A agricultura brasileira tem papel importante na economia do país e sofre evolução constante, notadamente a partir do processo conhecido como “modernização da agricultura”. Acredita-se que o significativo crescimento da produtividade das culturas agrícolas tenha forte correlação com os avanços tecnológicos. Nessa perspectiva, este artigo analisa qual o impacto gerado pela inovação, pela tecnologia e por formas de gestão durante a trajetória de uma unidade de produção agrícola localizada no Estado do RS, no município de Coxilha, por meio da compreensão dos sistemas produtivos pelos quais a unidade investigada passou. O estudo pauta-se nos modelos de análise das trajetórias de unidades de produção agrícola desenvolvidos por Fritz Filho (2009), agregados de variáveis ligadas, sobretudo, à inovação. A investigação incorporou elementos derivados de estudos de Oslo (2013); Saenz e García Capote (2002); Santos e Sanchez (2014); e, Schumpeter (1988). Como resultados, destaca-se a inovação tecnológica em processos, produtos e formas de gestão, que permitiu aumentar a produção e a qualidade nos produtos e, também, ampliar a renda e a qualidade de vida, passando a gestão a ser mais profissionalizada. Adicionalmente, o estudo apontou o uso de crédito rural do Estado como importante para a trajetória da unidade investigada.
A produção científica na área da sustentabilidade pode ser considerada ampla e lastreada em discussões que retratam a preocupação com essa temática. Com isso objetivou-se analisar o estado da arte relacionado a tema da sustentabilidade no meio rural, além do surgimento de ferramentas e/ou métodos para realização de mensuração. O método de pesquisa utilizado foi um estudo bibliométrico, a partir de uma abordagem quantitativa, e foi considerada a produção científica publicada entre os anos de 2008 e 2017. Assim, foi realizada uma busca na base de dados Scopus, no período de 2008 a 2017. Em uma perspectiva mais ampla, considerando o período analisado, identificou-se o crescimento da produção científica voltada à temática da sustentabilidade no meio rural, principalmente a partir de 2014. De maneira mais específica, no que se refere as ferramentas de avaliação e/ou métodos para mensurar os níveis de sustentabilidade rural, pode-se afirmar que existe um conjunto deles disponíveis para a utilização em diferentes contextos. Os artigos mais citados nesta temática discutem os objetivos, forma de operacionalização, potencialidades e limitações destas ferramentas e/ou métodos. Apesar deles serem apresentados como inovadores e com aplicabilidade bastante ampliada, alguns autores ressaltam a importância da realização de adaptações para atender as especificidades locais e/ou regionais.
O objetivo deste artigo é identificar o nível de sustentabilidade do município de Passo Fundo/RS, em relação aos demais municípios do Corede Produção. Trata-se de uma pesquisa aplicada, baseada na utilização do Índice de Desenvolvimento Sustentável para Municípios (IDSM), metodologia proposta por Martins e Cândido (2008) para mensurar o nível de sustentabilidade adaptada para os municípios. Os dados dos indicadores referentes aos municípios foram obtidos nas principais bases de dados e portais institucionais – IBGE, Ministério da Educação, Atlas do Desenvolvimento Humano, Portal da Transparência, FEE, DATASUS, TRE, TCE, SNIS e IPEADATA, pesquisados no ano de 2017. Os resultados obtidos apontam que o município de Passo Fundo apresenta nível aceitável de sustentabilidade, conforme os parâmetros utilizados no método. Este índice é obtido, sobretudo, pelo desempenho ideal/aceitável das dimensões cultural e político-institucional, no entanto, alguns indicadores apresentaram índice crítico como uso da terra, ou em alerta, os indicadores de dinâmica populacional e emprego e renda, que são fundamentais para o desenvolvimento sustentável. Para estudos futuros sugere-se aplicar o Índice de Desenvolvimento Local Sustentável, que incorpora a participação de atores sociais na priorização de questões do desenvolvimento local. Ainda, a pesquisa gerou um banco de dados que proporciona identificar o IDSM para todos os municípios do Corede Produção, assim como o estudo do nível de sustentabilidade para a Região da Produção.Palavras-chave: desenvolvimento local, idsm, indicadores, sustentabilidade.
Uma alternativa, empregada pelos produtores do cereal trigo, para garantir produtividade é a aplicação de herbicidas dessecantes na pré-colheita. No entanto, essa prática pode acarretar na contaminação química do produto colhido. Diante do exposto, objetivou-se com a presente revisão, fazer um levantamento, a partir de estudos científicos, sobre o efeito da dessecação na pré-colheita do trigo com o uso de herbicidas, na qualidade fisiológica dos grãos de trigo destinados ao consumo humano e animal. No Brasil, a região Sul tem a maior área cultivada com este cereal, 1.714 milhões de hectares em 2017. Nos últimos anos os produtores rurais, a fim de minimizar a deterioração da qualidade dos grãos no campo e garantir a produtividade, passaram a adotar a prática de aplicação de herbicidas dessecantes na pré-colheita. Entretanto, essa prática pode resultar no transporte dos produtos químicos até os grãos ou sementes, resultando na contaminação química do produto final, onde, em sua grande maioria é destinado à produção de farinha. Os resultados da revisão bibliográfica são heterogêneos, apresentando em alguns casos efeitos negativos da dessecação em pré-colheita aos grãos e/ou sementes, enquanto em outros não existe a mesma constatação. Dessa forma, o produtor sempre que utilizar um defensivo agrícola, deve seguir o receituário agronômico, bem como ficar atento às indicações da bula do produto, de modo a respeitar as doses e período de carência entre aplicação e colheita. Ainda há a necessidade de técnico especializado, necessidade de tal procedimento, viabilidade em determinada localidade, registro dos produtos químicos para este fim e se estes deixam resíduos nos grãos que possam comprometer a saúde humana.
O presente estudo tem como objetivo analisar os fatores de inserção nos mercados locais, sob a ótica dos feirantes que comercializam na Feira Municipal dos Produtores Rurais de Passo Fundo-RS. A investigação empírica e a coleta de dados foram realizadas por intermédio de aplicação de um roteiro de pesquisa estruturado. Foram entrevistados 47 feirantes, nos meses de maio e setembro de 2018. Em relação à estrutura da feira, ressalta-se aspectos antes apontados como gargalos (questão sanitária e acessibilidade) que foram solucionados com a mudança do espaço, embora haja dificuldades em relação aos estacionamentos. Foi identificado três tipos de feirantes. Predominam feirantes que comercializam produtos “in natura”, seguidos daqueles que comercializam produtos agroindustrializados, em que a produção é, majoritariamente, realizada pelos próprios feirantes, nas respectivas unidades de produção; o terceiro tipo é configurado por feirantes que atuam somente na comercialização, ou seja, são intermediários e uma agricultora que comercializa artesanato. Os resultados corroboram com a literatura sobre a relevância de relações econômicas e, sobretudo, sociais, construídas no âmbito das cadeias agroalimentares curtas como rastreabilidade informal, confiança, qualidade e origem dos alimentos. Entre as motivações para atuarem nesse ramo está a reprodução econômica e social dos feirantes e suas respectivas famílias. Para estudos futuros, sugere-se ter a contrapartida da pesquisa, sob a óptica dos consumidores.
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