ARTIGO ORIGINALRESUMO | Introdução: Doença ocupacional envolvendo o sistema imunológico é considerada doença alérgica ocupacional (DAO). Das doenças ocupacionais, 15% são alérgicas. As consequências sociais do diagnóstico de DAO são importantes para o trabalhador e empregador. Objetivos: Descrever características demográficas e clínicas dos pacientes estudados com DAO e seus desfechos sociais. Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo dos prontuários de pacientes do ambulatório de alergia ocupacional de hospital universitário em São Paulo, com diagnóstico de DAO. Resultados: 72 pacientes apresentaram DAO, com idades entre 21 e 89 anos; 52% do sexo masculino. Antecedentes atópicos foram descritos em 35% dos pacientes. A maioria dos pacientes trabalhava nas áreas de indústria química (17%), limpeza (15%), construção civil (11%) e saúde (8%). Rinite ocupacional foi vista em 26% dos pacientes; asma relacionada ao trabalho, em 18%; asma e rinite, em 25%; dermatite de contato alérgica, em 13%. Sobre o desfecho social, 36 (50%) mantiveram-se em seus cargos, 19 (26%) mudaram de função, 7 (10%) mudaram de área, 7 (10%) foram afastados e 3 (4%) se aposentaram. Conclusões: Na casuística estudada, a DAO prevaleceu no sexo masculino, em faixa etária condizente com faixa trabalhadora; com maior número de casos de rinite ocupacional. Metade dos pacientes continuou exercendo a mesma função mesmo após o diagnóstico. Palavras-chave | alergia e imunologia; asma ocupacional; rinite alérgica; dermatite ocupacional. ABSTRACT | Background:Occupational diseases involving the immune system are considered as occupational allergic diseases (OAD); 15% of occupational diseases are allergic. The social consequences of OAD are significant for both workers and employers. Objectives: To describe demographic and clinical characteristics of patients with OAD and their social outcomes. Methods: Descriptive and retrospective study of the medical records of patients diagnosed with OAD and cared at the occupational allergy clinic of a university hospital in São Paulo, Brazil. Results: A total of 72 patients exhibited OAD, with age from 21 to 89 years old; 52% were male. Atopic antecedents were described for 35% of patients. Most patients worked in the chemical industry (17%), cleaning (15%), construction (11%) and health (8%). Occupational rhinitis was found in 26% of the patients, work-related asthma in 18%, asthma and rhinitis in 25%, and allergic contact dermatitis in 13%. In regard to the social outcomes, 36 (50%) remained in their job, 19 (26%) changed function, 7 (10%) changed work area, 7 (10%) were fired and 3 (4%) retired. Conclusions: In the present study, OAD prevailed in males and the economically active age; cases of occupational rhinitis were the most frequent. Half of the employees remained in the same function even after diagnosis.
Background Cleaning workers represent a significant proportion of the active population worldwide, with poor remuneration, particularly in developing countries. Despite this, they remain a relatively poorly studied occupational group. They are constantly exposed to agents that can cause symptoms and respiratory problems. This study aimed to evaluate upper airway inflammation in professional cleaning workers in three different occupational settings by comparing nasal cytology inflammation and clinical profiles. Methods We performed a cross-sectional study on the prevalence of upper airway inflammation and symptoms of asthma/rhinitis related to cleaning work, according to workplace. A total of 167 participants were divided into four groups: hospital, university, housekeeper and control. A nasal swab was collected for upper airway inflammation evaluation. Clinical profiles and respiratory symptom employee evaluations were performed using specific questionnaires (European Community Respiratory Health Survey—ECRS and the International Study of Asthma and Allergies in Childhood—ISAAC). Results Cleaning workers showed increased neutrophils and lymphocytes; the hospital and university groups showed increased macrophages compared to the housekeeper and control groups. The hospital and housekeeper groups showed increased eosinophils when they performed cleaning services for up to one year and reported having more asthma symptoms than the control group. Cleaning workers showed increased rhinitis symptoms. The university group showed increased rhinitis symptoms aggravated by the workplace compared with the hospital and housekeeper groups. Cleaning workers showed an increased affirmative response when directly asked about rhinitis symptoms compared to the control group. Conclusions Cleaning workers showed airway inflammation, asthma symptoms and rhinitis, regardless of the occupational environment to which they were exposed, as well as showed increased rhinitis and asthma symptoms. Hospital cleaning workers showed increased macrophages, lymphocytes and eosinophils compared to the others. The length of time spent performing cleaning work was not related to nasal inflammation or respiratory symptoms in this population. However, there were differences in workplaces. Registered on ClinicalTrials.gov. Trial registration number: NCT03311048. Registration date: 10.16.2017. Retrospectively registered.
A monitoria consiste em uma atividade extracurricular que visa despertar o interesse de discentes pela prática da docência e pesquisa científica. Nesse sentido, o presente artigo consiste em um relato de experiência da monitoria de uma disciplina eletiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, frente aos obstáculos criados pelo cenário pandêmico devido à disseminação do novo coronavírus. O propósito deste relato, além de compartilhar a vivência dos monitores, é retratar a relevância da monitoria da disciplina de Alergia e Imunologia Clínica para a formação acadêmica dos estudantes de medicina, mesmo em face de um contexto de aulas remotas. As atividades de monitoria ocorreram durante o segundo semestre de 2020 e o primeiro semestre de 2021, por meio de atividades síncronas e assíncronas em ambientes virtuais. Nessa perspectiva, ainda que de forma não tradicional da qual costumava ser desenvolvida, a monitoria foi capaz de promover a cooperação entre discentes e docentes, estimulando o compartilhamento e a troca de conhecimentos, além de ter permitido a superação de situações de adversidades, o aprimoramento e adaptação das estratégias de ensino para o formato digital e o aprendizado na graduação, especificamente na área da alergia e imunologia clínica.
Este estudo teve por objetivo descrever a assistência e caracterizar a evolução clínica de gemelares prematuros com risco de infecção congênita, nascidos de mãe infectada pelo SARS-CoV-2 e com quadro clínico de COVID-19. Trata-se de um relato de experiência descrito a partir de registros dos prontuários dos gemelares e de sua genitora. Gemelares prematuros, idade gestacional 28 semanas e três dias, ambos do sexo masculino. O gemelar I pesou 1050 gramas e o II, 698 gramas. Às 36h de vida foi realizada coleta por meio de swab de oro e nasofaringe, de ambos, para pesquisa de RT-PCR para SARS-CoV-2, positiva nos dois. O gemelar I faleceu com 48h de vida e o II ficou interno por mais de 2 meses na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Não houve contato da genitora com os gemelares no momento do nascimento até o décimo quinto dia de vida do gemelar II, também não houve aleitamento materno nesse período. Nova pesquisa de RT-PCR para SARS-CoV-2 e teste rápido realizado no décimo quinto dia de vida foram negativos. É preocupante a possibilidade de transmissão de mãe para filho e as consequências que esse vírus pode causar no feto. Todavia, existem vários relatos que sugerem um baixo potencial dessa transmissão, no entanto essa possibilidade não pode ser descartada e deve estar assegurada por uma assistência adequada com equipe treinada e tomado todos os cuidados de transmissão após o nascimento.
No abstract
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