Resumo A integração entre a agricultura familiar e a alimentação escolar têm o potencial de melhorar a variedade dos cardápios escolares aproximando produção e consumo de alimentos. Este estudo caracterizou os municípios brasileiros quanto à compra de alimentos da agricultura familiar pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar. Trata-se de estudo transversal realizado por meio de questionário eletrônico enviado aos 5.565 municípios do país. Participaram da pesquisa 93,2% dos municípios (n = 5.184). Destes, 78,5% adquiriram alimentos da agricultura familiar, destacando-se a região Sul, com a maior frequência de municípios realizando a compra (95,5%), e a região Centro-Oeste com a menor (67,9%). Os municípios de grande porte, com gestão da alimentação escolar do tipo mista, descentralizada ou terceirizada e sem nutricionista como responsável técnico, apresentaram menor frequência de compra de alimentos da agricultura familiar. Conclui-se que, apesar da ampla efetivação da aquisição de alimentos da agricultura familiar pelo programa em todo país, 50% dos municípios não investiram o mínimo exigido em lei, demandando ações educativas e de assistência técnica direcionadas para o cumprimento da legislação, em especial nos estados e regiões que apresentaram maiores dificuldades.
Objetivos Refletir sobre o planejamento dos cardápios do Programa Nacional de Alimentação Escolar, e apresentar o procedimento em Florianópolis (SC) e Belém (PA). MÉTODOS: Estudo transversal realizado por entrevistas com nutricionistas do Programa Nacional de Alimentação Escolar e análise de cardápios de 2010 da rede municipal de ensino fundamental. Utilizou-se como referência a Resolução nº38/2009, expedida pelo gestor federal do programa. RESULTADOS: Em Belém, encontraram-se cardápios padronizados para as escolas e baixa oferta de frutas/hortaliças; em Florianópolis, cardápios elaborados segundo critérios da gestão, conforme as particularidades das escolas, com maior oferta de frutas/hortaliças. Nas duas capitais, a utilização de alimentos regionais mostrou-se pequena, com ausência de compra direta de agricultores familiares. CONCLUSÃO: Observaram-se muitas peculiaridades nas capitais, refletindo a diversidade na execução do programa após a municipalização. Apontam-se a necessidade de maior inclusão de alimentos regionais nos cardápios e a efetivação de instrumentos legais que viabilizem a entrada dos pequenos produtores locais no mercado.
RESUMO O aumento do sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes são fatores de grande preocupação global. As escolas são ambientes favoráveis para prevenção do excesso de peso pelo estímulo ao consumo de alimentos saudáveis e à prática de atividade física. Esse trabalho objetivou verificar o estado nutricional de alunos da rede pública de João Pessoa, PB, Brasil, e divulgar os benefícios do exercício físico e da alimentação saudável por meio de atividades lúdicas e da discussão de temas relacionados às pirâmides alimentar e de atividade física. A análise do estado nutricional demonstrou que a maioria dos escolares avaliados apresentou estatura/idade (95,3%) e peso/idade ou índice de massa corporal/idade adequados (70,9%). Entretanto, aproximadamente 25% dos escolares apresentaram excesso de peso. Foi também observado que eles não conheciam os aspectos de proporcionalidade no consumo dos alimentos e nem a necessidade de diversificação dos exercícios físicos, embora os praticassem rotineiramente. As atividades lúdicas com a apresentação das pirâmides alimentar e de exercícios físicos, desenvolvidas durante o projeto de extensão, ressaltaram os benefícios da alimentação equilibrada associada à pratica regular e diversificada de exercícios físicos, necessários à manutenção de uma vida saudável e à prevenção de doenças. Palavras-chave: Escolares. Obesidade. Alimentação saudável. Atividade física. Ações lúdicas. ABSTRACT The increased incidence of overweight and obesity in children and adolescents is a matter of concern worldwide. Schools are a favorable environment to help preventing overweight by encouraging the consumption of healthy food and the practice of physical activity. This
Pesquisa avaliativa sobre a gestão municipal do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) nos dez maiores municípios de Santa Catarina, Brasil. A matriz de indicadores contempla duas dimensões: político-organizacional (DPO), com as subdimensões recursos, atuação intersetorial e controle social; e técnico-operacional (DTO), com as subdimensões eficácia alimentar e nutricional, monitoramento alimentar e nutricional, e atuação pedagógica para a alimentação saudável. Foram elencados 22 indicadores e os dados foram coletados por meio de entrevistas com nutricionistas do PNAE. A DPO resultou em 60% dos casos regulares e 40% ruins, e a DTO obteve 90% dos casos ruins, consequência do baixo desempenho no monitoramento e na atuação pedagógica. Embora os casos avaliados tenham resultados pouco satisfatórios, a avaliação oferece dados importantes sobre a gestão do PNAE. Ressalta-se a importância de avaliações com esse caráter como possibilidade de alertar os gestores para a revisão e qualificação das ações.
Apresenta-se uma proposta de modelo para avaliar a gestão municipal do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), verificando sua aplicabilidade nos dez municípios de Santa Catarina, Brasil, com mais de 100 mil habitantes. A construção do modelo ocorreu mediante oficinas com especialistas e sua adequação foi realizada por meio do método Delphi, com a participação de 14 colaboradores. O modelo contemplou duas dimensões da gestão municipal: a dimensão político-organizacional, organizada nas subdimensões recursos, atuação intersetorial e controle social, e a dimensão técnico-operacional, que contempla as subdimensões eficácia alimentar e nutricional, monitoramento alimentar e nutricional e atuação pedagógica para a alimentação saudável. No total foram elencados 22 indicadores, coletados por meio de entrevistas com os nutricionistas responsáveis pelo PNAE. Na aplicabilidade os indicadores mostraram-se viáveis para contemplar as atribuições de responsabilidade municipal, devendo o modelo ser futuramente empregado para qualificar a atuação da gestão do PNAE.
ObjetivoRealizar um diagnóstico da existência das cantinas em Florianópolis, verificando os alimentos e bebidas comercializados, após a instituição da Lei Estadual de Regulamentação das Cantinas.
MétodosQuestionário estruturado foi aplicado por telefone com os diretores ou responsáveis pelas cantinas do universo de escolas de ensino fundamental das redes municipal, estadual e particular de Florianópolis. Os dados foram processados e analisados utilizando-se o software SPSS versão 10.0.
ResultadosDas 117 instituições do município em 2006, 89,7% aceitaram participar. Dessas, 53,3% possuem cantina, sendo 31 particulares, 22 estaduais e apenas 3 municipais. Os principais motivos referidos para a ausência de cantinas nas escolas públicas consistiram na existência do Programa de Alimentação Escolar e nas exigências para sua adequação à Lei. Dentre os alimentos proibidos pela Lei, salienta-se que os salgados fritos e industrializados não são mais comercializados pelas escolas, e a maioria não comercializa mais refrigerantes (98,2%) e pipocas industrializadas (92,9%). Ressalta-se, também, que os sucos naturais e os salgados assados são comercializados por 75,0% e 98,2% das escolas, respectivamente. Por outro lado, 60,7% das escolas 1 Apoio: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Processo: 402334/2005-1).
Resumo O objetivo deste estudo é avaliar os Conselhos Municipais de Alimentação Escolar (CAE) no Estado de Santa Catarina. Investigação transversal em amostra de municípios catarinenses (n = 152; 52%
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