Este estudo analisa o fluxo de pacientes atendidas com câncer de mama, no Brasil, no âmbito do SUS, segundo o tipo de tratamento recebido. Foram identificadas redes de atenção oncológica com base nas informações do Sistema de Informações Hospitalares e do Sistema Informações Ambulatoriais de Alta Complexidade em Oncologia, relativas ao período 2005-2006, utilizando os programas TabWin e TerraView. O atendimento está amplamente distribuído pelo território nacional, com forte concentração nos maiores centros, e indícios de escassez de atendimento mesmo nas regiões onde a oferta de serviços é maior. Grande proporção das pacientes reside a mais de 150km do local de atendimento. A identificação das redes constitui ferramenta com aplicação importante no planejamento e na melhoria da distribuição dos serviços, considerando que o acesso geográfico é relevante para o desfecho do tratamento. A redução das taxas de morbidade e mortalidade depende da identificação precoce, pois, uma vez identificado o caso, o tratamento adequado e ágil concorre para reduzir os impactos da doença.
This study sought to evaluate the occurrence of adverse events and their impacts on length of stay and mortality in an intensive care unit (ICU). This is a prospective study carried out in a teaching hospital in Rio de Janeiro, Brazil. The cohort included 355 patients over 18 years of age admitted to the ICU between August 1, 2011 and July 31, 2012. The process we used to identify adverse events was adapted from the method proposed by the Institute for Healthcare Improvement. We used a logistical regression to analyze the association between adverse event occurrence and death, adjusted by case severity. We confirmed 324 adverse events in 115 patients admitted over the year we followed. The incidence rate was 9.3 adverse events per 100 patients-day and adverse event occurrence impacted on an increase in length of stay (19 days) and in mortality (OR = 2.047; 95%CI: 1.172-3.570). This study highlights the serious problem of adverse events in intensive care and the risk factors associated with adverse event incidence.
BackgroundUnhealthy lifestyle choices, such as smoking and sedentary behavior, are among the main modifiable risk factors for chronic non-communicable diseases. The workplace is regarded as an important site of potential health risks where preventive strategies can be effective. We investigated independent associations among psychosocial job strain, leisure-time physical inactivity, and smoking in public servants in the largest Brazilian adult cohort.MethodsWe conducted a cross-sectional analysis of baseline data from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil)—a multicenter prospective cohort study of civil servants. Our analytical samples comprised 11,779 and 11,963 current workers for, respectively, analyses of job strain and leisure-time physical activity and analyses of job strain and smoking. Job strain was assessed using the Brazilian version of the Swedish Demand-Control-Support Questionnaire; physical activity was evaluated using a short form of the International Physical Activity Questionnaire. We also examined smoking status and number of cigarettes smoked per day. The association reported in this paper was assessed by means of multinomial and logistic regression, stratified by sex.ResultsAmong men, compared with low-strain activities (low demand and high control), job strain showed an association with physical inactivity (odds ratio [OR] = 1.34; 95% confidence interval [CI] = 1.09–1.64) or with the practice of physical activities of less than recommended duration (OR = 1.44; 95% CI = 1.15–1.82). Among women, greater likelihood of physical inactivity was identified among job-strain and passive-job groups (OR = 1.47; 95% CI = 1.22–1.77 and OR = 1.42; 95% CI = 1.20–1.67, respectively). Greater control at work was a protective factor for physical inactivity among both men and women. Social support at work was a protective factor for physical inactivity among women, as was smoking for both genders. We observed no association between demand or control dimensions and smoking.ConclusionsJob strain, job control, and social support were associated with physical activity. Social support at work was protective of smoking. Our results are comparable to those found in more developed countries; they provide additional evidence of an association between an adverse psychosocial work environment and health-related behaviors.
Objective: To estimate changes in blood pressure and the incidence of hypertension associated with consumption of ultra-processed foods (UPF) by Brazilian civil servants at a four-year follow-up. Design: Longitudinal analysis of the ELSA-Brasil with non-hypertensive individuals at baseline. We applied the food frequency questionnaire at the baseline and categorized energy intake by degree of processing, using the NOVA classification. Systolic blood pressure (SBP) and diastolic blood pressure (DBP) were measured at baseline (2008-2010) and again at first follow-up (2012-2014). Incidence of arterial hypertension was defined as SBP ≥ 140 mmHg or DBP ≥ 90 mmHg or antihypertensive medication during the previous two weeks. A mixed-effect linear regression model and mixed-effect logistic regression model were used to estimate associations between UPF consumption and, respectively, changes in blood pressure and incidence of hypertension. Setting: Brazil. Subjects: Civil servants of Brazilian public academic institutions in six cities (n 8,754), aged 35-74 years at baseline (2008-2010). Results: UPF consumption contributed 25.2% (SD = 9.6) of total calories consumed. After adjustment, participants with high UPF consumption presented a 23% greater risk of developing hypertension (OR = 1.23, 95% CI: 1.06-1.44) than those with low UPF consumption. We did not find association between UPF consumption and changes in blood pressure over time. Conclusions: The higher the UPF consumption, the higher was the risk of hypertension in adults. Reducing UPF consumption is thus important to promote health and prevent hypertension.
O câncer do colo do útero, embora seja uma doença curável e altamente prevenível, apresenta elevado índice de mortalidade no país. Teve como objetivo analisar a distribuição espacial dos indicadores pactuados para o câncer do colo do útero no Brasil, no período de 2006 a 2009. Estudo ecológico, utilizou dados do Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero e Sistema de Informação sobre Mortalidade. Apesar de estruturado e com melhoras nos indicadores, o programa ainda se encontra abaixo das metas pactuadas em alguns Estados, configurando um padrão desigual de desempenho dos indicadores no território brasileiro. As diferenças regionais mostraram falhas na captação de mulheres, na cobertura populacional, na qualidade das amostras do exame citológico e estabilidade da taxa de mortalidade. Estados que se encontram abaixo das metas pactuadas precisam otimizar os recursos e promover acesso às mulheres que não estão inseridas no programa de rastreamento.
O estudo analisa os arranjos regionais de governança do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo esfera jurídica dos prestadores e distribuição espacial da produção de serviços de média e alta complexidade no Brasil. Tais arranjos expressam o modo como a reforma do Estado e do sistema de saúde promoveram a redistribuição de funções entre entes governamentais e privados no território. Realizou-se estudo exploratório com base em dados secundários de abrangência nacional, do biênio 2015-2016. Por meio da análise de agrupamentos baseada na composição dos percentuais da produção dos principais prestadores, foram classificadas 438 regiões de saúde. Na assistência de média complexidade, predominou o prestador público municipal (ambulatorial) e o prestador privado filantrópico (hospitalar). Na alta complexidade, predominou o prestador filantrópico e lucrativo (ambulatorial e hospitalar). A produção de média complexidade foi registrada em todas as regiões de saúde, porém, em 12 estados, mais da metade dela está concentrada em apenas uma região de saúde. A produção de alta complexidade é concentrada nas regiões das capitais estaduais. Os arranjos de governança podem ser mais ou menos diversos e desiguais, se considerados os diferentes segmentos e níveis de concentração regional da produção de média e alta complexidade. O estudo sugere que a convergência entre descentralização e mercantilização favoreceu o reescalonamento da função de prestação de serviços, com ampliação da escala de atuação de prestadores privados e fortalecimento dos municípios polos. As características dos arranjos de governança desafiam a regionalização do SUS orientada pelas necessidades coletivas das populações.
The study aimed at analyzing socio-demographic and working characteristics of nurses from public hospitals. It was carried out a cross-sectional study, involving 3.229 nurses from the eighteen largest public hospitals of the city of Rio de Janeiro. It was observed a feminine predominance (87.3%), with mean age of 39.9 ± 10 years. Around 7% referred having master or doctorate degree, 58.5% got their degree from public institutions and 24.5% used to work at the health sector before becoming nurses. Half the group has thought of abandoning their career, and almost a quarter is unsatisfied with their profession. Around 10% searched for a job outside nursing area in the previous month and 30% searched for a job in the same working area. Night work, engagement in more than one job and long professional work hours were more frequently found among men. The study has pointed challengeable aspects of nurses' profession. Results can subsidize support strategies to improve the working conditions in public hospitals due to their comprehensiveness.
The study analyzes the spatial distribution of mortality from acute myocardial infarction (AMI) IntroduçãoNa maioria dos países a doença isquêmica do coração representa uma das principais causas de óbito em homens e mulheres acima de trinta anos de idade. Apesar da tendência de declí-nio observada a partir da década de 80 em vá-rios países, a mortalidade por doença isquêmi-ca permanece elevada no Brasil 1,2 . Cabe destaque a elevada proporção de óbitos precoces por doença isquêmica do coração no Brasil, muito superior a de países como Estados Unidos, Cuba, Argentina, Inglaterra, Portugal, Espanha, França, Dinamarca e Japão 3,4,5,6 .Vários estudos, voltados para as variações geográficas da doença isquêmica do coração, têm mostrado a importância da inclusão dos fatores ambientais relacionados a esse agravo para a compreensão de como o contexto afeta a saúde de grupos populacionais 7,8 . Dentre os fatores ambientais que estão relacionados à doença isquêmica do coração cabe destacar o papel do desenvolvimento sócio-econômico, do processo de urbanização e seu impacto sobre o estilo de vida das populações 9 .A distribuição da morbidade e mortalidade por doença isquêmica do coração expressa diferenças sociais associadas à renda, escolaridade, ocupação e classe social 10,11,12 . O declínio específico da mortalidade iniciou-se nos estratos da população com padrão sócio-econômico mais elevado 13 . Áreas com condições desfavo-
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.