O câncer do colo do útero, embora seja uma doença curável e altamente prevenível, apresenta elevado índice de mortalidade no país. Teve como objetivo analisar a distribuição espacial dos indicadores pactuados para o câncer do colo do útero no Brasil, no período de 2006 a 2009. Estudo ecológico, utilizou dados do Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero e Sistema de Informação sobre Mortalidade. Apesar de estruturado e com melhoras nos indicadores, o programa ainda se encontra abaixo das metas pactuadas em alguns Estados, configurando um padrão desigual de desempenho dos indicadores no território brasileiro. As diferenças regionais mostraram falhas na captação de mulheres, na cobertura populacional, na qualidade das amostras do exame citológico e estabilidade da taxa de mortalidade. Estados que se encontram abaixo das metas pactuadas precisam otimizar os recursos e promover acesso às mulheres que não estão inseridas no programa de rastreamento.
Evidence of psychosocial stress at work as a risk factor for diabetes and prediabetes is restricted. Objectives: Analyze the independent and combined association of the models, demand–control and social support (DC-SS) and the effort–reward imbalance and overcommitment (ERI-OC), and the incidence of glycemic alterations (prediabetes and diabetes). Methods: A prospective study was carried out with data from 7503 active workers from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) study in the period 2008–2014. Work stress was measured by two stress models. Glycemic levels were evaluated by glycated hemoglobin (HbA1c) in two moments and classified in four groups: normal, maintenance of prediabetes, incident prediabetes, and incident diabetes. Multinomial logistic regression was analyzed with 5% significance levels stratified by sex, and multiplicative interactions were investigated. Results: Work stress and glycemic alterations were more frequent in women. Psychosocial stress at work was shown to be associated to the risk of prediabetes and diabetes only among women. For women, the combination of models enlarged the magnitude of the association: prediabetes (DC-ERI = OR 1.51, 95% CI 1.15–1.99) and diabetes (DC-ERI = OR 2.10, 95% CI 1.20–3.65). Highly-educated women exposed to ERI-OC were four times more likely to have diabetes. Conclusion: Both models may contribute to explaining the psychosocial stress load according to each pattern of glycemic alteration among women.
Percepção de risco de adoecimento por COVID-19 entre trabalhadores de unidades de saúdeRisk perception of contracting among healthcare workers ResumoObjetivos: avaliar a validade dimensional da escala de percepção de risco de adoecimento por COVID-19 e sua associação com fatores sociodemográficos, ocupacionais e com queixas de sono, entre trabalhadores da saúde. Métodos: estudo seccional, com trabalhadores da saúde do Rio de Janeiro que, entre maio e agosto de 2020, preencheram questionário online sobre seu trabalho, percepção de risco de adoecimento por COVID-19 e comportamentos de saúde. Utilizou-se análise fatorial e modelos de regressão logística binomial e multinomial, ajustados por variáveis de confusão. Resultados: participaram 2.996 trabalhadores. A análise fatorial corroborou a unidimensionalidade da escala. Chances mais elevadas de alta percepção de risco foram observadas entre mulheres, os que cuidavam de crianças/idosos, aqueles com jornada de trabalho > 40h/semana e trabalhadores das Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento, hospitais gerais e especializados. A alta percepção de risco associou-se à alteração na duração do sono (OR = 2,39; IC95% = 1,95; 2,94), uso (OR = 2,08; IC95% = 1,67; 2,58) e aumento da dose de medicamentos para dormir (OR = 1,91; IC95% = 1,47; 2,48). Conclusão: a percepção de risco esteve associada ao sexo feminino, cuidar de crianças/idosos, maior jornada de trabalho, queixas de sono e uso de medicamentos para dormir. A investigação dos fatores associados a eventos estressantes, como a pandemia da COVID-19, pode corroborar o planejamento de ações para a prevenção de doenças entre trabalhadores de saúde.Palavras-chave: COVID-19; trabalhadores da saúde; risco ocupacional; estudos transversais; saúde do trabalhador.
O município do Rio de Janeiro apresenta grandes taxas de mortalidade para o câncer de mama e colo uterino. Analisou-se a trajetória dos óbitos por câncer de mama e colo uterino no município do Rio de Janeiro e relacionaram-se a oferta de serviços de saúde e o fluxo de pacientes entre o local de residência e o hospital. Estudo ecológico de base populacional que analisou óbitos por câncer de mama e colo uterino no município do Rio de Janeiro, no período de 2005-2008, mapeando os fluxos de casos da residência para os serviços de saúde. O Sistema de Informação sobre Mortalidade registrou, no período analisado, 3.384 óbitos por câncer de mama e 771 óbitos por câncer do colo de útero. A localização geográfica dos estabelecimentos de saúde define uma distribuição espacial dos óbitos extremamente desigual, alternando padrões de escassez em algumas áreas (periferia da cidade) e excesso em outras (Centro).
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Objetivo: avaliar a qualidade de vida de profissionais de saúde testados para covid-19 em uma policlínica no estado do Rio de Janeiro.Método: estudo transversal com 476 profissionais de saúde, que realizaram teste para a detecção da covid-19 nos meses de março a julho de 2020. Aplicou-se questionário sociodemográfico e de qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde. As pontuações de cada domínio foram transformadas numa escala de 0-100; as médias mais altas sugerem melhor percepção da qualidade de vida.Resultados: o domínio mais comprometido foi o meio ambiente (relacionado a ambiente do lar, recursos financeiros, lazer, ambiente) e o físico o menos comprometido (relacionado a dor, desconforto, energia, mobilidade, atividade).Conclusão: salienta-se que profissionais de saúde pós covid-19 necessitam de olhar minucioso sobre sua qualidade de vida, visto que estão mais propensos a desfechos negativos pela atuação na pandemia, com impacto principalmente no lazer, dor, desconforto, entre outros.
Objetivos: descrever o perfil educacional dos profissionais de enfermagem e identificar demandas educativas e educadores em potencial na equipe de enfermagem. Métodos: estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, realizado com 74 trabalhadores de enfermagem em uma instituição pública universitária de atenção secundária em saúde no município do Rio de Janeiro. Resultados: entre os técnicos de enfermagem 73,9% possuem graduação em enfermagem e 61,8% especialização lato-sensu ou residência. Dos enfermeiros 42,9% possuem especialização lato-sensu ou residência, 32,1% mestrado, 14,3% doutorado. Em relação às demandas educativas 82,4% relatam disponibilidade para participar de atividades de educação permanente, 85,1% preferem o formato de palestras e cursos como forma de aprendizado, 40,0 % dos enfermeiros e 4,3% dos técnicos demonstraram interesse em atuar como educadores. Conclusão: foi possível identificar potencialidades, limitações e promover a problematização para implementação de um processo permanente de educação em saúde, a fim de estimular a adesão dos profissionais de enfermagem no âmbito da atenção especializada.
Objetivo: relatar a experiência da atuação de residentes de enfermagem no contexto da pandemia COVID-19 em uma unidade de atenção ambulatorial universitária do Estado do Rio de Janeiro. Método: Trata-se de um relato de experiência, sobre a atuação de residentes de enfermagem no contexto da referida pandemia, sob supervisão de docentes, tutores e preceptores do da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Resultados: Com relação às atividades desenvolvidas pelos residentes em nível ambulatorial durante a pandemia, destacam-se a implementação dos fluxos de atendimento; a consulta de enfermagem de usuários, dentre os quais incluem-se profissionais de saúde sintomáticos; a participação em treinamentos sobre utilização de equipamentos de proteção individual e as demais atividades de gestão do processo de trabalho. Conclusão: a experiência relatada permitiu a articulação e integração entre ensino-serviço através das atividades assistenciais no nível ambulatorial e possibilitou aos residentes enfermeiros vivenciar uma experiência única no contexto global da pandemia COVID-19.
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