ResumoObjetivOs. O presente estudo teve por objetivo investigar a relação entre os níveis de albumina sérica, medicamentos utilizados, tempo de internação e número de doenças com o prognóstico de indivíduos idosos hospitalizados. MétOdOs. Estudo descritivo transversal e retrospectivo por meio de revisão de prontuários. Foram coletadas variáveis tais como: doença motivadora da internação, albuminemia, medicamentos utilizados e sua afinidade com a albumina e tempo de internação em uma população de idosos de um hospital público brasileiro. Foi utilizada a regressão múltipla para avaliar se a idade, dias de internação, medicamento com e sem afinidade a albumina, número de doenças motivadoras da internação foram preditores do óbito. A relação entre a variável dependente e as independentes foi analisada por Two-way ANOVA. ResultadOs. A amostra constituiu-se de 277 idosos, sendo 151 com hipoalbuminemia e sob uso de em média 6,6±3,80 medicamentos diferentes cuja maioria apresentava afinidade pela albumina (4,96 ± 2,64). Os resultados demonstraram que o número de medicamentos com afinidade a albumina, a albuminemia e o período de internação foram preditores do óbito (r=0.47; R2= 0.224), (F(8.170) = 6.13; p=0.001). A relação entre a variável dependente e as independentes resultou na equação matemática: (óbito= 0,545 -0,374 (albuminemia) -0,195 (dias de internação) + 0,175 (número de medicamentos com afinidade à albumina)). COnClusãO. A equação obtida para este estudo demonstrou que a albuminemia e os dias de internação foram inversamente correlacionados ao óbito e diretamente correlacionados com o elevado número de medicamentos ligados à albumina. 1,2 . No âmbito da saúde pública, o aumento da população idosa determina a modificação das necessidades por recursos capazes de proporcionar saúde, envolvendo medidas de prevenção ou intervenção com aporte a serviços médico-hospitalares e ao uso de medicamentos 3,4 .O processo de envelhecimento tem sido relatado na literatura como um fator contribuinte no aumento da demanda por serviços de saúde, havendo uma correlação com internações hospitalares mais frequentes e com tempo prolongado de ocupação do leito por idosos 2 . A maior prevalência de hospitalizações deste segmento etário está relacionada à presença de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e a evolução da gravidade das doenças infecciosas.Idosos internados com diagnóstico de desnutrição, processo inflamatório grave, insuficiência renal e hepática apresentam estreita relação com hipoalbuminemia 5,6,7 . Esta condição concorre para um prognóstico desfavorável com período de internação hospitalar prolongada e maior risco de complicações clínicas 8,9 . Em adição, idosos com hipoproteinemia podem não ser responsivos a medicação e podem apresentar alterações no efeito farmacológico quando se administra medicamentos com afinidade a proteínas plasmáticas 8 . A relevância da afirmação recai sobre o uso de medicamentos como a principal ferramenta terapêutica em ambiente nosocomial, sobretudo na população idosa, que utiliza d...
The present study sought to assess the rational use of antimicrobial agents in a Brazilian intensive care unit (ICU) and its association with antimicrobial resistance in elderly patients admitted to the unit. Results: Choice of empiric and sensitivity-guided therapy was inadequate in > 80% and 59% of cases respectively. Inadequate antimicrobial therapy, whether empiric or sensitivity-guided, was positively correlated with bacterial resistance (r = 0.316; p = 0.001). Sensitivity testing revealed a 46.5% resistance rate to eight out of the ten most commonly used antibiotics.
A infecção pelo SARS-CoV-2 apresenta elevada prevalência devido ao rápido modo de transmissibilidade. O quadro clínico varia de leve, moderado e grave, sendo que os mais graves evoluem com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e necessidade de internação em unidade de terapia intensiva. Diversas alterações em exames de imagem, laboratoriais e sinais e sintomas dos pacientes na admissão, podem ser fortes indicativos de evolução grave da doença. Este trabalho objetivou Investigar o manejo clínico e terapêutico em pacientes graves acometidos por COVID-19 em um hospital público do Distrito Federal. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, comparativo com revisão de prontuários de pacientes internados no Box de Emergência e na UTI do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, no período de março/2020 a dezembro/2020. Foram incluídos pacientes ≥ 18 anos portadores de COVID-19, comprovados por exame positivo de reação em cadeia de polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR) de amostras de swab nasais e faríngeos, de ambos os sexos. Foram investigadas as variáveis sexo, idade, teste RT-PCR confirmatório para COVID-19, tempo de internação, desfecho clínico, comorbidades, exames de imagem de tomografia computadorizada (TC) de tórax, exames laboratoriais e principais medicamentos utilizados. A amostra foi composta por 143 pacientes estratificados em alta (39/27,3%) e óbitos (104/72,7%). O estudo revelou uma média etária acima dos 50 anos e prevalência do sexo masculino em ambos os grupos. As principais comorbidades encontrados foram: HAS, DM, DPOC e doenças cardiovasculares de forma estatisticamente significante no grupo de óbitos e obesidade no grupo de alta. Exames de TC de tórax revelaram predominância de vidro fosco, abrangência bilateral e comprometimento 25% nos dois grupos analisados (alta e óbito). Em relação aos tratamentos medicamentosos, o uso de antimicrobianos foi empregado para todos os pacientes da amostra, sendo os principais a azitromicina, a piperacilina/tazobactam, a ceftriaxona e o meropenem para ambos os grupos. As principais associações antimicrobianas utilizadas nos grupos de pacientes que evoluíram para alta e óbito foram: azitromicina + ceftriaxona, amicacina + meropenem, azitromicina + piperacilina/tazobactam. Outros medicamentos empregados na amostra do estudo incluiu: cloroquina/ hidroxicloroquina (8,39%), corticosteroides (86,7%) e anticoagulantes (97,2%). Os exames laboratoriais mais alterados foram: leucócitos; bastões, neutrófilos, linfócitos, proteína C reativa, TGO (AST), TGP (ALT), LDH, creatinina, ferritina, gama GT e fosfatase alcalina. A COVID-19 é uma doença nova e potencialmente fatal, com pior prognóstico para pacientes graves, sobretudo internados na UTI. Este trabalho permitiu conhecer os comprometimentos pulmonares mais frequentes, alterações mais importantes nos exames laboratoriais, os tratamentos instituídos e o perfil dos pacientes graves acometidos por COVID-19 em um hopital público referência no tratamento. Esses achados almejam colaborar com as equipes de assistência em saúde e comunidade científica no manejo do paciente grave acometido por COVID-19.
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As Infecções Relacionadas à assistência em Saúde (IRAS) correspondem a uma das complicações mais prevalentes que acometem os pacientes durante os cuidados de saúde, e a Infecção do Sítio Cirúrgico é a segunda maior causa de Infecção Hospitalar. Em relação as cirurgias de prótese mamária, o Sistema Único de Saúde é obrigado a garantir a cirurgia para pacientes pós-mastectomizadas, e as infecções podem resultar em retirada de próteses, complicações sistêmicas e aumento de custos hospitalares. Objetivo: investigar a ocorrência de infecções hospitalares em cirurgias de prótese mamária em um hospital público de Brasília. Para tanto, investigamos o perfil epidemiológico dos pacientes da amostra; as indicações para as cirurgias de próteses mamárias; as classificações das cirurgias conforme o potencial de contaminação; a avaliação e a adequação do antibiótico profilático cirúrgico e as condutas realizadas frente as infecções hospitalares ocorridas. Método: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e prospectivo, descritivo de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de colocação de prótese mamária, entre janeiro de 2018 a dezembro de 2019, na Unidade de Cirurgia Plástica do Hospital Regional da Asa Norte da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa do UniCEUB (CAAEde 17697619.2.0000.0023) e pelo CEP da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde/FEPECS/SES/DF (CAAE: 17697619.2.3001.5553). Resultados: A amostra de pacientes com implante de prótese mamária foi de 108. Todas as cirurgias foram realizadas em mulheres, com média de 39,94 anos de idade, média de 2,47 dias de internação e com 100% de alta no desfecho clínico. A indicação cirúrgica mais prevalente foi a pós-mastectomia. A taxa de infecção hospitalar relacionada ao procedimento de implante de prótese mamária foi 6,48% (n=7). Em relação as próteses mamárias analisadas, foi observado que 100% delas eram de poliuretano, variando a sua superfície em texturizada e lisa. A profilaxia antibiótica foi analisada de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde, em que a pré-operatória foi considerada inadequada em 7,41% dos casos, a intraoperatória em 95,46% e a pós-operatória em 33,70% dos casos. O tratamento das infecções hospitalares foram: administração de antibióticos, curativos, drenagem de secreção e reabordagem cirúrgica. A origem das próteses mamárias não foi identificada em 57,14% das cirurgias. Conclusão: O presente estudo reintera a evidência que apoia o uso da adequada profilaxia antibiótica na prevenção da infecção do sítio cirúrgico e a importância de uma correta implementação dos protocolos de prevenção de IRAS recomendados pelas organizações de saúde, com vistas a redução das infecções relacionadas aos procedimentos cirúrgicos, bem como um controle rigoroso da origem das próteses mamárias utilizada no serviço público de saúde.
Alcohol use disorder (AUD) is a worldwide public health problem, being an important aggravating factor of comorbidities found in the elderly, with the potential to increase mortality indicators for this age group. Objective: To analyze alcohol-induced deaths in elderly people with alcohol-related disorder in Brazil between 1996 and 2019. Methods: An ecological study was conducted with secondary data obtained from the Brazilian Unified Health System (SIM) Mortality Information System from 1996 to 2019. TabNet/DATASUS, Excel® 2016 and SPSS 21® were used to prepare the results. Results: Between 1996 and 2019, 85,928 alcohol-induced deaths were recorded among the elderly (>60 years); in 1996, the lowest number of deaths was recorded (n = 1396), and in 2018, there were the highest number of deaths (n = 5667). In the profile of the elderly, there was a predominance of men (88%). Mortality from AUD was due to alcoholic liver disease (62.2%), followed by mental disorders due to alcohol use (37.3%). Conclusions: Coping with AUD is a public health problem that aims to reduce the number of deaths from diseases, conditions and injuries in which alcohol consumption is the causative agent, in addition to preventing deaths to which alcohol contributes.
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