Resumo -O objetivo deste trabalho foi quantificar a fixação biológica de nitrogênio (FBN) por adubos verdes em pré-cultivo e consorciados com berinjela em sistema orgânico, a utilização do N pela berinjela, e o impacto da adubação verde na produtividade de berinjela e no balanço de N do solo. Parcelas com crotalária, milheto e vegetação espontânea foram estabelecidas antes do plantio da berinjela. Após 60 dias, a FBN respondia por 53% do N da crotalária. Como grande porcentagem da vegetação espontânea correspondia a uma leguminosa, um total de 48 kg/ha de N acumulados nessas parcelas originaram-se da FBN. Os pré-cultivos foram roçados para o plantio direto da berinjela, exceto metade das parcelas com vegetação espontânea, que foi incorporada ao solo. Plantou-se a berinjela em consórcio com crotalária e caupi, e de forma "solteira". Aos 52 dias, as leguminosas foram cortadas e deixadas nas entrelinhas de berinjela. A FBN para as leguminosas consorciadas variou com os pré-cultivos, situando-se entre 20% e 90% do N acumulado na planta. Com a técnica de 15 N constatou-se que a berinjela se beneficiou do N da adubação verde em pré-cultivo e consórcio. Embora sem efeito sobre a produtividade da berinjela, a FBN nas leguminosas foi suficiente para repor todo o N retirado do sistema através dos frutos. Termos para indexação: Solanun melongena, Crotalaria juncea, Vigna unguiculata, consórcio, fixação biológi-ca de nitrogênio. Green manuring as nitrogen source for eggplant under organic cropping systemAbstract -The objective of this work was to quantify biological nitrogen fixation (BNF) for green manures precropped and intercropped with eggplant in an organic cropping system, the use of N from BNF by the eggplant crop, and the impact of green manuring on eggplant yield and soil N balance. Plots with sunnhemp, millet and spontaneous weeds were established before eggplant planting. After 60 days, 53% of sunnhemp N came from BNF. Since a high percentage of the spontaneous weed plots has corresponded to a legume specie, a total of 48 kg N/ha were derived from BNF. Green manure in pre-cropping was cut to planting eggplants under no-till, exception made to half of the plot under spontaneous weeds that was incorporated into the soil. The eggplant was either intercropped with sunnhemp and cowpea or cropped alone. At 52 days, the legumes were cut and left close to the eggplant. The BNF contribution to the legumes depended on the pre-cropped species and varied between 20% and 90%. Using the 15 N technique, it was verified that eggplants benefited from the N of the green manure in pre-cropping or intercropping. Although without effect on eggplant yield, the BNF in the legumes was enough to compensate for the exported N in the harvested fruits.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de bananeiras consorciadas com as leguminosas herbáceas perenes - amendoim forrageiro (Arachis pintoi), cudzu tropical (Pueraria phaseoloides) e siratro (Macroptilium atropurpureum). Os tratamentos-controle consistiram em vegetação espontânea com predomínio de Panicum maximum, e vegetação espontânea com adubação nitrogenada das bananeiras. Também foi avaliado o desenvolvimento vegetativo das bananeiras. Entre as coberturas avaliadas, a vegetação espontânea e o cudzu tropical apresentaram produções maiores de biomassa; o cudzu tropical proporcionou valores maiores para quantidades de N acumulado e derivado da fixação biológica. As leguminosas amendoim forrageiro, cudzu tropical e siratro proporcionaram desenvolvimento vegetativo mais rápido nas bananeiras consorciadas. Cudzu tropical e siratro promoveram maiores valores de peso dos cachos e das pencas. O uso das leguminosas avaliadas resulta em aumento da porcentagem de cachos colhidos e redução do tempo de colheita, além de proporcionar maior produtividade, quando comparado ao uso de vegetação espontânea.
A cobertura morta do solo com leguminosas e gramíneas é uma prática cultural que traz benefícios aos sistemas de produção. Foi conduzido um experimento no município de Seropédica, estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes tipos de cobertura morta sobre a reinfestação de ervas espontâneas e sobre o desempenho agronômico de alface, em cultivo orgânico. O delineamento experimental adotado foi blocos casualizados com quatro repetições e parcelas de oito plantas na área útil. Os tratamentos foram: bagaço de cana-de-açúcar (Saccharum sp.), bambu (Bambuza sp.), capim Cameroon (Penisetum purpureum), crotalária (Crotalaria juncea), eritrina (Erythrina poeppigiana), gliricídia (Gliricidia sepium), guandu (Cajanus cajan), mucuna cinza (Mucuna pruriens) e controle (sem cobertura dos canteiros). Estimou-se a decomposição in situ e a liberação de nitrogênio de cada cobertura morta. Foram avaliados dois ciclos consecutivos de alface, cultivar Regina, na mesma área, visando a comparar o efeito residual das coberturas mortas. Observou-se maior acúmulo de N nos resíduos vegetais das leguminosas (máximo de 1.010 kg ha-1 com mucuna-cinza). Em relação à decomposição da cobertura morta, avaliada na colheita do primeiro ciclo de alface (35 dias após o transplante), as leguminosas apresentaram percentuais inferiores aos das gramíneas de massa seca e N remanescentes. A reinfestação dos canteiros pelas ervas espontâneas não diferiu significativamente entre coberturas mortas, variando entre 31 e 58 plantas m-2, mas a redução da densidade populacional da vegetação reinfestante chegou a 83% em comparação ao tratamento controle. Em ambos os ciclos de cultivo da alface, a massa fresca (de 315,8 a 366,0 e de 202,9 a 225,0 g planta-1, respectivamente nos primeiro e segundo ciclos), o diâmetro da cabeça (de 30,8 a 31,7 e de 25,5 a 28,5 cm) e o teor de N (de 32,3 a 38,8 e de 28,0 a 30,3 g kg-1) foram superiores quando leguminosas foram utilizadas como cobertura morta.
). A fabácea (leguminosa) cobriu por completo as entrelinhas da mandioca, demonstrando seu potencial de controle à erosão e a ervas espontâneas. O consórcio triplo mostrou-se vantajoso tendo em vista que a receita obtida com a venda do milho verde justificaria os custos da irrigação, além dos benefícios da inclusão do caupi e da não interferência dos consortes na produtividade da mandioca.Palavras-chave: Manihot esculenta, consórcio, adubação verde, agricultura orgânica.
RESUMOA detecção e exploração da variabilidade genética em milho para eficiência a fósforo (P) se apresenta como uma das estratégias viáveis para contornar o problema da falta desse elemento nas regiões tropicais e subtropicais. Para verificar a existência de diferenças entre genótipos de milho quanto à utilização de P e produção de grãos em diferentes níveis de adubação fosfatada, realizaram-se dois experimentos. No primeiro, avaliaram-se dezoito genótipos (dez variedades locais, seis melhoradas e dois híbridos), em casa de vegetação, cultivados sob duas doses de P, 10 e 100 mg.kg -1 de solo. No segundo, cinco variedades locais, uma melhorada e um híbrido, em campo, sob doses crescentes de P (0; 8,7; 17,5; 35; 70 e 140 kg.ha -1 de P). Detectou-se a variabilidade genética para uso de P em casa de vegetação, destacando-se, pelos mais elevados índices de eficiência, as variedades locais Argentino, Amarelão, Caiano de Sobrália, Asteca, Quarentão e Caiano de Alegre; as variedades melhoradas BR 106 e BR 107 e o híbrido comercial P 6875. Sob condições de campo, observou-se efeito da adubação fosfatada na produção e no conteúdo de P nos grãos. Os materiais apresentaram diferentes níveis de resposta às doses de P, caracterizando-se as variedades locais Cravinho e Carioca e o híbrido P 6875 como os mais responsivos e de produção de grãos mais elevada na ausência de adubação fosfatada. As variedades Nitroflint (melhorada) e Catetão (local) apresentaram as menores respostas à adição de P e os menores rendimentos quando o nutriente não foi aplicado.Termos de indexação: nutrição fosfatada, variabilidade genética, variedades locais, Zea mays.
Foi conduzido um ensaio de campo em Seropédica, Estado do Rio de Janeiro, para avaliar o efeito da solarização do solo na população infestante de tiririca (Cyperus rotundus) e na produtividade de hortaliças submetidas a manejo orgânico. A solarização correspondeu à cobertura do solo com polietileno transparente (50 mim) por um período de 210 dias. Houve um aumento da temperatura média da camada superficial do solo (0-10 cm) da ordem de 23%, em relação ao das parcelas não-solarizadas. Após a retirada do plástico, cultivaram-se: cenoura (Daucus carota 'Brasília'), repolho (Brassica oleracea var. capitata 'Astrus'), beterraba (Beta vulgaris 'Tall Top Early Wonder') e vagem-anã (Phaseolus vulgaris 'Alessa'). Em termos gerais, a solarização reduziu em 59% a reinfestação pela tiririca. Nas parcelas solarizadas, houve significativo incremento das produtividades de cenoura (28%), vagem (32%), beterraba (37%) e repolho (34%). A fixação biológica do nitrogênio, a julgar pela nodulação da vagem, não foi afetada pela solarização, mas a população de nematóides do solo sofreu considerável redução.
Sob manejo orgânico, foram avaliados, em Seropédica, RJ, os sistemas de plantio direto da berinjela (Solanum melongena) nas palhadas de Crotalaria juncea (crotalária), Pennisetum glaucum (milheto, cv. BRS 1501) e vegetação espontânea (pousio), em comparação com o plantio convencional (aração e gradagem ou enxada rotativa). Simultaneamente, foram avaliados três tipos de cultivo: berinjela em monocultura, em consórcio com crotalária e em consórcio com caupi (Vigna unguiculata, cv. Mauá). Não houve diferença entre os sistemas de plantio direto e convencional quanto à produção comercial da berinjela. A palhada da crotalária foi mais eficiente que a do milheto e do pousio para cobertura morta do solo e conseqüentemente o controle de plantas espontâneas foi maior. O cultivo simultâneo com as leguminosas não acarretou redução da produtividade da berinjela. Em um segundo estudo, foram comparados plantio direto (palhadas de crotalária e da vegetação espontânea) e plantio convencional, combinados com doses crescentes de cama de aviário (0, 100, 200 e 400 kg ha-1 de N) aplicada em cobertura. Em termos de aporte de biomassa, a crotalária foi novamente superior à vegetação espontânea. A berinjela respondeu à adubação orgânica, com produtividade máxima de 50,6 t ha-1 , correspondendo à maior dose empregada, contra 36,9 t ha-1 referentes ao controle.
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