Resumo O avanço das forças produtivas apropriadas pelo capital, aliado ao contexto de transformação das relações socioculturais que abarcam as esferas da produção e do consumo, tem possibilitado a ascensão do fenômeno da uberização do trabalho, termo derivado da forma de organização da empresa Uber. Esse fenômeno tem sido usualmente associado aos negócios da denominada economia de compartilhamento e abre o debate acerca das especificidades das categorias estruturantes da acumulação capitalista que abarcam relações de trabalho virtualizadas. Neste artigo, buscamos lançar as bases teóricas para a defesa do seguinte argumento: a uberização do trabalho representa um modo particular de acumulação capitalista ao produzir uma nova forma de mediação da subsunção do trabalhador, o qual assume a responsabilidade pelos principais meios de produção da atividade produtiva. Partindo do aporte teórico marxiano, traçamos uma análise crítica acerca do fenômeno da uberização, que está intrinsecamente relacionado às inovadoras formas de gestão, enquanto, por outro lado, intensifica a precarização do trabalho.
O discurso da gestão da diversidade surge nas organizações de trabalho propagando a postura socialmente responsável das empresas que promovem ações de inserção de minorias sociais, apresentadas como possibilidade de superação das desigualdades sociais do capitalismo. Todavia, notamos em diversas empresas não haver nada além do cumprimento de exigências legais, como as que determinam que empresas de médio e grande porte contratem jovens aprendizes. Esses jovens, inseridos em um contexto de vulnerabilidade social, por vezes incorporam a própria ideologia hegemônica que os subjuga enquanto minorias sociais. Partindo de uma perspectiva crítica, o objetivo deste artigo é analisar a percepção de jovens aprendizes quanto à inclusão de minorias sociais nas organizações de trabalho. A partir de entrevistas semiestruturadas e posterior análise de conteúdo, pudemos constatar que ainda há um longo caminho rumo à emancipação política, econômica e social dos sujeitos marginalizados por suas diferenças sociais.
RESUMO No curso do desenvolvimento das relações de produção capitalista, o avanço tecnológico tem engendrado diferentes modos viver e produzir. Com as recentes transformações, pesquisas científicas no campo da Administração têm dado destaque sobre os modos como o consumidor tem se envolvido nas relações de produção, seja participando diretamente na coprodução dos produtos e serviços que consome, seja produzindo conteúdos criativos ou dados passíveis de serem aproveitados em prol da lucratividade de determinada empresa. Neste contexto, emergem as discussões sobre o prosumption, tratado como a união da atividade de consumo com a atividade de produção. A discussão sobre o prosumption se torna ainda mais complexa quando se leva em conta o recente movimento de expansão do comércio e da socialização mediados por plataformas digitais. Buscando ir além dos estudos predecessores que trataram do tema, analisamos o prosumption com base na teoria do valor, amparados na crítica da economia política marxiana. Expomos, assim, como as atividades do consumidor-produtor se integram à dinâmica da acumulação capitalista. Perscrutar o fenômeno prosumption nos permitiu apreender tanto o avanço do capital sobre a mercantilização das relações sociais, no qual atividades geradoras de forças naturais-sociais são transformadas em mercadorias e inseridas em processos de troca; quanto o maior potencial de exploração da classe trabalhadora, por meio da transferência de trabalhos necessários à produção e realização do valor ao consumidor.
Investigaram-se as alterações na composição orgânica do capital no setor bancário brasileiro, com foco nos processos de acumulação e centralização. Foram analisados relatórios econômico-financeiros de entidades reguladoras e de institutos de pesquisa. O exame demonstrou que o capital no setor rearticulou-se para diluir os limites à sua expansão, por meio, sobretudo, de alterações nos processos de trabalho, permitidas pela tecnologia.
Resumo O avanço das forças produtivas apropriadas pelo capital, aliado ao contexto de transformação das relações socioculturais que abarcam as esferas da produção e do consumo, tem possibilitado a ascensão do fenômeno da uberização do trabalho, termo derivado da forma de organização da empresa Uber. Esse fenômeno tem sido usualmente associado aos negócios da denominada economia de compartilhamento e abre o debate acerca das especificidades das categorias estruturantes da acumulação capitalista que abarcam relações de trabalho virtualizadas. Neste artigo, buscamos lançar as bases teóricas para a defesa do seguinte argumento: a uberização do trabalho representa um modo particular de acumulação capitalista ao produzir uma nova forma de mediação da subsunção do trabalhador, o qual assume a responsabilidade pelos principais meios de produção da atividade produtiva. Partindo do aporte teórico marxiano, traçamos uma análise crítica acerca do fenômeno da uberização, que está intrinsecamente relacionado às inovadoras formas de gestão, enquanto, por outro lado, intensifica a precarização do trabalho.
A andragogia é uma forma de ensino e aprendizagem voltada inicialmente para o público adulto e seus pressupostos são orientados a proporcionar maior autonomia e participação deste público em sua aprendizagem. Pode ser considerada uma contraposição à vertente pedagógica tradicional, a qual abrange um formato metodológico, em sua essência, aplicada a crianças, mas tem seu modelo presente em diversas instituições de ensino superior, no qual o professor tem o papel central de tomada de decisões sobre como e o quê ensinar. O presente artigo tem como objetivo analisar, a partir das percepções expostas por participantes de uma Empresa Júnior, de que forma a experiência de aprendizagem vivenciada pelos estudantes nessa organização pode se relacionar ou não com os princípios de uma aprendizagem andragógica. A partir da análise das seis entrevistas realizadas, foi constatado que a vivência na Empresa Júnior proporciona a seus membros uma maior autonomia quanto à sua aprendizagem, uma maior compreensão e aplicabilidade do curso, bem como um melhor proveito de sua bagagem de experiências particulares. Pretende-se, com este estudo, contribuir com reflexões a respeito das possibilidades de melhoria e desenvolvimento do processo formativo no ensino superior, especialmente no campo de ensino da Administração.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.