Resumo O artigo objetiva mapear a produção de conhecimento nas áreas das ciências da saúde, humanas e sociais sobre gênero e ruralidade, a partir de uma análise crítica. Para isso, foram realizadas buscas no sítio Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior com as palavras-chave: gênero e rural, gênero e ruralidade, mulher e rural, mulher e ruralidade, no período de 2000-2014. A seleção gerou um total de 108 artigos, dos quais 25, que apresentavam discussões acerca dos modos de vida das mulheres em contextos rurais, foram incluídos neste estudo. A análise abordou discussões sobre as relações de gênero em espaços rurais e gênero e novas ruralidades. As produções analisadas reconhecem os avanços na temática de gênero em espaços rurais, no entanto, demarcam a necessidade de uma maior presença das teorias feministas na constituição de abordagens teóricas e metodológicas junto a esses contextos.
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Los seminarios “Rutas Críticas”, realizados desde 2006, tienen por objetivo discutir y presentar datos de investigaciones e intervenciones sobre violencia contra la mujer. Este texto presenta una síntesis narrativa del Seminario Internacional Rutas Críticas 8, denominado “Feminicidios: necesitamos hablar de eso”, realizado en Porto Alegre, en 2017. Se utilizó el formato de entrevista para presentar las narrativas, referenciales teóricos y situaciones particulares de cada región. Los feminicidios aumentaran bajo el modelo neoliberal que está ocurriendo en los países de América Latina y hay una sobremortalidad de mujeres jóvenes, migrantes, sin redes de protección, pobres y racializadas. La publicación de síntesis como esta constituye una oportunidad de hacer públicos los datos de investigaciones que incluyen la denuncia de situaciones específicas de riesgo y vulnerabilidad. El artículo comparte la reflexión crítica y las conversaciones entre investigadoras brasileñas e hispanoamericanas, buscando potencializar acciones de enfrentamiento a las violencias.
Resumo A população em situação de rua (PSR), em seu cotidiano, se relaciona com diferentes pessoas, grupos e/ou coletivos ligados à execução das políticas públicas, às organizações não governamentais, familiares ou a membros da sociedade civil. Pensar nessas dinâmicas de trabalho, cooperação e auxílio remete a pensar sobre uma rede de apoio que constrói estratégias com essa população. Tendo presente essas problematizações, este estudo teve como objetivo analisar as narrativas das pessoas em situação de rua sobre como é produzida sua rede de apoio. Para tanto, foi realizado um estudo qualitativo, de orientação etnográfica, sendo utilizada a observação participante, registros em diário de campo e entrevistas narrativas. Participaram seis pessoas em situação de rua que recebem alimentação ofertada por projetos sociais em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Os dados produzidos foram analisados a partir da Análise Temática. As análises expressam as especificidades das narrativas das trajetórias de vida associadas à chegada às ruas e à composição de uma rede de apoio na rua. Ao conhecer como se produz e opera essa rede de apoio, a partir das narrativas das pessoas em situação de rua, problematiza-se a complexidade dessa engrenagem e o desafio de produzir ações integradas entre as diferentes instâncias da rede. Nisso, destaca-se a potencialidade de práticas que levem conta à escuta, ao diálogo e à articulação na operacionalização de políticas públicas atentas às necessidades dessa população.
Resumo: Neste estudo, analisamos as narrativas de mulheres trabalhadoras rurais relacionadas ao trabalho no contexto da agricultura familiar. Participaram do estudo dezoito mulheres ligadas ao movimento social das trabalhadoras rurais da região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. As estratégias metodológicas utilizadas obedeceram aos pressupostos da abordagem genealógica, seguindo uma perspectiva etnográfica. As narrativas produzidas expressam intersecções entre as práticas ligadas aos espaços da casa, da propriedade e do movimento social. Dos resultados produzidos emergem reflexões associadas à compreensão de trabalho como manutenção da vida e possibilidade de transformação de si e do mundo, e as relações entre trabalho e ação política são vistas como conquistas e desafios a serem enfrentados pelas mulheres trabalhadoras rurais.
Neste ensaio rizomático, evocamos cenas, imagens e afetos acionados com a participação das mulheres trabalhadoras rurais da V Marcha das Margaridas. A experiência e a narração articulam ferramentas potentes na transmissão de histórias em sua singularidade, diferença e multiplicidade. A escrita demarca um registro possível, uma abertura para estar junto na produção de uma escuta implicada e sensível dos efeitos da experiência de um “devir Margarida”. O caminho percorrido irrompe entre fragmentos, recortes descontínuos, impregnado por experienciafetos em sua dimensão ética, estética e política. Com alegria e colorido, as mulheres vêm à público performatizar um ato-manifesto na luta contra os retrocessos e pela garantia de direitos. Em marcha, as margaridas protagonizam ações políticas em prol do bem viver de suas comunidades e questionam os estereótipos tradicionais de gênero.
Resumo Ancorado numa perspectiva psicossocial, frente aos desafios da reinserção social e da composição de estratégias de cuidado em liberdade, este estudo tem por objetivo analisar as narrativas dos familiares de ouvidores de vozes sobre suas experiências como cuidadores. Foram realizadas entrevistas narrativas com familiares de participantes de um grupo de ouvidores de vozes em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, Brasil. A partir da análise temática, produziram-se três eixos temáticos: (1) experiência de ouvir vozes e necessidade de cuidado; (1) família: práticas de cuidado; e (3) estratégias terapêuticas: tecendo redes de cuidado compartilhadas em saúde mental. As narrativas dos cuidadores reportam dificuldades na convivência com familiares que ouvem vozes, sobrecarga de trabalho relacionada ao cuidado e desafios enfrentados no cotidiano. Destaca-se a importância de espaços grupais de ajuda mútua que possam auxiliar os cuidadores.
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