Resumo O artigo apresenta um estudo que teve como objetivo geral conhecer como os profissionais de uma unidade de Estratégia Saúde da Família (ESF) lidam com as demandas relacionadas ao tema do suicídio. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com abordagem interpretativa, mediante grupo focal narrativo, realizado com profissionais de uma unidade de ESF, no município de Porto Alegre/RS. Foram identificadas as dificuldades que ocorrem no trabalho com o tema do suicídio, e os efeitos psíquicos que elas provocam nos trabalhadores. As dificuldades em relação ao trabalho incluem: as vulnerabilidades sociais do território, o tabu do suicídio, as dificuldades de manejo dessas demandas pelos profissionais e a insuficiência da rede de serviços. Os efeitos psíquicos identificados nos trabalhadores foram: sentimento de impotência, culpa e frustração, bem como estresse e sensação de sobrecarga de trabalho. As principais conclusões incluem a potencialidade do trabalho em ESF para a prevenção do suicídio, a necessidade de fortalecimento da rede de serviços e a importância da qualificação e do apoio permanentes aos profissionais, buscando ofertar os recursos necessários ao enfrentamento das dificuldades relacionadas ao trabalho com essa temática.
Resumo Este estudo tem como objetivo investigar o que psicólogos na atenção básica de Porto Alegre identificam como necessidades em saúde mental das mulheres atendidas, buscando verificar se sua escuta profissional permite estabelecer nexos entre o sofrimento psíquico e a desigualdade de gênero vivenciada pelas usuárias. Em 2017, foi realizado grupo focal com nove psicólogas que atuam em unidades de Saúde da Família, em que foi construída coletivamente uma narrativa segundo o método de Grupo Focal Narrativo. Constituem a narrativa final oito núcleos argumentais: “Sofrimento mascarado”; “Os homens também sofrem com isso”; “Várias gerações de mulheres cuidadoras”; “Aquele desejo de constituir uma família a qualquer custo”; “Por que o homem acha que pode usar uma mulher como se fosse um objeto?”; “Maternidade compulsória”; “Novas formas de exercício da sexualidade”; e “O hospital tomou como uma afronta o empoderamento da mulher”. Considera-se que o estudo proporcionou às participantes um espaço de reflexão coletiva sobre si mesmas e suas práticas.
Compreendendo, com Foucault, o campo discursivo como campo de disputa da hegemonia dos sentidos, o texto questiona as verdades produzidas pela lógica dominante no sistema capitalista e propõe a experiência como possibilidade de singularização do olhar que ilumina as formas produzidas na cultura. Analisa, nesta perspectiva, as diferentes conseqüências relacionadas às diferentes posições do olhar e sublinha, na abertura ao invisível, pressuposta à configuração da imagem em sua condição dialética, o intervalo capaz de dar lugar ao novo.
Introdução Ou "Da apresentação do território" É prerrogativa da Atenção Primária a construção de ações em saúde baseadas nos problemas e necessidades da população de um determinado território. Nesse campo, o território é muito mais do que uma área geográfica, pois abrange todos os seus acontecimentos. É território-processo, pois transcende à sua redução a uma superfície-solo e às suas características geofísicas, para instituir-se como um território de vida pulsante, de conflito de interesses, de projetos e de sonhos. Esse território, então, além de um território solo é, também, território econômico, político, cultural e sanitário.
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