As políticas educacionais caminharam desde as últimas décadas do século XX em direção ao paradigma da inclusão escolar, demandando novas práticas docentes, como recorrentes estudos da área demonstram, e consequentemente exigem repensar a formação de professores. Assim, o objetivo do presente artigo é analisar as políticas públicas educacionais e as de formação de professores no intuito de refletir sobre possíveis convergências e distanciamentos na construção de um sistema de ensino capaz de atender à diversidade trazida pela inclusão escolar. Para tanto, foram analisadas as principais legislações e ações governamentais de 1994 a 2018. Os dados foram coletados em sítios oficiais do Governo Federal, no Diário Oficial da União e através de revisão bibliográfica. Reconhecendo que um único pesquisador não é capaz de esgotar a revisão das políticas públicas e as produções científicas elaboradas sobre a temática, optou-se pela conferência dos dados por 3 especialistas na área de Educação Especial e formação de professores, visando uma maior confiabilidade dos dados apresentados. A partir dos resultados alcançados, percebe-se que as políticas públicas educacionais de inclusão e de formação de professores, ao longo das últimas décadas, convergiram no sentido de assumir o paradigma da inclusão como norte para os sistemas de ensino no Brasil. Contudo, parece haver um descompasso entre as ações governamentais para a inclusão de alunos público-alvo da Educação Especial e a formação de professores para atendê-los, ficando esta última como uma preocupação secundária nas políticas públicas para a inclusão escolar.
Este artigo aborda como professores que atuam no Atendimento Educacional Especializado (AEE) compreendem o trabalho realizado junto aos estudantes público-alvo da Educação Especial (PAEE) e a relação desse com a formação ofertada pela Secretaria de Educação. Tem o objetivo de conhecer a visão dos professores do AEE acerca do trabalho desenvolvido e formação ofertada. Baseado nos estudos de Mendes e Malheiro (2012), Vaz (2012) e Baptista (2013), constitutivos no desvelar da atuação e formação dos professores da Educação Especial, assume no âmbito da pesquisa qualitativa a técnica do grupo focal e a aplicação de questionário sobre o perfil de formação profissional. Participaram do grupo focal doze professores de escolas públicas estadual e municipais de Alagoas. Os resultados analisados indicam que aspectos relacionados à constituição do processo identitário e atuação profissional encontra-se baseados na concepção clínica-terapêutica de deficiência e prática profissional centrada, basicamente, na aplicação de recursos pedagógicos e de acessibilidade. Apontam a necessidade de discussão da atuação e formação do professor da Educação Especial, à luz da dimensão sociopolítico-pedagógica do fazer docente.
<p class="ResumoeAbstract">Este artigo investigou como ocorre a preparação dos futuros professores para Inclusão Escolar. A metodologia consistiu numa pesquisa qualitativa de cunho exploratório, por meio de pesquisa documental com base na pesquisa bibliográfica (CHACON, 2001; VITALIANO, 2008; VITALIANO; DALL’ACQUA, 2012) e documentos legais referentes ao tema. Foram analisados as ementas e matriz curricular de dezesseis Projetos Pedagógicos de Cursos(PPC) de licenciatura da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) para identificar saberes pedagógicos adequados aos futuros professores que permitama estes atuarem na Inclusão Escolar. Revelou que as problemáticas, decorrentes da lacuna na formação inicial de professores da Educação Básica em situação de Inclusão Escolar está longe de ser superada.</p>
Este artigo analisou o contexto histórico e pedagógico da inclusão escolar na educação infantil em Maceió/AL, a partir do mapeamento de crianças com Síndrome Congênita do Zika (SCZ). Utilizou como abordagem metodológica a pesquisa qualitativa exploratória-descritiva, a partir da pesquisa bibliográfica e documental, complementada por entrevistas semiestruturadas com quatro professoras e duas gestoras de duas instituições de Educação Infantil com maior número de crianças matriculadas. As vozes das profissionais entrevistadas foram organizadas em duas categorias: inclusão escolar e prática pedagógica inclusiva. Os resultados permitiram compreender que a inclusão escolar é composta por desafios, no qual o silenciamento e assujeitamento dessas crianças rompem com a ideia de sujeitos de direitos e revelam a face de uma educação infantil adultocêntrica, que trabalha com um currículo paralelo, necessita a etiologia e diagnostico da SCZ para atuar e, concebe a deficiência como limitação ou doença.
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