Neste artigo apresenta-se o entrelaçamento da Filosofia da Ancestralidade com a educação comprometida com a cultura afro-brasileira. Resultado dinâmico de múltiplas influências teóricas como a filosofia africana, a filosofia latino-americana, o afrocentrismo, a filosofia intercultural, e a filosofia da diferença, a Filosofia da Ancestralidade visa dialogar filosoficamente com a educação das relações étnico-raciais no Brasil.
Entrevista realizada em Salvador, onde o filósofo, educador, antropólogo e poeta Eduardo Oliveira apresenta, a partir de sua experiência como ativista, intelectual e artista, a filosofia da ancestralidade. Uma filosofia que tem o solo latino-americano e a forma africana, reinventada no Brasil, como móbile de construção do paradigma ético-estético subjacente ao filosofar encantado.
Resumo: Esse estudo tem como objetivo refletir sobre a divisão racial e sexual no esporte, e o corpo-experiência-interseccional como método, tendo como recorte a esfera futebolística, a partir dos resultados da pesquisa concluída, intitulada "As mulheres árbitras de futebol: um estudo sobre tecnologias de gênero e perspectivas da divisão sexual do trabalho" 4 . Trata-se de abordar os resultados enfatizados no contexto da interseccionalidade, refletindo sob um olhar para além, visando pensar os tensionamentos nos marcadores da diferença no campo esportivo de forma mais abrangente, bem como debater sobre possíveis ações políticas. Na pesquisa analisada foi investigada a divisão sexual no trabalho de arbitragem, considerando a racialização, sendo utilizada a perspectiva interseccional impulsionada pelo corpo-experiência, com a pesquisadora desde dentro: implicada-participante, partindo dos marcadores em seu próprio corpo, como raça, sexualidade, classe, território e suas experiências como árbitra. O material empírico constituiu-se de análise documental e narrativas das árbitras. Teoricamente fundamentada em estudos raciais, de gênero, inclinando-se no ponto de vista e nos feminismos, e tendo como resultados principais: a divisão sexual no futebol; submissão de gênero; dupla opressão das mulheres negras e exclusão. As desigualdades são apontadas a partir de um número ínfimo de mulheres no quadro, bem como menor participação do trabalho de arbitragem em comparação com os homens. A saber, o campo futebolístico é androcêntrico, organizado em forma de política de gênero, lugar de macho e branco. Palavras-chave: Interseccionalidade no esporte; corpo-experiência; divisão sexual. 1 Esse texto reflete sobre os resultados da pesquisa de mestrado orientada pela Profª Dra. Suely Messeder, realizada entre 2014-2016 na Universidade Estadual da Bahia. Aqui buscamos acrescentar o olhar sobre o racismo e a interseccionalidade no esporte, fazendo novas reflexões e enfatizando o corpo experiência como método. 2 Bolsista CAPES. Doutoranda em Difusão do Conhecimento -DMMDC (Multi-institucional e multidisciplinar, coordenado pela UFBA); Ma. Em Crítica Cultural, licenciada em Educação Física, membro do grupo de pesquisa "Rede de Africanidades", árbitra de futebol (ex-FBF e CBF), ex-jogadora. ildafrica@yahoo.com.br. 3 Filósofo, antropólogo e Educador; Prof. Adjunto da FACED/UFBA e do Doutorado multi-institucional e multidisciplinar em Difusão do Conhecimento e Coordenador do Grupo de Pesquisa Rede de Africanidades (UFBA). afroduda@gmail.com. Agradecimentos: Á CAPES pelo financiamento, e ao Grupo de Pesquisa Rede de Africanidades (UFBA) pelo espaço de debate.
O presente trabalho tem como objetivo compreender o arquipélago da liberta ção como umas das chaves de leituras das filosofias negro africanas, neste caso específico, com o recorte da filosofia do moçambicano Severino Elias Ngoenha, desde a leitura do “Paradigma liberdade” em diálogo com a perspectiva do pensamento do arquipélago em diálogo com o martinicano Édouard Glissant. Palavras chave: Filosofias negro africanas; Arquipélago da libertação; Paradigma liberdade; Paisagem.
RESENHAOlhar africano no tornar-se feminista: Por uma nova geração no mundo de Chimamanda CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE La mirada africana en convertirse en feminista: Por una nueva generación en el mundo de Chimamanda CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE Ineildes Calheiro 1 Eduardo Oliveira 2 RESUMO: A resenhada, Chimamanda Ngozi Adichie, autora do best-seller internacional Americanah, é feminista, negra, nigeriana nascida em Enugu, em 1977, com obras publicadas desde 2008. Vive entre a Nigéria e os Estados Unidos devido a uma bolsa de estudos recebida pela MacArthur Foundation. Nesse manifesto em forma de carta, contendo quinze sugestões para criar filhos na perspectiva feminista, a autora adentra o tema igualdade de gênero, e nessa incursão insere sua experiência no contexto do feminismo. Nesse sentido, vários fatores da imposição de gênero são elementos de sua reflexão, que parte da infância com os brinquedos sexuados às diferenças de papéis no casamento. No nosso entendimento sobre o texto intitulado "Para educar crianças feministas -um manifesto", trata-se de uma maneira de preparar a nova geração para a igualdade nas relações de gênero, e que tende a ultrapassar territórios, portanto, estende-se ao mundo. Palavras-chave: Chimamanda Adichie; África; Gênero; Educação feminista RESUMEN: La reseñada, Chimamanda Ngozi Adichie, autora del best-seller internacional Americanah, es feminista, negra, nigeriana nacida en Enugu, en 1977, con obras publicadas desde 2008. Vive entre Nígeria y Estados Unidos debido a una beca recibida por la beca MacArthur Foundation.En este manifiesto en forma de carta, conteniendo quince sugerencias para criar hijos en la perspectiva feminista, la autora adentra al tema igualdad de género, y en esa incursión inserta su experiencia en el contexto del feminismo. En ese sentido, varios factores de la imposición de género son elementos de su reflexión, que parte de la infancia con los juguetes sexuados, a las diferencias de papeles en el matrimonio. En nuestro entendimiento el texto titulado "Para educar los niños feministas -un manifesto" es una manera de preparar a la nueva generación para la igualdad en las relaciones de género, y que tiende a sobrepasar territorios, por lo tanto, se extiende al mundo.
Esse artigo apresenta a proposta da educação (a distância) desterritorializada, compreendida como a educação que resiste às políticas públicas impostas, que aproveita as brechas para produzir singularidades, que resiste aos fluxos instituídos da educação a distância oficial. Os fundamentos da investigação encontram-se nos pressupostos teóricos de Gilles Deleuze e Felix Guattari, em especial nos conceitos de agenciamento, comunicação transversal e desterritorialização. A formação de docentes online em ambiente virtual de aprendizagem, na perspectiva da educação (a distância) desterritorializada, deve ser pensada como um processo próprio da cibercultura, vinculada à ética do coletivo, do acontecimento, da comunicação transversal, do agenciamento do desejo e da singularização.
Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 26(1): e51328 1 Experiências das mulheres na escravidão, Experiências das mulheres na escravidão, Experiências das mulheres na escravidão, Experiências das mulheres na escravidão, Experiências das mulheres na escravidão, pós-abolição e racismo no feminismo em pós-abolição e racismo no feminismo em pós-abolição e racismo no feminismo em pós-abolição e racismo no feminismo em pós-abolição e racismo no feminismo em Nesse livro, Davis pensa a dinâmica da exclusão capitalista tomando como nexo prioritário o racismo e o sexismo, partindo da vivência das mulheres no trabalho escravo, compreendendo o modo de funcionamento das sociedades marcadas pela tragédia da escravidão. Dividido em 13 capítulos ao longo de 244 páginas, reúne estudos de diversas/ os autoras/es, publicações de jornais, cartas e outros documentos, além de depoimentos das/os próprias/os ex-escravizadas/os e descendentes, sobre o ocorrido durante e após a escravidão nos EUA, detectando o racismo explícito e as atrocidades praticadas. Além disso, a autora não descarta testemunhos de homens e de mulheres (brancos/as) falando do lugar de proprietários/as dos/as ex-escravizadas/os.Os estudos sobre escravidão não visibilizavam as mulheres, camuflando muitas realidades, desde a onda de publicações dedicadas aos estudos sobre a escravidão, nos anos de 1970, que não incluía a situação das mulheres escravizadas, exceto os estudos de Hebert Gutman (1976) a partir da discussão sobre a família negra. A violência contra os/as negros/as na escravidão e pós-abolição tem sido amenizada na literatura modernohegemônica-branca, questão que impulsionou Davis a realizar esse estudo, no qual se acerca desde o século XVII, correlacionando os 300 anos de escravidão, e reporta-se também ao século XX, quando alavancaram os movimentos feministas.Ao investigar a escravidão nos Estados Unidos, a autora mostra a experiência das mulheres negras diante da desumanização, e aponta o enfrentamento dessa categoria de
Pérola Roubada é um Romance de 283 páginas e 49 curtos capítulos, que se passa em Lisboa/Portugal, escrito em forma de diário, em que a personagem Natasha documentou a sua vida. Trata-se de uma mulher quase destruída, ou, melhor dizendo, uma vida quase destruída de uma mulher, pela violência sexual, causada pela pedofilia.O que se chama "Pérola" refere-se à riqueza que é a infância, e a palavra "roubada" refere-se à destruição da infância, interrompida aos seis anos de idade pela violência doméstica de gênero. E nesse caso particular, o abuso sexual ocorrido pelo companheiro da sua tia, ao ser entregue aos cuidados destes familiares enquanto os pais trabalhavam.O romance trata de denúncia de violência sexual na família, com a trágica pedofilia, o que não acontece exclusivamente com sujeitos de classes sociais empobrecidas e com baixa escolarização, ocorre em todos os níveis de classe.Soluções possíveis, como trata o texto, é discutir sobre o assunto em diversas
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