A concepção de maternidade como um destino inevitável vem sendo questionada na contemporaneidade, a partir do crescente posicionamento de mulheres que optam por não viver essa experiência e não cumprir, dessa forma, uma das normas sociais mais fortemente ligadas à constituição da identidade feminina. O presente trabalho buscou compreender como se constituem as identidades femininas de mulheres de classe média, casadas, ou que coabitam com o companheiro, e que optaram por não ter filhos, residentes em cidade do interior do Rio Grande do Sul. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa a partir de entrevistas semiestruturadas que foram avaliadas por meio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados sugerem que as mulheres que optam por não viver a maternidade constituem suas identidades a partir da negação de representações culturais dominantes que afirmam a maternidade como destino natural de toda mulher, e o amor materno como sentimento inerente à existência feminina.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre/RS -Brasil II University of Luxembourg (UNI.LU) -LuxemburgoIII Faculdade Meridional (IMED), Passo Fundo/RS -Brasil O Brasil encontra-se em uma fase de mudança da estrutura etária da sua população. Um número cada vez maior de idosos e um número cada vez mais enxuto de crianças e adolescentes tem feito com que, pela primeira vez na história recente, a maior parcela da população brasileira seja predominantemente adulta e em idade ativa. Sob o ponto de vista demográfico, o envelhecimento populacional é resultado de dois fatores principais: o primeiro é a forte diminuição da taxa de fecundidade, que caiu de 6,2 filhos por mulher em 1960 para 1,8 filhos em 2012; o segundo é a diminuição da mortalidade infantil, que passou de 121% em 1960 para 15,7% em 2012. Tais fatores foram impulsionados por mudanças no campo social, educacional, cultural e da saúde, como a descoberta dos antibióticos, a criação das unidades de terapia intensiva e das vacinas, na metade do século passado, e as mudanças no estilo de vida, nos anos 1960. Com isso, a população brasileira envelheceu rapidamente nos últimos 50 anos, e o grupo das pessoas idosas 1 aumentou de 4,7% (1960) para 12,6% (2012). Este processo está levando a uma profunda reestruturação da população do País: o cenário em que as crianças e jovens constituem o maior grupo populacional da pirâmide etária brasileira se reverterá em bem pouco tempo. Após 2030, o grupo dos idosos será maior que o grupo de crianças com até 14 anos e, em 2055, haverá mais idosos do que crianças e jovens com até 29 anos de idade.
I I Faculdade Meridional (IMED), Passo Fundo/RS -Brasil RESUMO -Educação Financeira com Idosos em um Contexto Popular.Este artigo discute o consumo entre idosos de classes populares no contexto brasileiro e a importância de pensarmos intervenções educativas destinadas a esta população. A discussão deriva de uma pesquisa de caráter participante, desenvolvida por meio de uma ação pedagógica realizada com mulheres idosas, fundamentada em princípios da educação popular e da abordagem histórico-cultural. Os resultados sinalizaram que as participantes produziram coletivamente estratégias de controle financeiro e novas construções conceituais dos mecanismos do crédito consignado. Por fim, propõem-se alguns princípios para a criação de práticas de educação para o empoderamento e protagonismo do consumidor idoso. Palavras-chave: Educação Financeira. Envelhecimento. Consumo. Educação de Adultos e Idosos. ABSTRACT -Financial Education for the Elderly in a Low-Income Context.This article discusses consumption among Brazilian low-income elderly people and the importance of considering educational interventions designed for this population. The discussion stems from a participant observation research, developed by means of a pedagogical action performed with elderly women, founded on popular educational principles and cultural-historical approach. Results showed that the participants collectively produced financial control strategies and new conceptual constructions of consigned credit mechanisms. Lastly, some principles advocate the generation of educational practices that promote empowering and protagonism among elderly consumers.
IntroduçãoObserva-se que a inclusão digital no Brasil está apresentando significativos avanços. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) apontaram, em 2001, que um grupo ainda muito pequeno teve acesso a um computador (12,5%) e menor ainda à internet (8,3% ResumoA inclusão digital no Brasil está avançan-do, porém de forma desigual em relação às faixas etárias: uma grande parte dos adultos e idosos não sabe usar um computador e existem poucas iniciativas para incluir este grupo dentre os usuários dos recursos da informática. Para compreender melhor este desafio, o presente estudo analisa as aprendizagens de pessoas com mais de 45 anos durante cursos de introdução ao uso do computador voltados para esta faixa etária, por meio de um instrumento de observação do desempenho em várias habilidades. Os resultados apontam para ritmos diferentes de aprendizagem, bem como para certa influência da idade na execução de em algumas habilidades. A discussão dos dados apresentada neste estudo está embasada em teorias psicológicas sobre a aprendizagem.Palavras-chave: Inclusão digital. Aprendizagem. Envelhecimento.
Resumo: Este artigo apresenta uma reflexão acerca dos dados percebidos durante uma pesquisa sobre processo de aprendizagem de trabalhadores mais velhos à luz de dois referenciais teóricos sobre aprendizagem: o Modelo de Equilibração das Estruturas Cognitivas de Piaget e o Modelo de Inteligência Fluida e Inteligência Cristalizada de Horn e Cattel. A partir de um estudo de caso, realizado durante um curso introdutório ao uso do computador para trabalhadores mais velhos, demonstra-se a relevância desses paradigmas teóricos na explicação da aprendizagem de pessoas mais velhas. Palavras-chave: Aprendizagem. Envelhecimento. Educação. Abstract: This article presents a reflection about the datas noted during a research of learning processes of elder workers through two theories: the Equilibration of Cognitive Structures of Piaget and Fluid and Crystallized Intelligence of Horn and Cattel. According to a case study, carried out during an introductory course about computer usage, we can realize the importance of theses theories in the explanation of the learning processes of elder people. Keywords: Learning. Elderly. Education.
ResumoAs práticas docentes são atravessadas pelos discursos dominantes em circulação nos espaços da educação na contemporaneidade. Nesse sentido, o artigo tem como objetivo analisar os discursos pedagógicos predominantes entre os professores quando se trata de metodologias de ensino. Para o estudo, selecionamos as noções de discurso pedagógico (Díaz, 1998), discutido a partir da compreensão de discurso de Michel Foucault. Para obtenção das informações, utilizamos questionários respondidos por 120 professores de escolas públicas e privadas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, na região Sul do Brasil. As informações obtidas mostram que a interdição das metodologias centradas no ensino e o predomínio de uma pedagogia do aprendiz constituem o discurso pedagógico predominante na atualidade. Sommer (2005)
A chefia familiar feminina confere à mulher brasileira uma posição de destaque frente às responsabilidades familiares e está se tornando constante nas comunidades populares. Dessa forma, este trabalho objetiva analisar os sentidos que as mulheres atribuem à posição de chefe de família. Esta pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico, teve como instrumento de coleta de dados entrevistas biográficas e diários de campo. Participaram deste estudo cinco mulheres chefes de família de uma comunidade da cidade de Santa Maria/ RS. Os resultados indicam que a chefia familiar é associada ao trabalho, à administração do orçamento, ao cuidado dos filhos e do lar. A ausência de um companheiro resulta em um aumento da exigência para as mulheres, mas lhes concede status e reconhecimento pelo grupo familiar, pois a chefe de família abdica de projetos individuais em prol do coletivo. Dessa forma, a mulher fortalece sua autonomia e constrói um espaço que possibilita sua constituição como sujeito transformador de sua realidade.
A chefia familiar feminina confere à mulher brasileira uma posição de destaque frente às responsabilidades familiares e está se tornando constante nas comunidades populares. Dessa forma, este trabalho objetiva analisar os sentidos que as mulheres atribuem à posição de chefe de família. Esta pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico, teve como instrumento de coleta de dados entrevistas biográficas e diários de campo. Participaram deste estudo cinco mulheres chefes de família de uma comunidade da cidade de Santa Maria/ RS. Os resultados indicam que a chefia familiar é associada ao trabalho, à administração do orçamento, ao cuidado dos filhos e do lar. A ausência de um companheiro resulta em um aumento da exigência para as mulheres, mas lhes concede status e reconhecimento pelo grupo familiar, pois a chefe de família abdica de projetos individuais em prol do coletivo. Dessa forma, a mulher fortalece sua autonomia e constrói um espaço que possibilita sua constituição como sujeito transformador de sua realidade.
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