Este artigo tem como objetivo analisar as estratégias de uso dos stories do Instagram postados pelos candidatos à Presidência da República do Brasil em 2018. As nossas hipóteses de pesquisa são que os candidatos usaram os stories para enaltecer sua imagem pessoal e anunciar agenda de campanha (H1), e houve alto uso dos stories para divulgar bastidores; e baixo uso para propostas de campanha (H2). Os stories foram classificados em seis variáveis elaboradas: tema geral, tema específico, tema secundário, tipo de imagem, menção a partido e humor. Para isso, coletamos stories (N=2032) do aplicativo de rede social Instagram no período de 05 de setembro e 07 de outubro de 2018, compreendendo o primeiro turno das eleições. Procedemos a uma análise de conteúdo do tipo quantitativa e qualitativa por meio de um livro de códigos. Os resultados sugerem que os candidatos usaram a plataforma para gerenciar imagem pública e anúncio de agenda.
O artigo apresenta uma análise cientométrica de 3.484 artigos publicados entre 2002 e 2019 na base SciELO que fazem referência à análise de conteúdo (AC) em termos de número de publicação, periódicos e referências acionadas. Os resultados demonstraram que o colégio de Ciências da Vida apresenta não apenas o maior volume de trabalhos, mas também de heterogeneidade de referências. Esse resultado desafia estudos anteriores que destacavam as disciplinas das Ciências Humanas como lugar preferencial de utilização do método. Para isso, foi utilizada a análise de cocitação através do VOSviewer e detectada uma grande predominância do manual de Laurence Bardin em todos os colégios observados. Esse resultado confirma achados de estudos anteriores, mas em uma escala e diversidade disciplinar inéditas. Argumentamos que essa concentração tende a revelar um flagrante descompasso entre o avanço da literatura especializada sobre a metodologia e seu respectivo uso pela comunidade científica brasileira, que pode estar sendo irrefletido e desatualizado.
O artigo visa à análise de produções acadêmicas que analisaram a iniciativa e-Democracia, da Câmara dos Deputados, de 2009 a 2017. Foram aplicadas três metodologias de análise, nomeadamente: análise de conteúdo para identificação de autores, instituições e áreas de conhecimento; análise léxica de resumos e palavras-chave através do software IRaMuTeQ e análise de redes das referências bibliográficas dos materiais. Os resultados indicam que esse subcampo apresenta algumas diferenças em relação à área de internet e política (I&P) no Brasil, especialmente no que tange a instituições e áreas de atuação, porém a rede de cocitações revela que autores-chave da grande área de I&P também são centrais aqui. Conclui-se que esta subárea apresenta particularidades em relação ao campo, como a entrada de novas instituições e áreas de conhecimento. Contudo são mantidas as principais linhas de pesquisa e autores da grande área de internet e política.
Estado da arte da Análise de conteúdo no BrasilEste livro de códigos foi elaborado para avaliação da qualidade de pesquisas que fazem uso da técnica de pesquisa "análise de conteúdo" em artigos publicados no Brasil. Tratase da versão final, após treinamento dos codificadores e adequações, conforme recomendado por Sampaio, Lycarião (2021). A pesquisa foi realizada pelo grupo de pesquisa em Comunicação Política e Democracia Digital (COMPADD) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), coordenado pelo professor Rafael Cardoso Sampaio.A pesquisa ainda contou com apoio do programa de iniciação científica do CNPq, CAPES e da própria UFPR.
Resumo: Este artigo investiga a produção acadêmica em periódicos sobre a democracia digital no Brasil. Foi realizada uma busca automatizada no Google Scholar e DOAJ por palavras-chave e, após a filtragem manual, o corpus empírico resultou em 502 artigos. Estes artigos foram avaliados com base em análise de conteúdo, buscando identificar as principais características dos autores, assim como as abordagens teóricas e empíricas. Depois, as referências foram avaliadas através da análise de redes. Os resultados evidenciam a hegemonia dos campos da comunicação e da ciência política, um predomínio de análises sobre a esfera civil não organizada e o uso dos conceitos de participação e deliberação. A maioria dos artigos é empírica, faz uso da técnica de análise de conteúdo e privilegia a avaliação de websites e mídias sociais. Concluímos argumentando pela existência de um campo da democracia digital.
A análise de conteúdo (AC) é uma das principais técnicas para análise de dados qualitativos na ciência brasileira, porém tem sido verificado em diferentes áreas de pesquisa uma baixa qualidade de sua aplicação e um uso predominante do manual de Laurence Bardin. A presente pesquisa busca fazer uma avaliação qualitativa de estudos baseados em AC em diferentes áreas de pesquisa no Brasil. Para tanto, foi construída uma amostra de 549 artigos que fizeram uso da técnica extraídos da SciELO Brasil e depois aplicada uma análise de conteúdo quanti e quali para avaliação da qualidade dessas publicações. Os resultados indicam uma baixa qualidade dos artigos em termos de explicitação e disponibilização das categorias e unidades de análise e de preocupação com a confiabilidade, transparência metodológica e validação dos dados. A pesquisa também reforça o uso exacerbado e acrítico do manual de Bardin. Concluímos se tratar de um problema geral da aplicação da técnica no país e da necessidade urgente de uma maior discussão epistemológica e metodológica.
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