O presente trabalho objetivou analisar a literatura cientifica brasileira acerca do uso dos suplementos alimentares em relação aos praticantes de musculação. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no mês de novembro de 2016, utilizando os termos “musculação” e “suplemento”. Inicialmente surgiram 244 estudos, dentre os quais somente seis foram tidos como relevantes para compor o estudo. Os resultados apontam pesquisa quantitativa como preferência no delineamento metodológico dos estudos, bem como as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país como cenário geográfico. Sugerem a prevalência do uso dos suplementos alimentares com o objetivo principal para o ganho de massa muscular e força, e, desse modo, a maior procura vem em relação às proteínas e aminoácidos, tendo o público masculino como prioritário, com uma preocupação com a estética. Além disso, alertam a influência da mídia, principalmente em relação ao destaque da imagem do “corpo perfeito”, que colabora com a ingestão desnecessária. Dessa forma, os resultados mostram que o uso da suplementação alimentar para os praticantes de musculação é prioritariamente para fins estéticos, com objetivos de ganho de massa muscular ou perda de gordura corporal. Assim, conclui-se que a utilização dos suplementos alimentares cresce cada vez mais, com destaque para os que contém como base, os aminoácidos e as proteínas, tendo como principais consumidores os homens, para fins estéticos e hipertrofia muscular.
O trabalho nos Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) requer atuação em equipe, motivo pelo qual é relevante conhecer a representação social acerca de determinada categoria profissional. O objetivo deste estudo é analisar a atuação do profissional de Educação Física nos CAPS, representada pelos demais profissionais de saúde inseridos nesse serviço. Com base na teoria das representações sociais foram realizadas entrevistas com 11 profissionais. A técnica do discurso do sujeito coletivo enquanto procedimento resultou em três discursos. O primeiro aponta para o reconhecimento principalmente pela promoção de atividades físicas, geralmente em grupos terapêuticos e seus efeitos. O segundo indica o desenvolvimento de trabalhos próprios do serviço, como acolhimento, rodas de conversa e estudos de caso, a potencialidade no desenvolvimento do vínculo e, mais timidamente, o desenvolvimento de atividades extramuros. No terceiro, o trabalho do profissional de Educação Física poderia ser melhor desenvolvido se houvesse espaço e material apropriado. Conclui-se que, para esses trabalhadores da saúde, a representação social da atuação da Educação Física ficou ancorada no trabalho em equipe nos diversos grupos terapêuticos e objetivada na mudança de comportamento para a melhoria da saúde.
A atenção primária à saúde se fortaleceu nas últimas duas décadas no Brasil. Recentemente, os Núcleos de Apoio à Saúde da Família permitiram que o leque de profissões transitando pela atenção primária aumentasse. Recomenda-se que essa inserção e trânsito estejam orientados pela lógica do Apoio Matricial. Este artigo analisa a apropriação dos profissionais de Educação Física acerca do Apoio Matricial. Trata-se de um estudo qualitativo, em que utilizamos grupo focal e observação participante com 11 profissionais de Educação Física da cidade de Sobral/CE. Os resultados sugerem seu entendimento como movimento de troca, de caráter técnico-pedagógico; o apoiador como corresponsável, em uma dimensão de Cogestão do Cuidado; bem como o apoio como uma tecnologia não engessada, mas como postura profissional. Conclui-se que os participantes da pesquisa compreendem o Apoio Matricial como um arranjo de corresponsabilidade entre especialistas e equipes de referência, que permite potencializar o cuidado usuário centrado.
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