INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma doença caracterizada pelo comprometimento funcional do cérebro, podendo ser dividido em AVC isquêmico e hemorrágico. As doenças cerebrovasculares podem gerar consequências, entre elas o déficit nas funções motoras, sensoriais, cognitivas, comunicativas e emocionais. A paralisia/paresia é o déficit mais comum relacionado às funções motoras e ocorre, tipicamente, na região contralateral a área cerebral afetada. Assim, os pacientes podem ser afetados por transtornos emocionais, além de prejudicar a sua capacidade de realizar as suas atividades básicas e instrumentais de vida diária. A auto percepção funcional é um importante mediador do processo de adaptação pós-AVC. Porém, poucos estudos buscam mensurar as restrições de participação percebidas pelo indivíduo em seu processo de reabilitação. O The Stroke Self-Efficacy Questionnaire (SSEQ) é um excelente instrumento para avaliar o grau de confiança do indivíduo frente à diversas atividades de sua rotina diária, e ainda não foi validado transculturalmente para a língua portuguesa, impossibilitando que os profissionais do nosso país possam utilizá-lo para melhor traçar os objetivos da reabilitação. OBJETIVO:Adaptar transculturalmente, examinar a consistência interna e a convergência de desempenho de uma versão brasileira do SSEQ. MATERIAL E MÉTODOS: Tradução e adaptação transcultural por meio do método de Beaton. A consistência interna foi aferida por meio do alfa de Cronbach e a avaliação convergente comparando a SSEQ versão brasileira com os resultados dos Índices de Barthel, Franchay e Questionário de Qualidade de vida pós-AVC (QoL pós-AVC). RESULTADOS: Neste estudo, 12 indivíduos foram avaliados. O SSEQ versão brasileira atingiu uma consistência interna substancial, com um alfa de Cronbach de 0,754. Observou-se também uma boa validade convergente quando comparado com outros instrumentos padrão áureo, sendo mais consistente com os índices de Barthel (ICC = 0,77) e Frenchay (ICC = 0,63), respectivamente. Não existiu concordância estatisticamente significativa em comparação com o QoL pós-AVC (ICC= 0,41). CONCLUSÃO: Conclui-se, preliminarmente, que o SSEQ versão brasileira possui boas características psicométricas e é consistente com os resultados aferidos por outros instrumentos padrão-áureo. Pretende-se ampliar a amostra para a validação final do instrumento em questão.
Indrodução: Embora o teste do Timed Up and Go (TUG) seja amplamente utilizado em idosos, sua utilidade para a predição de quedas em longevos ainda não é bem estabelecida. Objetivo: avaliar a capacidade de predição dos testes Timed Up and Go (TUG) simples e em DT cognitivo-motora para o histórico de quedas em longevos não-institucionalizados. Metódos: estudo tipo caso-controle, a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUCRS (099196/2017).As avaliações ocorreram nas residências dos longevos, onde realizou-se 06 tentativas válidas do teste TUG, sendo 03 em modo simples e 3 em DT, com o auxílio do sensor inercial G-Walk e um smartphone Motorola para filmagem dos testes. A amostra foi composta por 60 longevos com idade ≤85 anos, (85-101) residentes na cidade de Porto Alegre. Dados sociodemográficos, níveis de atividade física, estado mental, presença de sintomas depressivos, preocupação com a ocorrência de quedas, fármacos em uso, autopercepção de equilíbrio funcional e o teste do alcance funcional também foram avaliados por instrumentos específicos. A caracterização da amostra deu-se por meio da estatística descritiva. A comparação de desempenho entre as modalidades do TUG S e DT)foi realizada pela ANOVA de medidas repetidas. Por fim, a predição da chance de quedas foi realizada com o emprego da regressão logística binária. Todas as análises foram realizadas no pacote estatístico SPSS 22.0. Resultados: os resultados demonstram que a maioria dos idosos incluídos na amostra eram fisicamente ativos e não possuíam alterações significatoivas no estado cognitivo conforme avaliação realizada pelo questionário do Mini Exame de Estado Mental. A realização do TUG em DT, embora reduza o desempenho dos idosos durante a realização do teste, não confere uma maior capacidade preditiva ao teste para diferenciar sujeitos caidores e não caidores. No entanto, a marcha não-linear composta pelo giro 1800 (fase de transição entre a marcha de ida ede volta) mostrou-se superior ao tempo total do TUG para a predição da chance de quedas, tanto em tarefa simples quanto em DT. Ser fisicamente ativo foi o principal fator protetor independente para a ocorrência de quedas. Conclusão: A adição de uma tarefa cognitiva ao TUG não melhora o valor preditivo do teste ao detectar a história de quedas em pessoas não institucionalizadas com 85 anos ou mais.
The Stroke Self-Efficacy Questionnaire Brazil (SSEQ-B) is designed to assess the self-efficacy of functional performance after stroke. Objective: To evaluate the concurrent validity of the SSEQ-B in Brazilian stroke survivors in relation to gold-standard measures of instrumental and basic daily living activities as well as quality of life after stroke. Methods: The concurrent validity of the SSEQ-B was tested using the Frenchay Activity Index (FAI), Barthel Index (BI) and Stroke Specific Quality of Life Scale (SS-QOL). Descriptive statistics, the Spearman’s coefficient index, Intraclass correlation coefficient (ICC), Cronbach alpha and achieved post-hoc power (1-ß) analyses were conducted. Results: Seventy-five stroke survivors aged 66.64 ± 12.97 years were included in this study. Total scores from the SSEQ-B were strongly correlated with the FAI (ICC= 0.8 / r= 0.72 / 1-ß= 1.0) and BI (ICC= 0.68 / r= 0.68 / 1-ß= 0.99), but weakly correlated with SS-QOL (ICC= 0.46 / r= 0.65 / 1-ß= 0.94), which suggests stroke self-efficacy is more closely associated with instrumental and daily living activities than the quality of life. Conclusion: The SSEQ-B exhibits good concurrent validity with instrumental and daily living activities and could be useful when assessing stroke self-efficacy in Brazilians.
Background. Stroke is a widespread and complex health issue, with many survivors requiring long-term rehabilitation due to upper-limb impairment. This study is aimed at comparing the perceived usability of two feedback-based stroke therapies: conventional mirror therapy (MT) and immersive virtual reality mirror therapy (VR). Methods. The study involved 45 participants, divided into three groups: the stroke survivors ( n = 15 ), stroke-free older adults ( n = 15 ), and young controls ( n = 15 ). Participants performed two tasks using both MT and VR in a semirandom sequence. Usability instruments (SUS and NASA-TLX) were applied at the end of the activities, along with two experience-related questions. Results. The results indicated that both MT and VR had similar levels of perceived usability, with MT being more adaptable and causing less overall discomfort. Conversely, VR increased the perception of task difficulty and prevented participants from diverting their attention from the mirror-based feedback. Conclusion. While VR was found to be less comfortable than MT, both systems exhibited similar perceived usability. The comfort levels of the goggles may play a crucial role in determining the usability of VR for upper limb rehabilitation after stroke.
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