, através de rede entomológica, armadilha com atraente alimentar e pelo corte de quatro ramos por planta, que foram observados sob microscópio estereoscópico. As espécies encontradas foram; Nezara viridula, Piezodorus guildinii, Euschistus heros, Thyanta spp., Dysdercus ruficolis, D. peruvianus, Leptoglossus zonatus, L. gonagra, Enchenopa gracilis, Toxoptera citricidus, Saissetia coffeae, S. oleae, Coccus viridis, Chrysomphalus ficus, Selenaspidus articulatus, Orthezia praelonga, Mahanarva fimbriolata, M. posticata, Dilobopterus costalimai, Oncometopia facialis, Chrysopa sp., Polistes sp., Diabrotica speciosa, Cerotoma sp., Lagria villosa, Cycloneda sanguinea, Ceratitis capitata, Anastrepha fraterculus e Euxesta sp
The objective of this work was to evaluate the effect of acaricide applications and pruning of symptomatic branches in citrus leprosis management in Brazil. It was conducted in an orange plantation of the ‘Pera’ variety, grafted onto the ‘Cleopatra’ tangerine, in two seasons (2006–2007 and 2007–2008). The experimental design was randomized blocks in a factorial scheme consisting of the following factors: (A) acaricide, in three levels: spirodiclofen and cyhexatin applied in rotation, lime sulphur; no acaricides; (B) pruning to remove branches that showed symptoms of leprosis, with two levels: with pruning, without pruning. We carried out periodic assessments of Brevipalpus phoenicis (Geijskes) populations (vector of the leprosis virus), leprosis incidence and severity, fruit yield, and the economic feasibility of the applied strategies. Based on the results, we concluded that spirodiclofen and cyhexatin were more effective than lime sulphur in B. phoenicis control. Control with lime sulphur required more applications than spirodiclofen and cyhexatin in rotation, making it more expensive. Pruning of symptomatic branches used in isolation was not sufficiently effective to control leprosis and significantly increased control costs. Profits were higher when the control involved sprayings of spirodiclofen and cyhexatin in alternation, with or without pruning.
IResíduos de calda sulfocálcica sobre a eficiência de acaricidas no controle de Brevipalpus phoenicisLime sulfur residue on acaricide efficiency in the control of Brevipalpus phoenicis
Lime sulphur is used worldwide in agriculture to control pests and diseases. Our objective was to determine the effect of lime sulphur applications in an orange orchard on soil chemical properties and foliar nutrients after seven years of use to control B. yothersi. Soil and leaf samples were collected in two consecutive years for determination of soil chemical properties and nutritional analysis, respectively. We also assessed severity of citrus leprosis and productivity of plants. The applications of lime sulphur reduced pH values in CaCl2 and increased levels of S-SO42- in subsurface soil layer. Plants treated with lime sulphur had thehighestleaf concentrations of Ca and S and of the micronutrients B, Cu, Mn e Zn. On the other hand, lime sulphur was able to reduce severity of citrus leprosis and had a positive effect on citrus productivity. The use of lime sulfur must be moderate, as the excessive use of this pesticide can cause imbalances in soil and plants, affecting the quality of food produced and causing negative impacts on the environment.
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE ACARICIDAS, POR AÇÃO DIRETA E RESIDUAL, SOBRE Tetranychus mexicanus (MCGREGOR, 1950) (ACARI: TETRANYCHIDAE ) EM CITROS
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.