Para este artigo, consideramos as reflexões geradas com a implementação na Educação Básica brasileira da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva de 2008 para propor o objetivo de discutir como o interesse por um ensino de Matemática mais inclusivo se manifesta em professores dos anos iniciais do ensino fundamental brasileiro. Este artigo analisa dados que foram produzidos no momento da pré-inscrição e da finalização de um curso online oferecido no período de março a julho de 2021 para esses professores no contexto do Programa FormAção da SBEM. Assumindo-se o interesse como um construto complexo que influencia no desenvolvimento profissional do professor, identifica-se a necessidade de mais estudos sobre o caminho que se monta entre um interesse situacional, caracterizado como efêmero e transitório, e um interesse individual, que por sua vez é mais contínuo e estável, a respeito da inclusão educacional, particularmente em relação aos estudantes apoiados pela Educação Especial.
Resumo: Este artigo apresenta um recorte de uma pesquisa de mestrado em Educação em Ciências e Matemática realizada com um estudante com deficiência intelectual do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja). O objetivo foi analisar o desenvolvimento do pensamento aritmético de um aluno com deficiência intelectual, particularmente a apropriação da quantificação e da representação numérica, utilizando o Tampimática. Trata-se de uma investigação fundamentada no método funcional da estimulação dupla desenvolvido por Vigotski, aliado à observação livre discutida por Triviños. Discute as potencialidades da pessoa com deficiência intelectual de acordo com o desenvolvimento cognitivo, no que tange às possibilidades de emancipação do sujeito numa perspectiva dialógica, desenvolvido a partir dos processos de mediação. Aponta discussões sobre o pensamento aritmético, caracterizando as relações entre as construções de novos signos por meio da educação matemática crítica, trabalhada numa perspectiva inclusiva. Contém observações e experiências vivenciadas na prática pedagógica junto ao Proeja, explorando o Tampimática, ao trabalhar a quantificação e a representação numérica. Destaca-se nesta investigação a contribuição da mediação e as relações sociais nos processos compensatórios para superação das dificuldades relacionadas à deficiência intelectual. Em relação ao aluno participante desta pesquisa, consideramos que os meios auxiliares, como a fala, os gestos, as atividades escritas e os objetos que contribuíram no processo de compensação para o desenvolvimento do pensamento aritmético. Assim, discutimos a educação matemática inclusiva como forma a superar nossas dificuldades e desenvolver novas potencialidades, colaborando no processo de transformação educacional.
A Trigonometria é requisito para outros conhecimentos da Matemática e de distintas áreas da Ciência. Embora esse tema integre grande parte do currículo da escolaridade básica, para pesquisadores da Educação Matemática, pouco é efetivamente apreendido por alunos. Esse contexto motivou um estudo bibliográfico e descritivo baseado em uma revisão sistemática de literatura visando identificar: conhecimentos de professores acerca de conteúdos de Trigonometria e seus requisitos e estratégias de ensino de Trigonometria que vêm sendo implementadas na educação básica. Dez trabalhos atenderam aos critérios de inclusão e exclusão impostos pelo protocolo. Os resultados, em termos de conhecimento de conteúdo, sinalizam compreensão limitada sobre os conceitos de Trigonometria pelos professores. Quanto às estratégias de ensino, os trabalhos investigados enfatizam situações didáticas, materiais manipuláveis e recursos tecnológicos. Pela importância do tema para a comunidade escolar e acadêmico-científica, recomendamos investigações que examinem conhecimentos já existentes criando estratégias para abordagem do tema.
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