Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela FAU/UNB, foi professora do curso de Arquitetura e Urbanismo do UniCEUB no período de 2003 a 2009. Atualmente é professora adjunta do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará. Doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela FAU/UNB e professora do UniCEUB desde 2002. Arquiteto, consultor da empresa PRISMA Consultoria.
A ascensão do objetivo da proteção ambiental interfere sobremaneira no modelo de urbanização das metrópoles brasileiras, seja na direção da universalização do acesso ao bem comum ou da privatização do mesmo. Este artigo discute uma formulação discursiva muito influente entre gestores urbanos e tomadores de decisão, que se apropria do objetivo da proteção ambiental para legitimar regulações territoriais restritivas, com efeitos socialmente perversos. O artigo discute a urbanização da Área de Proteção Ambiental do Rio São Bartolomeu, no Distrito Federal, para relacionar as pautas de proteção ambiental e de inclusão urbana, considerando a crescente magnitude da urbanização informal. Adota métodos de sobreposição espacial de dados secundários e pesquisa documental para realizar uma análise histórico-geográfica do processo de expansão urbana de Brasília, e avaliar os efeitos e a pertinência das restrições legais impostas em nome da proteção ambiental. Tendo como base as informações levantadas, o artigo sugere que a problemática ambiental urbana atual é antes de tudo uma questão política pelo acesso ao espaço urbano e suas benfeitorias. Mas deixa claro também que as opções morfológicas – padrões de urbanização – são cruciais para facultar um acesso à cidade mais democrático.
Recent studies have established the role of urban planning policies in feeding the growth of informal settlements in Brazilian cities, through the socio-spatial exclusion of low-income residents. The difficulties of reversing this exclusionary logic are due to several complex factors. A factor less discussed in Brazilian literature, which has began to draw the attention of scholars, is the invisibility of the informal city. This research assumes that it is necessary to regulate the urban form of precarious informal settlements, in order to prevent the deterioration of urban environmental quality. We highlight the importance of compiling data about their urban form and their built environment, in order to contribute to a reality-based regulatory policy for these settlements. After discussing the phenomenon of urban informality in Fortaleza, we applied a methodology that combines Geographic Information Systems (GIS) and City Information Modeling (CIM), to support the redefinition of urban rules for precarious settlements of informal origin. This procedure will reveal not only the extent of the inadequacies of the (past and current) land use and occupation codes, but will also present some potentialities of GIS and CIM to inform its redefinition.
Resumo Estudos recentes estabeleceram o papel das políticas de planejamento urbano em alimentar o crescimento dos assentamentos precários nas cidades brasileiras, através da exclusão socioespacial dos moradores de baixa renda. As dificuldades de reverter a lógica excludente se devem a vários e complexos fatores político-econômicos e culturais. Discutimos aqui um fator pouco presente na literatura nacional: o modo de representação da cidade que tende a iluminar seletivamente as questões urbanas. Problematizando a questão da informalidade urbana em Fortaleza, aplicamos uma metodologia que combina geoprocessamento e modelagem da informação, para subsidiar a redefinição das regras urbanísticas para assentamentos precários de origem informal. Esse procedimento revelará não apenas a extensão das inadequações dos atuais códigos de uso e ocupação do solo, como também apresentará algumas potencialidades do uso de técnicas de modelagem da informação da cidade para informar sua redefinição.
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