1969
DOI: 10.26512/resafe.v0i18.4456
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Filosofia Da Ancestralidade Como Filosofia Africana:

Abstract: Neste artigo apresenta-se o entrelaçamento da Filosofia da Ancestralidade com a educação comprometida com a cultura afro-brasileira. Resultado dinâmico de múltiplas influências teóricas como a filosofia africana, a filosofia latino-americana, o afrocentrismo, a filosofia intercultural, e a filosofia da diferença, a Filosofia da Ancestralidade visa dialogar filosoficamente com a educação das relações étnico-raciais no Brasil.

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“…No entanto, a consolidação de ações permanentes de preservação e de valorização desse patrimônio esbarravam na não existência de outros mecanismos que fossem capazes de explicitar a ancestralidade como forma cultural de matriz africana recriada no Brasil: a sua dinâmica, o processo cotidiano de construção e reconstrução de identidades étnicas e a produção cultural relativa a tais grupos socioculturais, como destaca Oliveira (2012). O tombamento, por si só, revelou-se ineficiente para as comunidades terreiro, no sentido de proporcionar o estabelecimento de meios e formas de apropriação, divulgação e viabilização, bem como a produção de conhecimento acerca desse bem cultural.…”
Section: Resultsunclassified
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“…No entanto, a consolidação de ações permanentes de preservação e de valorização desse patrimônio esbarravam na não existência de outros mecanismos que fossem capazes de explicitar a ancestralidade como forma cultural de matriz africana recriada no Brasil: a sua dinâmica, o processo cotidiano de construção e reconstrução de identidades étnicas e a produção cultural relativa a tais grupos socioculturais, como destaca Oliveira (2012). O tombamento, por si só, revelou-se ineficiente para as comunidades terreiro, no sentido de proporcionar o estabelecimento de meios e formas de apropriação, divulgação e viabilização, bem como a produção de conhecimento acerca desse bem cultural.…”
Section: Resultsunclassified
“…No contexto do projeto, o Ilé além de um bem cultural da capital mineira, é compreendido como um importante espaço de sociabilidade e de ancestralidade a ser conhecido pela comunidade em geral. Ancestralidade essa que, segundo Oliveira (2012), está além de uma condição de herança genética. Conforme o autor, trata-se da reunião das diversas experiências traduzidas na forma de um código de ética, que define as atitudes das comunidades de candomblé, mantendo sua conexão histórica e simbólica com todos os irmãos espalhados internacionalmente, nos mais diversos territórios.…”
Section: Resultsunclassified
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“…É possível perceber que as experiências vividas pelos afroindígenas de Caravelas envolvem não somente a corporalidade imediata, mas um conjunto de valores, sentimentos, atitudes, memória, corporalidade, teatralidade, sentidos e significados mobilizados pelos agentes sociais e sociedade caravelense e outros espectadores que assistem às suas apresentações e aos movimentos artísticos e político-culturais. No entanto, tem no corpo seus componentes afro-brasileiros e indígenas singulares e utiliza o corpo-arte, a artecorpo como um desafio à construção do mundo afro-indígena, desenvolve sua concepção de ancestralidade para muito além das relações consanguíneas ou de parentesco simbólico (OLIVEIRA, 2012), buscando sempre o contato com os parentes de dentro e de fora.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Pelo menos nos últimos cinquenta anos, temos testemunhado um boom de reflexões que buscam inspiração nas culturas ameríndias e afrodiaspóricas para propor modos de vida cada vez mais alijados do projeto de modernidade ocidental, que tem justamente em Platão um de seus pilares, como nos conta Derrida (1973). Tome-se a oferta de cosmovisões radicalmente ecológica, como aquelas oferecida por Viveiros de Castro (2014) ou por Kopenawa e Albert (2015); ou então a possibilidade de refundar nossas noções de temporalidade, de memória e de conhecimento por meio de uma filosofia da ancestralidade e do corpo, como proposto por Martins (2002) ou por Oliveira (2007) -essas e todas as outras contribuições de crítica à modernidade partem, de certo modo, da constatação de que perseguir os modelos de humano e de sociedade louvados na República de Platão provocou tragédias ambientais, sociais e psíquicas, que nos deram a certeza de termos nos enganado diametralmente quando cogitamos ser este o caminho da utopia. Era de se esperar que em Oiobomé, onde o patrimônio simbólico afro-ameríndio pôde fazer parte da construção de uma comunidade já no século 19, seu povo não tivesse cometido o mesmo engano.…”
Section: Oiobomé Vs Wakandaunclassified