Neste trabalho, propomos discutir sobre o conceito do termo locução. Para isso, apresentamos um percurso, ao demonstrar como o referido termo está conceituado em um dicionário de língua latina, em um de Linguística e em dicionários de língua geral (de diferentes épocas). Em seguida, por tratar-se também de nossa área de estudos, discutimos o conceito de locução, com base nas contribuições do lexicógrafo Julio Casares Sánchez, uma das grandes referências sobre o tema nos estudos fraseológicos, que serviu de base para os estudos posteriores da área. Esperamos oferecer ao leitor uma visão, ainda que breve, sobre esse recorte dos estudos pertencentes à área do Léxico, especialmente, em sua vertente fraseológica.
Tomando como parâmetro a concepção de fraseologia como sequências polilexicais com relativa estabilidade sintática e semântica (locuções, expressões idiomáticas, frases feitas), este trabalho discute um recorte de locuções que se reportam ao universo lexical pantaneiro (bioma brasileiro), extraído de obras de referência que integram o acervo de dados do Tesouro do Léxico Patrimonial Galego e Português (http://ilg.usc.es/Tesouro/pt/), mais especificamente as obras produzidas no Brasil por Nogueira (1989; 2002) e Brandão (2001). Considerando que os fraseologismos muitas vezes têm empregos típicos e descrevem o contexto no qual são usados, podendo ter características idiomáticas e conter conotações e funções distintas, neste trabalho, busca-se estabelecer relações entre aspectos culturais pantaneiros e o conteúdo semântico da amostra de locuções examinada. Para tanto, pauta-se, fundamentalmente, em Casares (1992 [1950]), Zuluaga (1980), Corpas Pastor (1996), Ruiz Gurillo (1997; 2001), García-Page (2008), além de fontes sobre o universo pantaneiro e de obras gramaticais e lexicográficas. A amostra analisada reuniu 17 locuções (oito substantivas; seis verbais e três adjetivas) que evidenciam os seguintes aspectos do universo pantaneiro: a) associação entre animais ou partes da anatomia dos animais e os objetos de uso diário ou meios de transporte; b) associação entre comportamento animal e o próprio animal; c) associação entre flora e objetos ou ações e d) associações com o folclore popular.
Este artigo propõe analisar e relacionar alguns pontos do relativismo clássico linguístico – desde as suas ideias iniciais advindas dos pensamentos de Herder até chegar à sua versão mais determinista de Benjamin Lee Whorf – com vistas a discutir algumas questões do processo de tradução interlingual. Para tanto, planteamos um percurso teórico que se iniciará por aquele pesquisador, passando posteriormente por Humbold, Sapir e, por fim, Whorf. Não é objetivo do trabalho, neste momento, discutir pontos mais específicos da teoria da tradução, contudo, esta será nosso norte para discutir o percurso do relativismo linguístico. Esperamos que as questões aqui levantadas e as relações estabelecidas possam ser mais uma via de discussão aos que se dedicam aos estudos e a prática de tradução.
Este artigo pretende apresentar os resultados preliminares de um estudo sobre fraseotermos da língua espanhola usados para denominar a avifauna do Pantanal Sul-mato-grossense, a partir de dados extraídos de materiais digitais ornitológicos. O trabalho apoia-se nos pressupostos teóricos e metodológicos da Teoria da Denominação (PETIT, 2009), da Terminologia (CABRÉ, 1998), da Socioterminologia (GAUDIN, 1993) e da Fraseologia (GONZÁLEZ-REY, 2015). Cada denominação é considerada, no domínio da Terminologia, como termo. No caso de uma análise de fraseologismos, o termo adequado para nomear as colocações terminológicas é fraseotermo. Os primeiros resultados mostram que os fraseotermos que nomeiam as aves do Pantanal sofrem uma forte influência sociocultural, o que corrobora a necessidade de um trabalho fraseoterminológico com base em critérios científicos.
Com este artigo, apresentamos uma revisão bibliográfica a respeito dos preceitos teóricos que fundamentam a inserção de tecnicismos em dicionários. Para tanto, revisamos alguns trabalhos espanhóis de caráter metalexicográficos publicados no decorrer do século XX. As obras estudadas de Casares (1921), Menéndez Pidal (1945), Martínez (1947), Casares (1950), Haensch (1982), Haensch (1997) e Lara (1997) demonstram que a inclusão dos tecnicismos em dicionários foi objeto de preocupação desde os primórdios do século XX, reforçando a necessidade, por parte dos lexicógrafos da atualidade, de estudos sobre essa parcela do universo lexical, devido a sua importância para a elaboração de dicionários linguísticos.
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