(OR = 0.23;, time spent from home to the hospital ≥ 30 minutes (OR = 3.12; (OR = 14.75; prematurity (OR = 3.41; IntroduçãoA partir da década de 90, em virtude da redução do componente pós-neonatal da mortalidade infantil, aumentou o peso relativo às mortes ocorridas no período neonatal. Na segunda metade da década de 90, a taxa de mortalidade neonatal, em torno de 20 óbitos por mil nascidos vivos, passou a representar mais de 60% da mortalidade infantil 1,2,3 . Percebeu-se uma maior concentração desses óbitos nos primeiros dias de vida, refletindo a relação entre a assistência de saúde prestada à gestante nos períodos pré-parto e parto como também ao recém-nascido imediatamente após o nascimento na sala de parto e nas unidades neonatais 1,4 .Em relação à mortalidade neonatal precoce em crianças com peso inferior a 2.000g, apresenta valores 10 a 20 vezes maiores em estudos brasileiros, quando comparada a países desenvolvidos como a Inglaterra. Esses dados indicam uma maior dificuldade de acesso a leitos de berçários de risco ou tratamento intensivo neonatal, ou mesmo a insatisfatória qualidade da assistên-cia 1 . Vários estudos descreveram os determinantes associados à morte neonatal precoce, como prematuridade, baixo peso ao nascer e intercorrências na gestação e parto, porém estes fatores se articulam de forma complexa, sendo influenciados pelas características biológicas materna e do recém-nascido, condições sociais e da atenção ofertada pelos serviços de saúde 5,6,7,8,9 .ARTIGO ARTICLE Nascimento RM et al.
Este estudo pretendeu determinar os fatores associados à mortalidade intra-hospitalar, utilizando como variáveis explicativas as características individuais da mãe, da assistência ao pré-natal, parto e período neonatal e dos recém-nascidos internados em Unidades Neonatais de Alto Risco (UTIN) integrantes da Rede Norte-Nordeste de Saúde Perinatal no Nordeste do Brasil. Foi realizado estudo longitudinal, multicêntrico de base hospitalar. A população do estudo compreendeu 3.623 nascidos vivos internados em 34 UTIN. Após o ajuste para os três níveis hierárquicos do modelo de determinação do óbito em UTIN até o 27 o dia de vida, associaram-se: tipo de parto – cesariana (OR = 0,72; IC95%: 0,56-0,95); não uso de corticoide antenatal (OR = 1,51; IC95%: 1,01-2,25); pré-eclâmpsia (OR = 0,73; IC95%: 0,56-0,95); oligodramnia (OR = 1,57; IC95%: 1,17-2,10); peso ao nascer < 2.500g (OR = 1,40; IC95%: 1,03-1,90); escore de Apgar 5 o minuto < 7 (OR = 2,63; IC95%: 2,21-3,14); uso de tubo endotraqueal (OR = 1,95; IC95%: 1,31-2,91); não uso de surfactante (OR = 0,54; IC95%: 0,43-0,69). O óbito em UTIN é determinado pelas condições assistenciais à gestação, parto e recém-nato.
OBJETIVO: Analisar fatores de risco para a morte de crianças menores de um ano de idade, do município de Maracanaú, Estado do Ceará, entre os anos de 2000 e 2002, através de linkage das informações do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e Sistema de Informação sobre Mortalidade. MÉTODOS: Coorte retrospectiva de 11.127 nascimentos vivos com declaração de nascido vivo preenchida, ocorridos entre 01/01/2000 e 31/12/2002 e 119 óbitos infantis relacionados a essa coorte de nascidos vivos, com declaração de óbito ou instrumento de investigação de óbito infantil preenchidos, ocorridos entre 01/01/2000 e 31/12/2003. Os fatores de risco para a mortalidade infantil foram estimados utilizando-se as análises bivariada e multivariada através da regressão logística. RESULTADOS: Foram encontradas odds ratio (OR) estatisticamente significativas para nascidos vivos com baixo peso ao nascer (OR=3,16; IC95% 1,58-6,35), nascidos vivos prematuros (OR=2,70 ; IC95% 1,25-5,86), nascidos vivos de mães com consultas pré-natal igual ou menores a 6 (OR=2,05; IC95% 1,15-3,64) e nascidos vivos cujo escore de Apgar no primeiro (OR=4,40 IC95% 2,48-7,81) e quinto (OR=5,5; IC95% 2,75-11,20) minutos de vida foram inferiores a sete. CONCLUSÕES: Esse estudo possibilitou o uso das bases de dados de nascimentos e óbitos, sugerindo a vigilância contínua e oferta de assistência adequada ao subgrupo de recém-nascidos com maior risco de morte e a garantia de assistência pré-natal de qualidade.
O objetivo foi analisar a qualidade dos Sistemas de Informações Sobre Nascidos Vivos (SINASC) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), a partir da aplicação do procedimento linkage. Foram utilizados o SINASC contendo 11.182 Declarações de Nascidos Vivos (DNV) entre 1º de janeiro de 2000 e 31 de dezembro de 2002, o SIM com 233 Declarações de Óbitos (DO) de menores de 1 ano entre 1º de janeiro de 2000 e 31 de dezembro de 2003, 207 óbitos das investigações de óbitos infantis e 17 DNV anexadas às investigações de óbitos infantis. Cada DO foi emparelhada com DNV por revisão manual. Dos 11.182 nascimentos do SINASC foram eliminadas 69 DNV duplicadas e 3 sem nome da mãe. Dos 211 óbitos do SIM/investigações de óbitos infantis foram localizadas: 25 DNV (35,2% dos óbitos), 33 DNV (55,9%), 57 DNV (75%) e 4 DNV (80% dos óbitos). Para 92 DO (43,6% de 211 óbitos) não foi possível o emparelhamento por não existir DNV. As investigações de óbitos infantis foi fonte complementar de 53 DO e 17 DNV. O estudo proporcionou a avaliação sobre a qualidade dos dados, identificação de falhas, favorecendo a confiabilidade dos registros.
Objetivou-se avaliar as competências familiares relacionadas à prevenção e ao tratamento das doenças nas crianças de até seis anos de idade cadastradas em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde da Estratégia Saúde da Família de Fortaleza-CE. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo. Os dados foram coletados nos meses de fevereiro a maio de 2017, envolvendo uma amostra de 217 famílias. Os resultados demonstraram que 98,2% das crianças estão com o calendário vacinal básico atualizado. Identificou-se que 67,7% dos cuidadores lavam as mãos das crianças depois de ir ao banheiro e 76,0% adotam essa medida de higiene antes de comer algum alimento. Verificou-se que mais de 90% das famílias identificam sinais comuns de adoecimento que requerem tratamento em hospitais e levam as crianças para esses serviços. Nessa perspectiva, acredita-se que a Estratégia Saúde da Família é um importante espaço de produção de saúde e de fortalecimento das competências familiares da população adscrita.
O estudo analisou a mortalidade infantil na região Nordeste do Brasil no período de 2000 a 2014. Trata-se de um estudo documental, descritivo e de abordagem quantitativa das taxas de mortalidade infantil. Foram utilizados dados do Sistema de Informação de Mortalidade e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Através das informações foram calculadas as taxas anuais de mortalidade infantil, de seus componentes (precoce, tardio e pós-neonatal) e a proporção das mortes por grupos de causas evitáveis. No período de 2000 a 2014 foram notificados 255.823 óbitos em menores de um ano no Nordeste, dos quais 168.653 (65,9%) neonatais, 86.745 (33,9%) pós-neonatais e 425 (0,2%) óbitos com faixa etária ignorada. Houve uma redução da mortalidade no período estudado em todos os componentes, entretanto o componente neonatal precoce deteve o maior número de mortes, correspondendo a 79,9% dos óbitos neonatais. A taxa de mortalidade no Nordeste apresenta queda de 45,3% passando de 26,5 por mil nascidos vivos, em 2000, para 14,5 mortes por mil nascidos vivos em 2014. O coeficiente de mortalidade proporcional por grupo de evitabilidade apresentou valores elevados entre as causas evitáveis registrando 70,1% dos óbitos, especialmente por adequada atenção à mulher na gestação, parto e ao recém-nascido (RN). As causas mal-definidas e demais causas (não claramente evitáveis) representaram 10,3% e 19,7%, respectivamente, no período estudado. O Nordeste registrou grandes avanços na redução da mortalidade infantil nos últimos anos, tais mudanças podem estar associadas à intensificação de políticas públicas, programas e ações voltadas à atenção materno-infantil.
Objective: To study the association between teenage pregnancy (ten to 19 years old) and low birthweight.Methods: Cross-sectional study carried out at a tertiary center from June 2000 to June 2001. A simple random drawing selected teenagers and adult mothers who were interviewed during the first day after birth. multivariate analysis using logistic regression of variables related to low birthweight was applied.Results: 539 pairs (mothers and their newborns) were studied -331 (61.4%) women with 20 years old or more and 208 (38.5%) <20 years old. Among the adolescents, 50 (24%) infants had gestational age <37 weeks, whereas among mothers over 20 years old, 52 (15.7%) were preterm (OR 1.58; 95%CI 1.00-2.51). Among the adolescent and adult women, there were respectively 52 (25%) and 56 (16.9%) newborns <2500g (OR 1.64; 95%CI 1.05-2.56). Among those who had adequate prenatal care, low birth weight was detected in 12.3 and 22.1% of mothers with adequate and inadequate prenatal care, respectively. The association found in the univariate analysis between low birth weight and maternal age was not sustained in the multivariate analysis.Conclusions: Low birth weight in teenage pregnancies can not be attributed only to maternal age.Key-words: pregnancy in adolescence; infant, low birth weight; morbidity. RESUMOObjetivo: Verificar a associação entre gravidez na adolescência (dez a 19 anos) e baixo peso ao nascer.Métodos: Estudo transversal realizado em maternidade terciária entre junho de 2000 a junho de 2001. Por sorteio aleatório simples, foram selecionadas mães adolescentes e não adolescentes entrevistadas no primeiro dia após o parto. Aplicou-se a análise multivariada por meio de regressão logística das variáveis implicadas com o baixo peso ao nascer.Resultados: Foram selecionadas 539 duplas (mães e seus respectivos recém-nascidos), sendo 331 (61,4%) mulheres com 20 anos ou mais e 208 (38,5%) abaixo de 20 anos. Entre as adolescentes, 50 bebês (24%) tiveram idade gestacional <37 semanas, enquanto entre as mães acima de 20 anos, 52 (15,7%) eram prematuros (OR 1,58; IC95% 1,00-2,51). Entre as adoles- Pregnancy in teenagers and low birthweight infant: is there an association?centes, ocorreram 52 (25%) recém-nascidos com peso <2500g e, entre as adultas, 56 (16,9%) tinham baixo peso (OR 1,64; IC95% 1,05-2,56). Entre as que realizaram pré-natal adequado, a ocorrência de baixo peso foi de 12,3% e de 22,1% no grupo cuja assistência foi inadequada. Nesta casuística, a associação encontrada na análise univariada entre baixo peso e mãe adolescente não se manteve na análise multivariada.Conclusões: Baixo peso ao nascer em gestações na adolescência não pode ser atribuído isoladamente à idade materna.Palavras-chave: gravidez na adolescência; recém-nascido de baixo peso; morbidade. RESUMENObjetivo: Verificar la asociación entre embarazo en la adolescencia (10 a 19 años) y bajo peso al nacer.Métodos: Estudio transversal realizado en maternidad terciaria entre junio de 2000 a junio de 2001. Por sorteo aleatorio simple, se seleccio...
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