O artigo discute o cuidado em saúde mental no contexto da Reforma Psiquiátrica em implementação no Brasil. Resulta de uma proposta de pesquisa-intervenção potencializadora da desinstitucionalização de moradores do Hospital Psiquiátrico São Pedro e aborda, mais precisamente, o trabalho de transição para os serviços residenciais terapêuticos Morada São Pedro, na cidade de Porto Alegre. Para além de mero deslocamento de um espaço físico para outro, a concepção de transição trabalhada diz respeito mais à apropriação de novos territórios subjetivos e de formas outras de viver e habitar. Os processos de subjetivação que emergiram entre usuários, trabalhadores e em nós pesquisadores, ao transitar por novos territórios de vida, foram tomados como dispositivos analisadores e são aqui problematizados, a fim de refletir sobre a função que a transição possa ter na produção de vida desses novos integrantes da vida urbana.
O artigo é oriundo de um estudo sobre os currículos de formação superior em Educação Física da ESEF/UFRGS em 70 anos de existência. O objetivo geral foi evidenciar elementos que mobilizaram alterações curriculares marcantes ao longo deste período. Para tanto, realizamos um mapeamento das grades curriculares de 1941 a 2010 por meio dos seguintes documentos: registros de graus, catálogos de cursos, página da UFRGS na internet entre outros. Através de análise documental destacamos seis “pontos de tensão” que se constituíram a partir de, e ao mesmo tempo mobilizaram, importantes alterações curriculares: 1) currículos da ESEF e o marco regulatório educacional 2) vinculação das disciplinas aos diferentes departamentos; 3) separação dos percursos curriculares de homens e mulheres; 4) proporcionalidade entre disciplinas obrigatórias e eletivas; 5) surgimento e expansão dos estágios obrigatórios; 6) fortalecimento da pesquisa na formação inicial. Por recobrir todo o período analisado, e se articular mais densamente com os demais, aqui nos concentramos exclusivamente no primeiro ponto. Concluímos que a pressão exercida pelo marco regulatório educacional sobre os cursos de formação da ESEF/UFRGS foi mais intensa em três grandes momentos: federalização da escola em 1970, mudanças curriculares de 1987 e divisão licenciatura/bacharelado em 2005.
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