Este artigo busca apresentar e discutir as principais dificuldades dos professores de Sociologia do Ensino Médio na ministração dessa disciplina. Parte-se do pressuposto de ser necessário, ao estudar o ensino de sociologia, considerar as deficiências gerais formativas do professor, a falta de tradição da disciplina – por conta de sua recém reintrodução -, a insipiente produção de recursos didáticos, as condições estruturais e cotidianas do trabalho docente. Por isso, o presente artigo apresenta uma breve contextualização geral para, em seguida, analisar as especificidades do ensino de Sociologia no estado de Alagoas. Trata-se de uma pesquisa cujos dados foram obtidos por meio de um questionário online aplicado a 104 professores de Sociologia do Ensino Básico atuantes no estado de Alagoas. Dentre os resultados encontrados destacamos a maior insegurança em ministrar aulas que abordem as contribuições dos clássicos da Sociologia (Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber) para a compreensão dos fenômenos sociais contemporâneos. Somado a essa situação, os professores apontam dificuldades de acesso a recursos didáticos relacionados a tais conteúdos. Identificamos, ainda, que essas dificuldades estão conexas às deficiências formativas, as condições de trabalho e ao contexto mais amplo que se insere o ensino de Sociologia.
Resumo: Esse paper caracteriza-se como um relato de experiência docente, tratando-se de uma descrição de prática pedagógica cujo objetivo foi aproximar os habitus dos educandos e do docente a fim de promover um ensino-aprendizado mais significativo. A prática apresentada foi, em 2013, vencedora do Prêmio Professores do Brasil na categoria "Educação Digital articulada ao desenvolvimento do currículo". Busca-se descrever como se deu o planejamento e execução de uma proposta de uso de podcast em aulas de Sociologia, a qual fundamentou-se sob uma perspectiva teórica da Sociologia Culturalista, sobretudo a partir das colaborações de Pierre Bourdieu. Tal prática apresentou resultados satisfatórios, destacando que o podcast pode vir a ser uma ferramenta de aproximação de habitus.
ResumoO Recrutamento e Seleção (R&S) de Pessoas com Deficiência (PCD's) é uma tarefa importante da área de Recursos Humanos (RH), exigindo conhecimento, destreza e sensibilidade. Apesar de esforços, é comum as equipes de RH encontrarem dificuldades no processo de contratação de PCD's, sobretudo relacionado ao preconceito. Nesse contexto, o presente estudo tem por objetivo averiguar a percepção dos profissionais de RH que atuam no processo R&S de PCD's quanto ao processo de inclusão social destes, assim como ao conhecimento desses profissionais quanto a legislação brasileira vigente, bem como a percepção de profissionais que fiscalizam suas inclusões e apoiadores de PCD's no mercado de trabalho. Para atender tal objetivo foram realizadas entrevistas a profissionais que atuam com R&S, fiscalizadores, e apoiadores desse da permanência desses profissionais no mercado de trabalho e analisadas à luz da legislação brasileira. Identificou-se que, os profissionais entrevistados estão consideravelmente conscientes da legislação vigente, da importância da inclusão social destes profissionais no mercado de trabalho e parecem estar dispostos a contribuir com esse processo.
http://dx.doi.org/10.5007/1980-3532.2015n13p30Neste artigo são analisados e discutidos conteúdos abordados no âmbito do ensino de Sociologia no contexto de uma escola normalista rural da década de 1930. Tal discussão corrobora no sentido de desvendar aspectos e disputas ideológicas que envolveram o ensino de Sociologia nesse período de inclusão obrigatória no ensino brasileiro. Para tal empreitada adotamos a análise documental, mais especificadamente de provas escolares aplicadas em 10 de agosto de 1935 na Escola Normal Municipal de Alegre, que se localizava no interior do Espírito Santo. Identificamos que há, no ensino de Sociologia, elementos que indicam que nesse período sua prática esteve marcada pela presença de fundamentos religiosos e que a “Sociologia pré-acadêmica” convergia-se no ensino de uma “Sociologia pré-científica” ou “Cristã”.
Este paper tem por objetivo discutir algumas das potencialidades de práticas do Orçamento Participativo (doravante OP), bem como os riscos existentes se posto em prática de forma mal sucedida. Adotamos a revisão de literatura, especialmente as contribui- ções de autores que se dedicaram ao tema, tais como, Marquetti, Campos, Pires, Avritzer, Navarro, Ribeiro e Grazia. Destacamos que seus possíveis benefícios não se restringem apenas à sociedade civil, mas também ao poder público e suas limitações estão diretamente relacionadas às questões políticas e técnicas que envolve a efetivação de sua prática.
Busca-se neste artigo, por meio de um estudo de caso, discutir o papel da identidade fundamentada na memória como luta de resistência à desapropriação de terras. O marco teórico deste trabalho está fundado nas contribuições de Erving Goffman (1978), Stuart Hall (2003), Zygmunt Bauman (2006) e Anthony Giddens (2002), em torno do conceito de identidade e de Peter Burke (2000) em relação à memória. Apontamos que, frente a pós-modernidade caracterizada pela liquidez, a identidade coletiva resgatada por meio da memória pode ser uma arma de resistência e afirmação identitária, principalmente tratando-se de grupos étnicos que possuem respaldo constitucional específico, como os índios.
<p class="Normal1">O artigo evidencia os processos de reintrodução da Sociologia como disciplina obrigatória no ensino médio e de ofertas de cursos de Ciências Sociais no Brasil, observando correlações entre ambos e problematizando possíveis implicações. Para tanto, recorreu-se aos dados do Censo Escolar e do site <em>e</em>-MEC quanto aos cursos de Ciências Sociais e Sociologia, e a documentos estaduais. As evidências indicam que: i) a presença desses possibilitou a existência de militância pelo retorno da disciplina; ii) a reintrodução da Sociologia no ensino médio foi um processo que se deu nos estados da federação antes da Lei Federal nº. 11.684 de 2008, sendo resultado de um cenário de maiores oportunidades políticas à promoção de ações coletivas que envolveram diversos agentes e instituições.</p>
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