RESUMOO artigo discute o conceito de promoção de saúde e sua relação com as práticas de saúde direcionadas à adolescência em situação de vulnerabilidade social e pessoal. Nas últimas décadas, os crescentes indicadores de morbimortalidade nesse grupo social, sobretudo devido às chamadas causas externas, reiteram a importância de uma maior atenção das políticas de saúde direcionadas à adolescência. Nesse sentido, o artigo expõe as diretrizes do Ministério de Saúde para o atendimento integral à saúde dessa população e ilustra, com o relato de uma intervenção direcionada à saúde de adolescentes em situação de rua, como os princípios de promoção de saúde podem ser colocados em prática. Por fim, sugere-se que a atuação dos psicólogos deve alicerçar-se nos princípios propostos pelo campo da promoção da saúde, tanto em termos de concepção do processo saúde-doença enquanto produção social quanto de objetivo da prática terapêutica -promoção de autonomia, co-responsabilização, empoderamento e conscientização.Palavras-chave: promoção de saúde; adolescência; situação de rua. ABSTRACTThe paper discusses the concept of promotion of health and the relationship with the practices of health addressed to the adolescence in situation of social and personal vulnerability. In the last decades, the crescent indicatives of morbimortality in that social group, above all due to external causes, reiterate the importance of a larger attention of the politics of health addressed to the adolescence. In that sense, this study exposes the guidelines of the Ministry of Health for the integral service to the health of that population and illustrates by the report of an intervention addressed to the adolescents' health in street situation, as the beginnings of promotion they can be put in practice. Finally, suggests that the psychologists' performance must be found in the beginnings proposed by the field of the promotion of the health, so much in terms of conception of the process health-disease while a social production as of objective of the therapeutic practice -autonomy promotion, co-responsibility, empowerment and awareness.Keywords: health promotion; adolescence; street-youth.Durante as últimas décadas, sobretudo, a temá-tica da promoção de saúde tem recebido destaque. A partir de um entendimento ampliado do conceito de saúde, da implementação do Sistema Único de Saúde e das discussões acerca de novas políticas no setor, diversas áreas do conhecimento começam a estruturar suas práticas em torno da prevenção e da promoção de saúde. Tal fato tem ocorrido por se perceber que manter um sistema de saúde centrado em formas de cuidado exclusivamente curativas não viabiliza a melhoria da atenção, não diminui a sobrecarga de atendimentos, e, tampouco, incentiva a população à tomada de decisões em vista de aderir aos comportamentos de saúde.
A necessidade de equipamentos e de cuidados permanentes às crianças com condições crônicas complexas, a exemplo das dependentes de ventilação mecânica (VM), muitas vezes resultam em internações hospitalares prolongadas, o que impõe dificuldades para as famílias e para o sistema de saúde. Esta pesquisa buscou mapear a existência de crianças dependentes de VM hospitalizadas no Distrito Federal e conhecer os desafios para sua desospitalização. Para tanto, foi realizada uma pesquisa-intervenção cartográfica, por meio do acompanhamento de processos de transição hospital-domicílio e da identificação das dificuldades a eles relacionadas. As pesquisadoras transitaram entre hospitais públicos do DF, domicílios e um abrigo institucional, realizando observação participante (registrada em diário de campo), leitura de prontuários e entrevistas semiestruturadas com mães e profissionais de saúde. Identificou-se que os atravessamentos do saber biomédico, a cultura hospital-centrada, bem como os sentidos atribuídos às crianças “crônicas” e “complexas”, definem o estabelecimento de práticas e lugares de cuidado, dificultando a desospitalização. A falta de capacitação e estrutura adequada para as equipes de atenção domiciliar, e a insuficiência de vagas no serviço de home care privado contratado pela Secretaria de Saúde também são fatores que dificultam esse processo. Concluiu-se que é necessário não só prover condições concretas para que as equipes de atenção domiciliar recebam este público, mas também desnaturalizar a noção de “crônicas” e “complexas”, ampliando a compreensão acerca da desospitalização dos usuários e desinstitucionalizando saberes e práticas, para que seja possível cuidar das crianças e suas famílias de forma singularizada e não burocrática.
Introdução Ou "Da apresentação do território" É prerrogativa da Atenção Primária a construção de ações em saúde baseadas nos problemas e necessidades da população de um determinado território. Nesse campo, o território é muito mais do que uma área geográfica, pois abrange todos os seus acontecimentos. É território-processo, pois transcende à sua redução a uma superfície-solo e às suas características geofísicas, para instituir-se como um território de vida pulsante, de conflito de interesses, de projetos e de sonhos. Esse território, então, além de um território solo é, também, território econômico, político, cultural e sanitário.
Pretendemos analisar factores que podem favorecer ou dificultar o processo de adaptação em indivíduos com uma doença do foro hemato-oncológico. A recolha de dados, com uma amostra de 101 sujeitos em remissão de doença hemato-oncológica, incluiu um questionário sócio-biográfico, o Questionário de Orientação para Viver (QOV- Antonovsky, 1998b), o Questionário de Bem-Estar Psicológico (BEP- Ryff, 1989), o Questionário da Qualidade de Vida (EORTC QLQ-C30 – versão 3- Aaronson et al., 1993) e, o Questionário da Qualidade das Relações Familiares (FES- Moos, 1990). Os resultados obtidos permitem-nos constatar que os sujeitos com nível de escolaridade mais baixo percepcionam-se menos capazes de se adaptarem ao stress; o auto-transplante de medula óssea é um factor de stress adicional e significativo; o diagnóstico de Mieloma múltiplo parece ser indutor de maior stress; os mais jovens, os não casados, os com maior nível de ensino, os empregados e os que não têm filhos têm maior predisposição para uma melhor recuperação; e, o clima relacional familiar constitui um recurso que poderá contribuir para níveis menos elevados de stress e utilização de estratégias mais adaptativas.
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