Este artigo tem como foco a análise da gestão dos museus e acervos universitários, relacionando-a com as funções das universidades: o ensino, a pesquisa e a extensão. Utiliza-se, como ferramenta de análise, a teoria dos campos de Pierre Bourdieu, a fim de discutir como opera o campo científico nas universidades públicas e quais ganhos, simbólicos e materiais, os museus universitários propiciam, ou não. O campo científico e os museus e acervos universitários são analisados em cada uma das três funções das universidades – ensino, pesquisa e extensão – e conclui-se que a extensão universitária possui potencial para apoiar os museus universitários, oferecendo o apoio institucional que o ensino e a pesquisa já não podem oferecer no atual contexto acadêmico nacional.
O objeto deste estudo é investigar a etapa do planejamento do processo de compras da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Analisa o processo de compras para compreender os motivos de a universidade não planejar as suas compras e, como consequência, gerar compras fracionadas, sem um cronograma de execução factível. Mais especificamente, investiga as causas dos gargalos que ocorrem durante a fase de planejamento, prioriza as causas principais relativas ao impacto que a etapa do planejamento exerce sobre o problema e propõe ações para saná-las. Devido a sua natureza participativa e prática, o método da pesquisa-ação mostrouse adequado para o desenvolvimento do estudo que requereu participação dos servidores da citada universidade. Mediante uso do diagrama de Ishikawa, cinco causas principais foram identificadas e mediante uso da técnica 5W2H foram sugeridas ações de melhoria para cada uma das causas encontradas.
RESUMO O trabalho faz reflexões sobre o patrimônio cultural no âmbito das escolas de ensino médio, analisando algumas iniciativas de levantamentos e de valoração dos objetos de ensino enquanto bens culturais. Para tanto, buscamos traçar um perfil analítico de projetos de inventário desse patrimônio cultural no Brasil e em Portugal. A partir das lentes da ciência e tecnologia, utilizou-se a revisão bibliográfica e os contatos com as instituições como metodologia para comparar o estado de pesquisas de inventário sobre estes objetos. Observou-se que as iniciativas aqui estudadas são assimétricas, necessitando ser padronizadas e aprofundadas de forma a alcançar as diferentes modalidades de ensino e, consequentemente, obter resultados mais consistentes e efetivos do ponto de vista da preservação. No entanto, percebe-se que existe um movimento crescente de identificação e preservação desses artefatos nos dois países.
Projeto do Império executado pela República e atualmente sob a tutela da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o prédio-sede da Faculdade de Direito do Recife (FDR) se configurou, nos tempos do Regime Militar, em um emblemático exemplo do descaso que não raro acomete nossas heranças patrimoniais, não obstante a histórica vinculação daquela edificação com a elite socioacadêmica e política de Pernambuco (SANTOS, 2016). Berço da Universidade do Recife e do primeiro Reitor da UFPE, Joaquim Ignácio de Almeida Amazonas (1946 a 1959), o prédio de 110 anos se encontra atrelado à história e à memória dos cursos jurídicos e sociais criados em 1827. Entretanto, ameaçado à quase ruína – que motivou o tombamento federal e uma paliativa intervenção estrutural de modo a salvaguardá-lo –, foi apenas no início do século XXI que o prédio começou a se reerguer nas dimensões arquitetônica, histórica e memorial, graças às ações da gestão Luciana Grassano (2007-2015). Na primeira seção deste texto, por meio de registros fotográficos, o artigo destaca peculiaridades históricas e arquitetônicas do bem patrimonial que o assegura como monumento nacional brasileiro desde 1980. Na segunda seção, são expostas as ações da gestão Grassano, que implicaram o soerguimento institucional em seus aspectos memorial e histórico. Conclui-se que a ausência de política institucional que garanta a manutenção do patrimônio edificado e bens integrados no âmbito da UFPE viola a norma constitucional (RIBEIRO, 2016) e, se não ameaça, compromete a saúde e longevidade de bens patrimoniais como a FDR, ao deixá-los à mercê da idiossincrasia de efêmeros administradores.
Este artigo tem como objetivo problematizar a comunicação dos museus universitários virtuais brasileiros. Inicialmente é apresentado o recorte do estudo, que se circunscreve apenas aos museus que se autodeclaram universitários e virtuais. A seguir realiza-se uma breve revisão bibliográfica sobre museus virtuais e suas características, bem como apresentam-se as características desejáveis da comunicação em museus a partir da Declaração de Caracas, publicada em 1992, aplicando-as ao recorte da pesquisa. Trata-se de investigação de âmbito qualitativo e quantitativo, tendo-se realizado pesquisa bibliográfica e documental, lançando mão de fontes primárias e secundárias. Para os resultados qualitativos adaptou-se o método da análise de conteúdo. Conclui-se que os museus universitários virtuais têm pouca expressividade quantitativa e que sua comunicação no ciberespaço ainda é um desafio em construção.
O objetivo deste trabalho é apresentar as ações que foram desenvolvidas no acervo fotográfico da Universidade Federal de Pernambuco, que está custodiado no Memorial Denis Bernardes e foi organizado a partir de ações de conservação preventiva e de organização documental – com a disponibilização da informação em meio digital - desenvolvidas no projeto “Imagens fotográficas: olhares sobre a história da UFPE”, com o objetivo de preservar a memória institucional imagética. São apresentados os procedimentos metodológicos que viabilizaram a migração das imagens fotográficas com valor cultural, e dos dados e metadados produzidos acerca destas imagens em suporte papel, para o ambiente digital e de acesso aberto. A iniciativa empreendida no projeto contribuiu para valorizar e preservar a memória institucional e para fomentar ações voltadas para resguardar e organizar os documentos de acervos fotográficos universitários. Acredita-se que o estudo de caso pode ser relevante para outras universidades que precisam lidar com o patrimônio universitário, tendo em vista a segurança institucional que os repositórios institucionais proporcionam.
O artigo propõe-se a discutir o papel do patrimônio cultural, em especial, daquele relacionado à Ciência e à Tecnologia, em tempos da pandemia COVID-19. A pesquisa realizada está no âmbito da Museologia e dos estudos sobre o patrimônio e caracteriza-se como uma investigação qualitativa, com o objetivo de ser reflexiva e descritiva, buscando retratar as relações entre a informação sobre a Covid-19 e o estado da arte sobre o Patrimônio Cultural de Ciência e Tecnologia (PCC&T) nos dias atuais. Após discutir conceitos como Ciência, Informação, Poder, Patrimônio, dentre outros, parte-se para uma análise dos dados encontrados, de forma a mostrar como se interconectam, com o objetivo de caracterizar o PCC&T como forma de articulação social que possibilita compreender o presente, a partir dos vestígios ainda existentes sobre o passado. Nesse contexto, segue-se a discussão sobre os efeitos da pandemia de COVID-19, relacionando-a com casos específicos do PCC&T selecionados (vacinas e respiradores), na intenção de clarificar como os usos, atuais e potenciais, do PCC&T podem fornecer subsídios para decisões sanitárias, políticas, sociais, jurídicas e econômicas mais adequadas
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