ObjectiveIn the context of universal access to antiretroviral treatment, the results of the Brazilian AIDS Program will depend on the quality of the care provided. The aim of the present study was to evaluate the healthcare provided by outpatient services for the treatment of AIDS patients. MethodsThe present study was carried out in seven Brazilian States between 2001 and 2002. We evaluated the quality of the care provided to AIDS patients from the standpoint of resource availability and care process organization. A questionnaire comprising 112 structured questions addressing these aspects was sent to 336 services. ResultsResponse rate was 95.8% (322). Greater adequacy is seen for indicators of resource availability than for those of work organization. The supply of antiretroviral medication is sufficient in 95.5% of services. CD4 and viral load tests are available at adequate amounts in 59 and 41% of services, respectively. In 90.4% of services there is at least one non-medical professional (psychologist, nurse, or social worker). As to work organization, 80% scheduled the date but not the time of medical appointments; 40.4% scheduled more than 10 appointments per period; 17% did not have exclusive managers; and 68.6% did not hold systematic staff meetings. ConclusionsThe results indicate that, in addition to ensuring the more homogeneous distribution of resources, the program must invest in the training and dissemination of care management skills, as confirmed by the results of care process organization.
This article discusses a study focused on quality care in health services under the Brazilian AIDS Program. Research in 2001-2003 involved three different projects: an in-depth analysis of the predominant health care pattern in five services, a qualitative evaluation of 27 services, and a structured evaluation of 322 services from seven Brazilian states. Through a description of the projects' stages, the authors discuss issues on theoretical and methodological approaches to evaluation of care in health programs. The discussion also focuses on key problems with the applicability and impact of health services evaluation.
rESUMo Apresentam-se os resultados da primeira aplicação do questionário QualiAB em 2007. Composto por 65 indicadores de organização da assistência e gerência, o QualiAB foi respondido por 598 serviços de Atenção Primária à Saúde de 115 municípios do estado de São Paulo. A média de desempenho foi de 64% do padrão esperado. Agrupamento segundo K-médias produziu três grupos de qualidade. Serviços de saúde da família e serviços localizados em municípios com menos de 50 mil habitantes tiveram maior chance de pertencer ao grupo de melhor qualidade. Focado no 'como' organizar o processo local do cuidado, o QualiAB subsidia diretamente os profissionais, e pode compor iniciativas de melhoria da qualidade que envolvem todos os níveis da gestão.
RESUMOA adesão à terapia antirretroviral (TARV) é crucial para a efetividade e o impacto do tratamento da Aids. Este artigo discute as relações entre adesão e qualidade dos serviços de assistência a pessoas vivendo com Aids (PVA), evidenciando a qualidade como elo central entre adesão e acesso. Está baseado nos resultados de pesquisas que conduzimos sobre a atenção a PVA no Brasil. Nossos estudos apontam que os grupos de pacientes acompanhados em serviços com número inferior a 100 pacientes apresentam risco estimado de não adesão maior do que os grupos acompanhados em serviços com mais de 500 pacientes. Apontam também que serviços com menos de 100 pacientes têm risco estimado maior de pertencer a grupos de má qualidade. Isto está relacionado à baixa complexidade observada nos serviços de menor porte caracterizada por: dificuldades em manter uma estrutura mínima de recursos humanos e materiais, simplificação da organização dos processos de trabalho, centramento no trabalho autônomo do profissional médico e gerenciamento sem projeto técnico. Há necessidade de pautar novos estudos sobre adesão e qualidade. As evidências existentes já apontam, porém, a necessidade de revisão na alocação dos serviços de assistência a PVA, bem como a de homogeneizar a qualificação destes serviços, condições necessárias para a manutenção de taxas aceitáveis de adesão à TARV no país. INTRODUÇÃOO sucesso da terapia antirretroviral de alta potência para a Aids (TARV) depende da manutenção de altas taxas de adesão do paciente ao tratamento medicamentoso 1,2.Analisar os fatores associados à adesão é fundamental para a melhoria das políti-cas e práticas de saúde voltadas ao aprimoramento da efetividade do tratamento. Com o objetivo de contribuir neste sentido, procuramos neste artigo discutir relações entre adesão, qualidade e acesso aos serviços de saúde tendo por base os resultados de pesquisas avaliativas que nosso grupo de pesquisa, a Equipe QualiAids, desenvolveu nos últimos anos sobre adesão à TARV e qualidade dos serviços ambulatoriais para PVA no Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS). A Equipe QualiAids é formada por docentes e pesquisadores de várias universidades brasileiras. Dedica-se a estudos avaliativos sobre qualidade e adesão ao tratamento da Aids e de outras doenças crônicas no SUS.O artigo discute implicações dos resultados de duas pesquisas. A primeira foi conduzida entre 1998/99 em 27 serviços do Estado de São Paulo que assistiam, em nível ambulatorial, 8.550 pessoas vivendo com Aids (PVA) sob tratamento 1. Professor do
Health services play a crucial role in reaching the 90-90-90 target of controlling the HIV epidemic. This study evaluates the organization of Brazilian health services in improving, monitoring, and retention in HIV care and adherence support. Percentage variation (PV) was used to compare the responses by services to an evaluation questionnaire on organizational quality (Qualiaids) in 2007 and 2010. The study analyzed the 419 services that completed the questionnaire in 2007 (83.1% of respondents) and 2010 (63.6%). Management actions of retention and support although increased in the period, but remained at low rates, for example: systematic meetings for case discussion (32.7% in 2010; PV = 19.8%) and recording of missed medical appointments (35.3%; PV = 36.8%). Patient care actions related to adherence to ART remained largely exclusive to the attending physician. The supply of funds and resources from the Federal Government (medicines and specific HIV tests) remained high for the vast majority of the services (~90%). It will not be possible to achieve a significant decrease in HIV transmission as long as retention in treatment is not a priority in all the health services.
RESUMO Objetivo Descrever as características da gerência das unidades de atenção primária à saúde e o perfil dos gerentes e discutir as implicações desses elementos para a efetivação dos pressupostos do Sistema Único de Saúde no Brasil de forma coerente com as proposições de Alma-Ata. Métodos Estudo descritivo, transversal, com dados colhidos pelo questionário de Avaliação da Qualidade de Serviços de Atenção Básica (QualiAB), um instrumento autoaplicado via web . O QualiAB foi respondido voluntariamente por 157 gerentes de unidades básicas de saúde de 41 municípios do estado de São Paulo entre outubro e dezembro de 2014. Resultados Das 157 unidades, 67 (42,7%) eram unidades de saúde da família e 58 (36,9%) eram unidades básicas de saúde de organização “tradicional”; 95 (60,5%) se localizavam em região urbana periférica. No momento do estudo, oito (5,0%) unidades não possuíam gerente e oito (5,0%) eram gerenciadas por secretários municipais de saúde. Quase 80% dos gerentes eram enfermeiros e desempenhavam múltiplas funções além da gerência. O matriciamento (supervisão técnica como forma de educação permanente) era feito em 75 (47,7%) unidades; 60 (38,2%) unidades não contavam com nenhum tipo de matriciamento. A participação em processos avaliativos foi referida por 130 (82,8%) serviços. Os principais desdobramentos induzidos por avaliações foram planejamento e reprogramação das atividades com participação da equipe multiprofissional em 40 unidades (25,5%) e definição de um plano anual de atividades em 38 (24,2%). Não tiveram acesso aos resultados das avaliações 29 unidades (17,8%). Conclusão O estudo recoloca a importância da gestão do trabalho e a necessidade de (re)investir na formação e valorização do gerenciamento local como estratégia para efetivar uma atenção primária à saúde capaz de promover a saúde como direito e condição de cidadania.
Este artigo apresenta o desenvolvimento, validação e utilização de uma metodologia de avaliação da qualidade dos serviços de atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS), o Questionário de Avaliação da Qualidade de Serviços de Atenção Básica (QualiAB). Destina-se aos serviços de atenção básica, organizados segundo diferentes modelos de atenção, incluindo a Saúde da Família. Contém 50 indicadores sobre oferta e organização do trabalho assistencial e programático e 15 sobre gerenciamento, na forma de questões de múltipla escolha, autorespondidas via web pela equipe local do serviço. Confere a cada resposta valor zero, um ou dois; a média geral atribui ao serviço um grau de qualidade expresso pela distância do melhor padrão correspondente à média dois. Foi construído por processo de consenso interativo, que incluiu metodologias qualitativas, teste-piloto, aplicação em 127 serviços, validação de construto e confiabilidade. Respondido, em 2007, por 598 (92%) dos serviços de 115 municípios paulistas, mostrou bom poder para discriminar níveis de qualidade. Adotado em 2010 como parte de um programa de apoio à Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foi respondido por 95% (2.735) dos serviços de 586 municípios (90,8% do Estado). Os resultados foram encaminhados aos municípios. O QualiAB fornece uma avaliação válida, simples e com a possibilidade de retorno imediato para gerentes e profissionais. Mostrou factibilidade, aceitabilidade, bom poder de discriminação e utilidade para auxiliar a gestão da rede de atenção básica do SUS em São Paulo. A experiência indica aplicabilidade nas redes de atenção básica do Brasil.
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