Manfroi EC; Macarini SM; Vieira ML. Comportamento parental e o papel do pai no desenvolvimento infantil. Rev. Bras. Cresc. e Desenv. Hum. 2011; 21(1): 59-69 Resumo:Este artigo tem o objetivo de discutir o cuidado parental e o papel do pai no desenvolvimento infantil, a partir da perspectiva teórica da psicologia evolucionista. O cuidado parental foi abordado enfatizando-se seu caráter interacionista, com relação a seus aspectos biológicos e culturais. Além das especificidades do papel dos pais no comportamento parental, foram discutidas as características das crianças que influenciam neste cuidado. Na última seção do artigo foram focalizadas as características do cuidado paterno e sua influência no desenvolvimento infantil. Concluiu-se o cuidado parental tem especificidades em relação ao comportamento da mãe e do pai, que podem ser explicadas pelas perspectivas biológicas e culturais. Nesse sentido, para se compreender o comportamento parental é necessário considerar a história filogenética de espécie humana e também o contexto histórico e sociocultural onde a família está inserida.Palavras-chave: cuidado parental; comportamento parental; psicologia evolucionista; cuidado paterno; pai. Abstract:This paper aims to discuss the parental care and the role of the father in child development in early years, from the perspective of evolutionary psychology. The parental care was discussed emphasizing its characteristic of interaction, with respect to biological and cultural aspects. In addition to the role of parents in parental behavior, it was discussed the characteristics of children that influence the parental care. In the last section of the article, the focus was on the role of the father in parental care and its influence on child development. It has been concluded that parental care is specific to the behavior of the mother and father, which can be explained by biological and cultural perspectives. In this way, to understand the parental behavior is necessary to consider both the phylogenetic history of human species and also the socio-historical context where the family is inserted.
Objective The present study's objective was to investigate the pandemic's impact on mental health and identify variables that can increase or decrease the chances of stress, anxiety, and depression, in both a sample with and one without self-reported mental health issues, in a Brazilian population. Design a cross-sectional quantitative study. Data were collected online in May and June of 2020. Participated 1130 adults between 18–78 years old (mean = 37.46 years, SD = 12.18), from 20 Brazilian states, with an average of 58.61 days (SD = 23.2) of social distancing. Main Outcome Measures Depression, anxiety and stress symptoms, characterization of social distancing, and Coping strategies. Results A significantly higher prevalence of severe depression was found in those who practiced social distancing. Multinomial logistic regressions identified the explanatory model with risk and protection variables to mental health. For the group without a previous mental health diagnosis, using confrontation ( OR = 1.39, CI95% 1.23–1.58) and escape strategies ( OR = 1.48, CI95% 1.19–1.84) increases the odds of presenting severe depression, while positive reappraisal ( OR = 0.85, IC95% 0.78–0.93) and problem-solving ( OR = 0.75, CI95% 0.63-–0.88) were protective factors. In the group with mental disorders, using confrontation ( OR = 1.33, CI95% 1.10–1.60) and escape strategies ( OR = 1.49, CI95% 1.12–1.98) were also risk factors for severe depression and no coping protective factors were found. Conclusions Problem-solving and positive reappraisal were protective strategies that potentially reduced the odds of presenting depression and anxiety, but only in people without a previous mental health diagnosis. Public policies must offer psychological support to the most vulnerable, as well as orientation based on scientific evidence, aiming at improving quality of life.
O presente estudo teve por objetivo investigar as múltiplas relações entre afeto parental, controle comportamental e psicológico, habilidades sociais e competência acadêmica em pré-adolescentes. Examinou-se também o impacto do gênero e da idade dos filhos sobre esses aspectos. As variáveis idade e nível de escolaridade dos pais foram igualmente examinadas, objetivando-se observar se exerceriam algum impacto sobre o comportamento de seus filhos. No total, 117 pais com filhos entre 10 e 13 anos responderam ao CRPR (Child Rearing Parental Report), instrumento que acessa as práticas parentais, e 5 professores responderam ao TRS (Teacher Rating Scale), que avalia o desempenho escolar da criança. Análises fatoriais exploratórias identificaram duas dimensões das práticas parentais (afeto e controle) e quatro dimen¬sões do desempenho escolar (sociabilidade, dificuldades escolares e emocionais, competência acadêmica e dificuldades emocionais). Análises adicionais revelaram três subdimensões para controle parental: controle psicológico, controle comportamental e superproteção. Os resultados indicaram que meninas são percebidas com mais habilidades sociais e acadêmicas; pais relataram práticas similares para ambos os sexos nas dimensões afeto e controle. O nível de escolaridade materna correlacionou-se positivamente com as dimensões: afeto, controle comportamental, competência acadêmica e controle psicológico, enquanto a escolaridade paterna correlacionou-se com competência acadêmica. Práticas parentais que combinam afeto e controle comportamental correlacionaram-se positivamente com competência acadêmica, e controle psicológico correlacionou-se negativamente com habilidades sociais. As diferentes influências que as práticas parentais exercem no desempenho acadêmico e nas habilidades sociais são discutidas.
Introdução: O suicídio constitui-se em uma das principais causas de morte evitáveis. A pandemia da COVID-19 pode contribuir para reforçar os fatores de risco e a ideação suicida em razão da diminuição da capacidade de enfrentamento emocional ante a crise sanitária mundial. Ao mesmo tempo, os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) foram demandados a construir uma resposta rápida a questões relacionadas à saúde mental. Objetivo: Refletir sobre os fatores de risco e as possíveis intervenções para a prevenção do suicídio na atenção primária no contexto da pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa pautada na construção de uma análise crítica da literatura internacional sobre os fatores de risco e a prevenção do suicídio na APS durante a pandemia do novo coronavírus. Esta revisão foi construída por meio do levantamento de evidências na literatura internacional, feito pelo acesso às bases de dados científicas Web of Science, Science Direct e Scopus usando os descritores suicide AND prevention AND COVID-19 AND Primary Health Care. Foram incluídos artigos científicos disponibilizados entre dezembro de 2019 e setembro de 2020 e publicados em português, inglês e espanhol. Resultados: O corpus de análise foi composto de 15 artigos, com predominância da descrição de fatores de risco, da implementação e das adaptações de estratégias de intervenções específicas mediadas por recursos de tecnologia da informação e comunicação para oferecer cuidados de saúde mental. Conclusões: Os cuidados colaborativos pautados pelos atributos essenciais da APS destacaram-se como estratégias prioritárias para ofertar cuidados contínuos e longitudinais no contexto da pandemia.
RESUMONo presente estudo foram examinadas correlações entre dimensões qualitativas da amizade e da autopercepção em crianças de 9 a 13 anos de idade. Os dados derivaram de dois questionários aplicados a 158 crianças (52,5% meninos) em duas escolas públicas. Os resultados indicaram que: a) crianças que identificam nas suas relações de amizade uma fonte de apoio tendem a se perceber acadêmica e atleticamente competentes e bem aceitas socialmente; b) crianças que encontram nas amizades um espaço privilegiado para resolver conflitos e buscar intimidade e validação de seus sentimentos também têm percepções positivas acerca de si mesmas, e c) o gênero e a idade da criança tiveram influências diferenciadas nas dimensões da qualidade das amizades e da autopercepção. Palavras-chave: dimensões qualitativas da amizade; autopercepção; bem-estar social e psicológico de crianças. ABSTRACT Correlations between friendship quality dimensions and self-perception in childrenIn the present study, correlations between friendship´s quality dimensions and self-perception were examined in children (9-13 years-old). Data derived from two questionnaires administered to 158 children (52.5% boys) from two public schools. Results indicated that: a) children who identify, in their friendship relations, a source of support perceived themselves as academically and athletically competent and socially well accepted; b) children who perceived their friendship relations as a privileged space for solving conflicts, for intimacy, validation and care have also a positive perceptions of themselves, and c) the child's age and gender had different influences on dimensions of self-perception and friendships quality. Keywords: friendship qualitative dimensions; self-perception; child social and psychological well-being. * Endereço para correspondência: Mauro Luís Vieira -maurolvieira@gmail.com.À medida que as crianças crescem, elas são gradualmente inseridas em outros grupos de socialização (vizinhos, colegas da escola, etc.) que passam a exercer também função socializadora, antes mais relacionada com a família. Por exemplo, o ambiente escolar permite à criança entrar em contato com a vida social e pública. A criança passa a se identificar com companheiros da mesma idade -os pares -em vez de se comparar-se aos indivíduos adultos, normalmente da família, e dos quais depende (Osterrieth, 1980). É nesse ponto que as relações de convivência com outras crianças iguais a ela, gradualmente, passam a ser tão importantes quanto as familiares. Além disso, a sociedade ocidental atual, altamente urbanizada e com famílias reduzidas, tem adiantado o ingresso da criança na escola, aumentando sua convivência com os pares, os quais, na passagem da infância para a adolescência, passam a ocupar um papel central no desenvolvimento social do indivíduo (Garcia, 2005). NATUREZA ESTRUTURAL E FUNCIONAL DA AMIZADENa convivência com seus pares, a criança estabelece relações sociais de diferentes níveis de complexidade, variando das mais simples, como interações de colegas em função...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.