RESUMONo primeiro experimento, plantas de cafeeiro com três pares de folhas foram pulverizadas com silicato de potássio (K 2 SiO 3 ), epoxiconazole, acibenzolar-S-metil (ASM) e água destilada de duas maneiras: pulverização do 3º par de folhas, a partir do ápice, protegendo o 2º par de folhas ou pulverização de um par de folhas da lateral esquerda da planta e protegendo o par de folhas da lateral direita. Após 24 h, a face abaxial dos pares de folhas protegidos foi inoculada com Hemileia vastatrix. No segundo experimento, o 3º par de folhas de plantas, a partir do ápice, foi pulverizado com K 2 SiO 3 , ASM e água destilada protegendo o 2º par de folhas. Aos 1, 5, 15, 25 e 35 dias após aplicação dos produtos, a face abaxial do 2º (proteção sistêmica) e do 3º par de folhas (proteção local) de oito plantas de cada tratamento foram inoculadas com H. vastatrix. O K 2 SiO 3 pulverizado no 3º par de folhas ou em um par de folhas da lateral esquerda foi ineficiente em aumentar a concentração de silício e reduzir a intensidade da esporulação (IE), o número total de pústulas (NTP) por folha e a severidade da ferrugem no 2º par de folhas ou no par de folhas da lateral direita, ao contrário do epoxiconazole e do ASM, os quais apresentaram sistemicidade na planta. A pulverização do K 2 SiO 3 no 3º par de folhas também não garantiu, devido a sua natureza não sistêmica, redução da IE, do NTP e da severidade da ferrugem comparado com a proteção local. Os resultados desse trabalho apontam para a possibilidade de se utilizar a pulverização com silicato de potássio para reduzir a intensidade da ferrugem do cafeeiro preventivamente. Palavras-chave: Coffea arabica, Hemileia vastatrix, nutrição mineral. ABSTRACT Local protection, not systemic, of potassium silicate to decrease coffee leaf rust symptomsIn the first experiment, coffee plants with three pairs of leaves were sprayed with potassium silicate (K 2 SiO 3 ), epoxiconazole, acibenzolar-S-methyl (ASM), and distilled water in two different ways: spraying the 3 rd pair of leaves from the apex and protecting the 2 nd pair of leaves or spraying the two pair of leaves on the left side of the plant and protecting the pair of leaves on the right side. After 24 h, the abaxial surface of the protected pair of leaves was inoculated with Hemileia vastatrix. In the second experiment, the 3 rd pair of leaves from the apex was sprayed with K 2 SiO 3 , ASM, and distilled water and the 2 nd pair of leaves was protected. At 1, 5, 15, 25, and 35 days after products application, the abaxial surface of 2 nd (systemic protection) and the 3 rd pair of leaves (local protection) of eight plants per treatment were inoculated with H. vastatrix. The K 2 SiO 3 spray on the 3 rd pair of leaves or on the pair of leaves on the left side was ineffective in increasing silicon concentration and also decreasing the intensity of sporulation (IE), the total number of pustules (TNP) per leaf, and rust severity on the 2 nd pair of leaves or in the pair of leaves on the right side, unlike the epoxiconazole and the ASM...
Strawberry post-harvest losses caused by Rhizopus stolonifer (RS) is one of the main problems affecting strawberry production in Brazil. The objective of this study was to evaluate the potential of a commercial product based on Ascophyllum nodosum (AN) seaweed extract in the inhibition of the pathogen growth and disease development in strawberries. The commercial product was tested in vitro to evaluate the influence of the seaweed extract on the mycelial growth of the pathogen. Potato-dextrose-agar (PDA) medium received different concentrations of the seaweed extract. After 24h, a disk of RS was transferred to the PDA plates containing seaweed extract. Organic strawberries were immersed for 5 minutes in a solution of the AN seaweed extract in the concentration of 40 mL.L-1. After 24h the strawberries were inoculated by mycelial disk and incubated for 72h at 25 o C. The fruits were then evaluated for disease incidence. The commercial product reduced fungal growth at the 5 mL.L-1 concentration and completely inhibited fungal incidence at 40 mL.L-. The A. nodosum seaweed extract at 40 mL L-1 was able to reduce 22.3% of soft rot incidence of strawberries in post-harvest in fruits inoculated by mycelial disks of the phytopathogen without change in humidity and at 25ºC. The results of this study suggest that AN has a potential to be used in the management of soft rot and increase the shelf life of strawberries in post-harvest.
Green mold, caused by the fungus Penicillium digitatum, is the primary issue in the post-harvest phase of oranges that causes significant losses. Consequently, the objective of this work was to evaluate the effects of alternative products in the management of green mold in postharvest oranges. Four in vitro experiments were conducted. Three assessed the effects of different concentrations of each alternative product (potassium phosphite, Ascophyllum nodosum extract, and organomineral fertilizer) on the production of fresh mycelial weight of P. digitatum; and a fourth evaluated the effects of alternative products compared to that of the conventional product (benzimidazole fungicide). Subsequently, ‘Valencia’ oranges were subjected to the treatments, which consisted of distilled water (inoculated and non-inoculated control), potassium phosphite, A. nodosum extract, organomineral fertilizer, and benzimidazole fungicide. The fruits were inoculated with P. digitatum and evaluated daily for the incidence and severity of green mold over seven days. Furthermore, the effects of the treatments on the physicochemical quality of fruits were evaluated for the following attributes: skin and pulp color, firmness of the pulp, pH, titratable acidity (TA), soluble solids (SS), and the SS/TA ratio. Potassium phosphite and A. nodosum extract inhibited the in vitro development of P. digitatum. The alternative products reduced the incidence and severity of green mold on oranges without compromising the physicochemical quality of the fruit. Therefore, the evaluated products can be used in the postharvest treatment of oranges and are considered promising alternatives for the management of green mold.
RESUMODoenças de pós-colheita podem trazer importantes prejuízos, pois causam deterioração do produto e inviabilizam a comercialização do mesmo, devido à redução da qualidade dos frutos. No mamão, essas perdas podem ocorrer principalmente durante o armazenamento. Dentre essas doenças, podemos citar podridões causadas por fungos do gênero Colletotrichum, Lasiodiplodia, Fusarium, Phoma, Rhizopus, entre outros. Desse modo, para o manejo dessas doenças em pós-colheita, muitos agrotóxicos são utilizados de maneira indiscriminada e podem causar problemas de toxicidade aos consumidores e ao meio ambiente, além da pouca quantidade de produtos registrados disponíveis no mercado. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito direto de produtos alternativos sobre o crescimento micelial de C. gloeosporioides e verificar o potencial desses produtos como ferramentas para o manejo das doenças de pós-colheita em frutos de mamoeiro. Para o experimento in vitro, foram adicionados produtos comerciais à base de extrato de alga Ascophyllum nodosum nas concentrações de 0; 20; 40; 60 e 80 mL.L -1 , fosfito de potássio nas concentrações de 0; 0,5; 1,0; 2,0 e 5,0 mL.L -1 e fertilizante organomineral nas concentrações de 0; 1,5; 3,0; 6,0 e 12,0 mL.L -1 , separadamente, em meio de cultura (batata-dextrose-ágar) e avaliou-se o crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides, causador da antracnose. No experimento in vivo os frutos foram imersos em solução contendo produtos alternativos à base de extrato de alga a 80 mL.L -1 , fosfito de potássio a 50 mL.L -1 e fertilizante organomineral a 3 mL.L -1 . Posteriormente, os frutos foram submetidos à câmara úmida por 48 horas e as avaliações se sucederam a cada 24 horas por oito dias. Além disso, realizou-se análises físico-químicas dos frutos após os tratamentos com os produtos alternativos, em relação aos seguintes parâmetros: coloração da casca, firmeza da polpa, pH, acidez titulável e sólidos solúveis. Os produtos comerciais à base de fosfito de potássio e fertilizante organomineral inibiram o crescimento micelial do C. gloeosporioides, enquanto que o produto à base de extrato de alga não foi capaz de reduzir o crescimento do patógeno nas dosagens testadas. A incidência das doenças em pós-colheita foi reduzida nos frutos tratados com os produtos alternativos no terceiro e quarto dia de avaliação e nos demais não houve diferença significativa. Os tratamentos utilizados foram eficientes para a redução da severidade das doenças de pós-colheita ao longo dos dias de avaliação. Quanto aos atributos físico-químicos, não houve diferença significativa entre os tratamentos indicando o potencial desses produtos para o manejo de doenças em pós-colheita de frutos de mamoeiro. Palavras-chave:Biofertilizante, Fitopatologia, Segurança de Alimentos. ABSTRACTPost-harvest diseases can cause important losses because they cause product deterioration and make commercialization of the product impossible due to the reduction in fruit quality. In papaya, these losses can occur mainly during th...
A faia (Fagus sylvatica) é uma das principais espécies das florestas na Europa e um dos principais entraves no cultivo dessa espécie é a ocorrência de doença causada por Phytophthora plurivora. Trabalhos apontam os fosfitos como boa alternativa para o controle de doenças causadas por oomicetos, entretanto, os mecanismos de ação ainda estão sendo estudados. O objetivo do trabalho foi avaliar o produto comercial à base de fosfito de potássio, Phytogard® no controle da doença causada por P. plurivora em faia, bem como avaliar os possíveis modos de ação do produto no patógeno. Foram utilizadas mudas de faia aspergidas com diferentes concentrações de Phytogard® e, posteriormente, inoculadas com o patógeno. Foram avaliados a incidência da doença, o consumo de água e a quantidade de DNA do patógeno nos tecidos das raízes do hospedeiro. Nos experimentos in vitro, foi determinado o crescimento micelial, produção de massa fresca de micélio e de zoósporos expostos ao Phytogard®. Avaliou-se também a perda de eletrólitos, peroxidação de lipídios e a atividade da enzima β-1,3-glucanase do micélio. A morfologia das hifas tratadas ou não com o Phytogard® foram observadas em microscópio eletrônico de varredura. O Phytogard®, em todas as concentrações aplicadas controla de maneira preventiva a doença causada por P. plurivora e também inibe o crescimento micelial e a produção de zoósporos. Além disso, modifica a morfologia das hifas, atua na permeabilidade de membrana e na síntese de parede celular do micélio do patógeno.
Anthracnose is an important plant disease and is the main disease affecting guava (Psidium guajava) post-harvest, leading to economic losses and limiting fruit export. Because of the indiscriminate use of fungicides, along with environmental and food safety concerns, alternative methods of disease control are warranted. The yeast Saccharomyces cerevisiae produces a mixture of volatile organic compounds (VOCs) that show in vitro antimicrobial activity against various phytopathogens, with the compounds 3-methyl-1-butanol (3M1B) and 2-methyl-1-butanol (2M1B) being primarily responsible for this activity. Considering the potential of using VOCs for controlling post-harvest anthracnose, this study aimed to evaluate the in vitro effect of 3M1B and 2M1B on the development of Colletotrichum gloeosporioides and C. acutatum, the causal agents of the disease in guava, and to elucidate the possible modes of action of these antimicrobials. The mycelial growth of the plant pathogens was inhibited similarly by 3M1B and 2M1B, and complete inhibition occurred at doses ≥1 μLmL -1 of air. Exposure of fungi to the VOCs increased the peroxidation levels of membrane lipids, indicating the occurrence of oxidative stress, in addition to increasing the non-selective permeability of the plasma membrane. Therefore, both 3M1B and 2M1B show potential to control C. gloeosporioides and C. acutatum.
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito direto do Phytogard®, produto à base de fosfito de potássio, sobre o desenvolvimento de Phytophthora nicotianae e verificar possíveis mecanismos de ação desse produto sobre o patógeno. O micélio do patógeno foi exposto a concentrações crescentes de Phytogard® sendo avaliado o crescimento micelial, produção de massa fresca de micélio e produção de zoósporos. Quanto aos possíveis mecanismos de ação do Phytogard® sobre P. nicotianae, avaliou-se a morfologia das hifas, perda de eletrólitos, peroxidação de lipídios, síntese de proteínas e atividade da enzima β-1,3-glucanase. O micélio do patógeno foi inibido à medida que se aumentou a concentração de fosfito. A produção de zoósporos foi reduzida a partir da menor concentração de Phytogard® utilizada. Houve mudanças morfológicas nas hifas do patógeno e a perda de eletrólitos foi crescente à medida que se aumentou a concentração do produto e ao longo do tempo. Não houve diferença entre os tratamentos nas análises de peroxidação de lipídios e proteínas totais. Houve decréscimo na atividade da enzima β-1,3-glucanase à medida que as concentrações de Phytogard® aumentaram. Conclui-se que o Phytogard® inibe o crescimento micelial, a produção de massa fresca de micélio e de zoósporos de P. nicotianae. Além disso, o produto diminui a espessura das hifas e aumenta o número de ramificações atrofiadas, além de prejudicar a permeabilidade da membrana plasmática e a síntese de parede celular do patógeno.
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