Neste artigo, problematizamos políticas educacionais que vem definindo a pós-graduação brasileira nas últimas décadas. No contexto de transição do regime monopolista de acumulação para o de acumulação sob a predominância financeira, destacamos a atual busca de transformação dessa pós-graduação nos moldes propostos pela World Class University. Nesse proposito, inicialmente recuperamos a trajetória de organização da pós-graduação, expressa em diferentes planos formulados nas últimas décadas. Na sequência apresentamos dados do investimento em pesquisa e de formação de quadros decorrentes dessa expansão. Por fim, brevemente, analisamos o V Plano Nacional de Pós-Graduação, para o período 2011-2020, procurando mostrar como ele incorpora e expressa aspectos desse movimento.
Este artigo tem como objetivo analisar o currículo oficial paulista tendo como referência as teorias críticas e pós-criticas da educação. Em um primeiro momento apresentamos a dimensão dessas teorias, a análise que fazem sobre o papel da escola no mundo contemporâneo e a presença dos diferentes autores no debate. Objetivamos explicitar a contribuição que essas teorias trouxeram para o debate educacional e, especificamente, para o debate curricular. A seguir, apresentamos o currículo oficial paulista, suas diretrizes, premissas e fundamentos. Na sequência estabelecemos as possíveis leituras do currículo paulista, tendo como referência as categorias e conceitos que fundamentam as teorias críticas e pós-críticas da educação.
Este artigo tem como finalidade apresentar resultados de uma pesquisa sobre a relação universidade – empresa, com base no itinerário percorrido por uma instituição orgânica da burguesia, fundada em 1961: o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES). Este estudo busca mostrar o instituto como parte de um movimento maior da burguesia que influencia na definição das políticas públicas para transformar a universidade em um espaço próximo aos interesses da indústria. A partir da perspectiva gramsciana de intelectual orgânico, a pesquisa possibilita que se analise tanto o discurso quanto a fala dos dirigentes do instituto, ao longo da década de 1960, e sua relação com as mudanças na atual conjuntura política do país.
O texto em tela tem como objetivo apresentar a perspectiva que professores da disciplina de física, que trabalham na rede estadual de ensino de São Paulo, possuem sobre o currículo oficial, implementado a partir de 2008, como parte do Programa São Paulo Faz Escola. Nosso intento é relatar como esse grupo de professores compreendem as demandas postas pelo currículo oficial e quais impactos produziram em seu trabalho. Na construção desse processo definimos um grupo de professores de física e realizamos um conjunto de entrevistas. As entrevistas foram estruturadas a partir de quatro blocos que trataram de formação, carreira, trabalho e prática em sala de aula. Os professores criticam o fato de não terem participado do processo de elaboração do currículo, argumentam que foram desconsideradas as peculiaridades dos contextos escolares, o que ampliou a distância entre o que estabelecia os objetivos do currículo e as condições dos alunos.
A reforma do ensino médio aprovada em 2017 e a nova BNCC, finalizada em 2018, propõem mudanças significativas para o ensino médio e estabelecem novas bases para sua organização. Esse processo, em nosso entendimento inicial, acentua os problemas que o ensino médio já possui, mantém a lógica da dualidade que o caracteriza e cria outros problemas. Formar integralmente o aluno e prepará-lo para o trabalho continuam a ser as questões centrais do debate, embora postas em nova linguagem. Diante das normas definidas pela reforma do ensino médio e pela BNCC, vivenciamos neste momento o processo de implementação destas reformas. O objetivo deste artigo é apresentar aspectos gerais da reforma do ensino médio e da BNCC, especificamente a flexibilização do currículo e a centralidade assumida pelos itinerários formativos, tendo como referência o processo de implementação pela Secretaria da Educação no Estado de São Paulo (SEDUC-SP) do Novo Ensino Médio Paulista.
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