Este artigo apresenta uma tipologia para análise quantitativa de conteúdo do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE) de candidatos em disputas proporcionais. Poucos trabalhos abordam descritivamente o conteúdo apresentado pelos candidatos em eleições para vereador e deputado no Brasil e para a análise de conteúdo em disputas para deputado federal no Paraná, em 2006, são propostos três conjuntos de variáveis: indexadoras, elementos semânticos e simbólicos.
The article presents a typology for quantitative analysis of mídia content, specifficaly, the Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE)_ of proportional election`s candidates. There are few studies regarding the content displayed by candidates in local, state and national legislative elections in Brazil, and the content analysis of HGPE for federal deputies in the state of Paraná in 2006 proposes the use of three sets of variables: indexing, semantic and symbolic elements
A partir de banco de dados com 4.124 candidatos à Câmara dos Deputados nas eleições de 2010, este artigo avalia o peso das variáveis "ocupação", "tipo de partido político" e "financiamento das campanhas" no desempenho eleitoral dos competidores a uma cadeira no legislativo federal. O artigo conclui que pertencer a partidos políticos grandes e organizados, ter experiência política prévia (especialmente na própria Câmara dos Deputados) e possuir alta capacidade de arrecadação de recursos financeiros são condições fundamentais para determinar o sucesso eleitoral do candidato. Tais dados apontam para a profissionalização dos quadros eleitos no Brasil e para a crescente institucionalização do universo político nacional.
Este artigo insere-se na linha de trabalhos que tratam das relações entre a arena política legislativa e a arena política eleitoral, chamadas de "conexão eleitoral". O objetivo é analisar as interações entre essas duas arenas em um sistema de representação política sub-nacional: o legislativo estadual do Paraná. A partir da relação entre a produção legislativa individual dos deputados estaduais na 14ª Legislatura da Assembléia Legislativa do Paraná (ALEP) e o desempenho eleitoral dos que concorreram à reeleição, busca-se identificar possíveis interdependências entre atividade parlamentar individual e reeleição. Para isso, além dos resultados eleitorais dos candidatos à reeleição, que deram origem a uma tipologia de votação (se concentrada ou desconcentrada regionalmente) como variável dependente, são incluídos no modelo três conjuntos de variáveis explicativas. O primeiro é formado por variáveis sobre a posição política institucionalizada (bancada a que pertence; ideologia; partido político; ocupação de cargo na mesa; número de mandatos na ALEP; e posição sobre tema polêmico). O segundo aborda a visibilidade do mandato (número de aparições dos parlamentares no principal jornal diário do Estado e tipo de aparições). O terceiro grupo de variáveis explicativas diz respeito à produção legislativa individual propriamente dita (tipo de projeto de lei apresentado; abrangência geográfica do projeto de lei; abrangência social do projeto de lei; número de projetos apresentados; e número de projetos aprovados durante o mandato). A partir do cruzamento das variáveis que compõem o modelo em testes de independência de médias ou de regressões, o modelo analítico demonstra a existência de forte correlação entre votações concentradas regionalmente e maior possibilidade de reeleição. As variáveis explicativas sobre posição política e visibilidade do mandato mostraram-se fracas na explicação para tipo de votação, enquanto algumas variáveis sobre produção legislativa individual apresentaram alto índice de correlação com votação regionalizada e, por conseqüência, com a maior possibilidade de reeleição do parlamentar.
Resumo A partir de 2006, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou públicas, por meio digital, as prestações de contas de candidatos, partidos e comitês, houve um crescimento significativo no volume de trabalhos que analisam o financiamento de campanhas no Brasil. Todavia, com o protagonismo assumido pelas empresas, a importância e o impacto das demais receitas têm sido pouco abordados. O objetivo aqui é preencher parte dessa lacuna, detalhando o quanto cada uma das fontes de recurso contribui para o total arrecadado e quanto os competidores diferem-se em volume de financiamento. Para isto, foram analisadas as contas eleitorais de candidatos à Câmara dos Deputados nas eleições gerais de 2010 e 2014. Metodologicamente, conjugou-se estatística descritiva e testes de diferenças de médias. Os resultados indicam que o desempenho eleitoral está associado não somente ao volume de receitas, mas também à elevada presença de alguns tipos de doadores, como pessoas jurídicas e partidos. O posicionamento em relação ao governo federal, entretanto, afeta o montante arrecadado, mas não é um bom critério para avaliar a forma com que os candidatos são financiados.
Considerando uma dimensão discursiva do populismo enquanto fenômeno político, este artigo volta-se a debater como a lógica da comunicação online em rede potencializa características populistas das interações públicas e políticas representativas. Isto é evidenciado tanto nos fenômenos populistas, quanto nas manifestações de monitoramento e fiscalização das instituições democráticas. O objetivo do artigo é realizar uma aproximação da discussão sobre a comunicação populista com a teoria das democracias monitoradas, tendo como fio condutor a comunicação via redes sociais online (RSO). As características das relações entre representantes e representados nas duas perspectivas são articuladas por meio de uma revisão bibliográfica que considera uma literatura teórica clássica e alguns resultados de estudos empíricos recentes. Como notas conclusivas, o trabalho ressalta alguns pontos de convergência traçados ao longo do trabalho para evidenciar como a comunicação via RSO não só atende como potencializa a lógica populista da comunicação política e a crise de representatividade institucional nas democracias contemporâneas.
O tema central deste artigo é a importância dos recursos mobilizados nas campanhas eleitorais para a eleição para prefeito em 2012, controlando-se por outros fatores contextuais. Usamos regressão linear para identificar o valor explicativo dos vários fatores e análise de trajetória para identificar os mecanismos causais que ligam as diferentes explicações ao desempenho eleitoral. Entendemos como desempenho eleitoral a porcentagem de votos conquistados pelo candidato à prefeitura. Incluímos na nossa definição de recursos o dinheiro declarado de arrecadação de campanha e o tempo de horário eleitoral no rá-dio e na TV. Ambos entram no modelo como variáveis independentes. Como variável de controle usamos os resultados da eleição municipal anterior -a de 2008. Consideramos que partidos que já disputaram eleições anteriores e que foram bem votados conseguem manter uma "memória" eleitoral positiva nas disputas futuras. Finalmente, levamos em conta o tamanho dos municípios como variável mediadora, presumindo que a dinâmica das eleições e o peso dos fatores acima variam com o tamanho dos municípios.Estes cinco fatores explicativos são mobilizados para buscar respostas às seguintes perguntas: Qual é o peso do dinheiro e do tempo de propahttp://dx
Resumo O objeto do artigo é a análise do desempenho eleitoral de 1.281 candidatos que disputaram eleições para presidente, governadores e prefeitos de capitais entre 2002 e 2014 no Brasil. Para tanto, utilizamos um conjunto de variáveis em um modelo de regressão linear múltipla com o objetivo de descrever os efeitos conjuntos do tempo de Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral, dos gastos de campanha e da avaliação de governo sobre o desempenho dos candidatos. Os resultados mostram que dependendo do tipo de candidato, há maior impacto de uma ou outra variável. Por exemplo, o tempo de HGPE mostra-se mais importante para explicar o voto em candidatos de oposição, enquanto a avaliação positiva do governo é a variável preditiva mais forte para as votações de concorrentes à reeleição. A hipótese de que diferentes tipos de candidatos apresentam distintos comportamentos é comprovada. Com isso, esperamos contribuir para as pesquisas sobre eleições no Brasil mostrando a importância de distinguir concorrentes à reeleição de governistas e dos candidatos de oposição.
O artigo analisa os resultados obtidos nos vestibulares dos oito primeiros anos de existência da política de cotas raciais e sociais da Universidade Federal do Paraná (UFPR). De 2005 a 2012, antes da Lei 12.711/2012, a universidade possuía sistema próprio de cotas, que reservava até 20% de vagas para cotistas raciais e 20% para cotistas sociais. O objetivo é analisar os efeitos desse sistema na aprovação de candidatos negros e estudantes de escolas públicas, quando comparada aos resultados de 2004 - último vestibular sem políticas de cotas. São utilizadas técnicas de análise quantitativa do desempenho dos cerca de 50 mil candidatos ao ano por tipo de cota, curso e turno. Os resultados mostram um efeito inesperado na política de cotas da UFPR: apesar do crescimento abaixo dos percentuais de aprovação de negros, houve uma aprovação maior de mulheres cotistas nos vestibulares.
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