O presente artigo tem como objetivo discutir a temática da democratização do acesso à educação superior no Brasil com base na atual configuração desse nível de ensino. Tendo em vista a complexidade da temática, optou-se em discutir a democratização da educação superior brasileira a partir dos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e analisar se a meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024) poderá ser atendida no período proposto. A metodologia da análise se orientou na pesquisa documental e bibliográfica. Os resultados apontam que, historicamente, a Educação Superior foi privilégio de uma elite detentora de um poder político e econômico e que, apesar de na contemporaneidade existirem políticas públicas educacionais, de ações afirmativas e que objetivam a democratização desse nível de ensino, os números ainda são insuficientes considerando o total da população brasileira que possui a idade entre 18 a 24 anos. A democratização do acesso à educação superior deve ser considerada um tema indispensável na agenda política do país, sobretudo se levarmos em conta o cenário de construção da chamada “sociedade do conhecimento” e, ainda, as mudanças do mundo de trabalho, o processo de mundialização do capital e as alterações que vêm ocorrendo no papel do Estado. Garantir o acesso, a permanência e o êxito acadêmico dos estudantes devem ser considerados aspectos indispensáveis para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.
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O presente artigo tem como foco principal do seu interesse discutir e analisar os mecanismos de exclusão que permeiam as relações de gênero e diversidade sexual na educação. Optou-se metodologicamente pela pesquisa documental e bibliográfica. A partir da escolha metodológica foi realizada uma discussão acerca do conceito de gênero como categoria histórica e social e o papel da educação na desconstrução de estereótipos e preconceitos que permeiam essas relações. Também se realizou um levantamento no banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para se verificar se essas temáticas estavam sendo comtempladas nas pesquisas de pós-graduação. As conclusões do estudo apontam que as instituições escolares são locais ambíguos. Ambíguos porque ao mesmo tempo em que podem construir e/ou reproduzir as hegemonias excludentes presentes na sociedade, elas podem transformá-las. E que apesar de se tratar de um tema complexo e de fundamental importância nosso mapeamento bibliográfico constatou que a problemática ainda é pouco pesquisada e trabalhada, o que de certo modo sugere que ainda as questões de identidade, sexualidade e relações de gênero são tratadas como tabus.
Busca-se no presente artigo refletir acerca da influência dos paradigmas educacionais na prática pedagógica. O problema que orientou a reflexão buscou elucidar a seguinte questão: como é possível construir uma prática pedagógica inovadora que busque superar a visão conservadora/tradicional da educação, e atenda as exigências do paradigma da complexidade? O objetivo do trabalho foi analisar de forma reflexiva os paradigmas contemporâneos e sua influência na educação, discutir criticamente o papel do professor e sua metodologia na ação docente e principalmente ampliar o debate acerca da influência dos paradigmas da ciência no processo educativo. A metodologia da pesquisa orientou-se em uma perspectiva qualitativa, do tipo pesquisa-ação, com a utilização do levantamento bibliográfico como embasamento da fundamentação teórica.
O objeto de estudo deste artigo são as instituições universitárias do estado do Paraná e tem como objetivo analisar a formação e atuação dos coordenadores de curso. Argumenta-se que a coordenação de cursos de graduação nas universidades deve compreender uma formação que contribua com uma gestão democrática, que se torna fundamental no contexto das transformações políticas e econômicas que vêm sendo implantadas nas últimas décadas no país, com ênfase em uma gestão gerencial. Preservar as instituições, cuja existência é fundamental para a democracia no país, é fundamental, em especial, nestes tempos em que se vive uma crise das democracias. Para tanto, foi desenvolvida uma investigação com abordagem qualitativa, mediante análise da legislação vigente sobre a educação superior, dados do Censo da Educação Superior e aplicação de questionário aos coordenadores de curso. São apresentados dados sobre as características das universidades e aspectos relacionados à formação continuada e à atuação e à escolha dos coordenadores de curso, contemplando uma análise sobre a gestão democrática.
Educational policies present gaps and challenges in the face of democratic principles of equity and equality in realizing the right to education and lifelong learning. This issue is potentiated in the current historical moment in which we have great advances in the affirmation of rights and at the same time setbacks in the realization of these rights, for economic, political and cultural reasons. Basic education has been offered with approaches that favor students from socially and economically wealthier groups, directing students from the poorest social groups to educational pathways marked by failure. Such a perspective disregards democratic principles, by excluding issues that contemplate the social and cultural diversity of educational processes. In this direction we problematize the challenges of educational policies in face of the challenge to guarantee the right to education from the perspective of decolonial pedagogy. The discussion of the theme addresses the analysis of educational policies and social policy of the Community Service for Strengthening and Bonding-SCFV and field research data on expectations of rights and learning built by children and adolescents who participated in programs related to these policies. The study shows that the realization of public policy purposes requires intersectoral educational actions, adding efforts to educational and social policies.
RESUMO: Efeitos advindos dos processos coloniais perduram na violação de direitos e atuam na configuração da pobreza infantil no contexto da América Latina. Na discussão destacamos o par pobreza infantil e colonialismo, que ainda andam de mãos fortemente unidas, atuando na violação de direitos de provisão, proteção e participação da infância. Esse cenário que se reproduz com grande frequência em diversos países latino americanos está representado nas falas de meninas e adolescentes da Guatemala, ouvidas mediante entrevistas individuais. A garantia dos direitos da infância requer a superação dos efeitos dos processos coloniais, enraizados culturalmente. Nessa direção, a constituição de processos decoloniais via educação intercultural possibilita que a pobreza infantil na perspectiva multidimensional seja gradativamente superada. PALAVRAS-CHAVE:Pobreza infantil. Direitos humanos. Decolonialidade. Educação intercultural. RESUMEN:Efectos provenientes de los procesos coloniales perduran en la violación de derechos y actúan en la configuración de la pobreza infantil en el contexto de América Latina. En la discusión destacamos el par pobreza infantil y colonialismo, que aún andan de manos fuertemente unidas, actuando en la violación de derechos de provisión, protección y participación de la infancia. Este escenario que se reproduce con gran frecuencia en diversos países latinoamericanos está representado en las conversaciones de niñas y adolescentes de Guatemala, escuchadas mediante entrevistas individuales. La garantía de los derechos de la infancia requiere la superación de los efectos de los procesos coloniales, arraigados culturalmente. En esa dirección, la constitución de procesos de colonización vía educación intercultural posibilita que la pobreza infantil en la perspectiva multidimensional sea gradualmente superada.
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