LAZZARI, Eduardo Alves. Regressive Tax Systems in Unequal Democracies: the Brazilian case. . p. esis (PhD in Political Science) -Faculdade de Filoso a, Letras e Ciências Humanas,
IntroduçãoPor que os brasileiros não confiam em partidos políticos? Mobilizando as hipóteses elencadas pela literatura, o presente artigo visa responder a essa pergunta utilizando um survey realizado e aplicado pelo Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (Nupps/USP) em 2014. Ainda que o país apresente um padrão similar ao de países europeus no apoio a diferentes dimensões de um regime democrático (Norris, 2011), o baixo apoio a partidos registrado no caso brasileiro -aproximadamente 2% da amostra utilizada disse ter muita confiança em partidos -exige uma melhor compreensão desse fenômeno, justificando o esforço empreendido aqui. Assim, a próxima seção, "A confiança na representação política", desenvolve o argumento que explica a escolha da confiança como atitude-chave para compreender o apoio do eleitorado a partidos políticos, partindo da premissa de que as especificidades da relação entre representantes e representados fazem com que a confiança seja uma atitude moderadora e inata nessa relação. Em seguida, apresentamos os "Marcos teóricos e os condicionantes da confiança", em que trabalhamos o eixo que distingue modelos culturalistas e racionalistas. Na sequência, abordamos a "Operacionalização e desenho de pesquisa", em que tratamos das variáveis que são mobilizadas para testar as hipóteses apresentadas. Posteriormente, relatamos os "Resultados" coletados a partir de regressões logísticas ordinais e as "Considerações finais".
A confiança na representação políticaO objetivo deste artigo é claro. Deseja-se investigar os condicionantes da confiança em partidos políticos no Brasil, à luz de variáveis que a literatura da área convencionou chamar ou de culturalistas ou de racionalistas. Em suma, sua pergunta é: por que os brasileiros não confiam em partidos? A análise do tema se faz premente por três razões.Em primeiro lugar, o funcionamento do regime democrático em sua forma representativa conserva uma especificidade que pauta a relação entre representantes e representados pela confiança ou pela desconfiança. Entendendo confiança, assim como faz Sztompka (1999), como a crença de um indivíduo "A" de que outro indivíduo ou entidade http://dx
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.