ResumoEste estudo teve por objetivo investigar o uso de álcool, tabaco e drogas por alunos da área de saúde de uma universidade particular da cidade de Curitiba. A amostra foi composta por 538 estudantes, de 18 a 54 anos, dos Cursos de Educação Física, Fisioterapia, Nutrição e Psicologia. Empregou-se para a coleta de dados o "Questionário para o levantamento do uso de álcool, drogas e condições de saúde". Os resultados apontam para um elevado consumo de álcool e tabaco, principalmente nos Cursos de Educação Física e Psicologia, que também se destacam no consumo de outras substâncias. Observa-se um consumo mais elevado de anabolizantes pelos alunos de Educação Física, e de anfetaminas no Curso de Nutrição e Fisioterapia. Quanto à história de consumo, amigos ou conhecidos são apontados para a introdução no uso e como companhia freqüente para o consumo; como motivo de uso pela primeira vez destacam-se a busca de diversão ou prazer, e como motivos para manter o consumo, a quebra da rotina, para curtir os efeitos e para reduzir a ansiedade/estresse. Cerca de 30% dos alunos consumiram uma ou mais substâncias anteriormente à universidade. Palavras-chave: Uso de drogas; estudantes universitários; fatores de risco. AbstractThe aim of this research was to investigate the consumption of alcohol, tobacco and other drugs by students of health services from a private university in Curitiba, the state capital of Paraná, Brazil. The sample was composed of 538 students between 18 and 54 years old, taking major degrees in Physical Education, Physiotherapy, Nutrition and Psychology. An anonymous self-completed questionnaire has been used to collect socio-demographic data and to identify patterns of non-medical use of psychoactive drugs, as well as getting information about the history of use of these substances. The results have shown an elevated consumption of alcohol and tobacco, mostly from Physical Education and Psychology majors, which have also stood out as consumers of others substances. An elevated consumption of anabolic steroids by the students of Physical Education and a high consumption of amphetamines in Nutrition and Physiotherapy majors was detected. Concerning the history of consumption, friends and acquaintances have been pointed out as the main inductors for these kinds of substances and as regular company when consuming the drugs, recreation and pleasure have been highlighted as the motives for using the drugs for the first time, and breaking up routines, to enjoy the effects and to reduce anxiety/stress are highlighted as motives to maintain consumption. Around 30% of the students have used one or more substances before attending university.
Resumo A espiritualidade/religiosidade tem sido apontada como uma importante dimensão para a área da saúde. O objetivo desse estudo é apresentar uma revisão sistemática sobre saúde e espiritualidade/religiosidade, como foco em instrumentos para sua mensuração. Buscou-se por trabalhos com as palavras-chave “escalas espiritualidade/religiosidade” e “escalas espiritualidade/religiosidade e saúde” nas bases de dados CAPES, DOAJ, Lilacs, Pubmed, Scielo e Web of Science, entre 2000 a 2017. Foram encontrados 500 trabalhos dos quais 35 foram selecionados, adotando critérios de originalidade, disponibilidade, língua (Espanhol, Inglês ou Português) e descrição de escalas específicas de espiritualidade/religiosidade adaptadas para o contexto brasileiro. Dessa amostra foram encontrados 16 instrumentos de mensuração. Os três instrumentos com mais estudos foram o WHOQOL-100 (incluindo sua versão reduzida e o módulo SRPB), a Escala de Bem-estar Espiritual (EBE) e a Escala de Coping Religioso/Espiritual (CRE) e sua versão abreviada (CRE-Breve). Pode-se concluir que ainda há escassos estudos na área, apesar de haver muitos instrumentos de mensuração, há poucos estudos continuados de validação para o contexto brasileiro.
This article conducts a theoretical discussion between C. G. Jung and other authors to relate and clarify aspects of the concepts of myth, symbol and archetype. On the concept of collective unconscious and archetype of the work of Jung, shows both forms of operation of the psyche: rational and causal to the ego and imaginal and analogic to the unconscious. Thus, the archetypes can be considered as categories of the imagination and are expressed in symbolic form, requiring a comprehensive, qualitative and acting role of mediation between the opposing dynamics through a redundant and repetitive, but improved. This dynamic appears in the ritual, the repetition behavioral level, and in myths, than are a symbolically narrative that mark the beginning of the process of rationalization of symbols. If this process is deepening, becomes the symbol sign and loses its experiential nature and ability to mediate conflicts. The excessive exploitation of rationality in modern thought leads to ignore the sign and thus the person loses the ability to mediate the conflicts experienced in its existence as between himself and the world, feeling their lives empty and meaningless.
A psicopatologia como uma experiência da alma* T I N O A M E R I C A N A DE P S I C O P A T O L O G I A F U N D A M E N T A L 486Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, v. 14, n. 3, p. 485-498, setembro 2011 A psicopatologiaO termo psicopatologia é, em geral, utilizado para se referir ao estudo das doenças mentais, abrangendo desde a perspectiva descritiva e sintomática até a teoria da origem e da manutenção dos funcionamentos psíquicos chamados mórbidos (Pereira, 2002). Entretanto, ele abrange uma série de diferentes definições, cada qual relacionada a um contexto, seja médico, psicológico, ou, ainda, ligado a distintos olhares dentro da própria psicologia.Atualmente, a psicopatologia é estudada principalmente pela psiquiatria e pela psicologia. Entretanto, o desenvolvimento de diferentes correntes e conceituações acerca do psicopatológico, trazem a possibilidade, segundo Beauchesne (2002), de uma ruptura entre as diferentes tendências, até mesmo do desaparecimento das referências psicopatológicas. Passa-se, então, a repensar o fenômeno psicopatológico e também os modelos que caracterizam cada uma dessas diferentes tendências, principalmente o modelo médico que tentou unificá-las, normalizando e classificando o indivíduo que adoece. Surgem questionamentos sobre esse modelo, enfatizando a ótica das singularidades e do processo psicopatológico como uma possibilidade de restabelecer a saú-de psíquica e não mais como degenerador.Segundo Ceccarelli (2005), a palavra psicopatologia é composta por três palavras gregas: psychê, pathos e logos. Psychê resultou em psique, psíquico, psiquismo e alma. Pathos em paixão, excesso, passagem, passividade, sofrimento, assujeitamento e patológico. E logos, em lógica, discurso, narrativa e conhecimento. Psico-pato-logia poderia ser, então, um discurso ou um saber sobre a paixão da alma. Ou seja, um discurso representativo a respeito do sofrimento ou do padecer psíquico. 487Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, v. 14, n. 3, p. 485-498, setembro 2011 ARTIGOS Para o contemporâneo psicólogo arquetípico James Hillman 1 (1999), a palavra pathos também representa algo que se experimenta, uma comoção e a capacidade de comover-se, assim como as trocas que a alma sofre. Para ele, a patologia está presente na vida de todas as pessoas e o sofrimento é a sua imagem comum. Ela representa um movimento da psique (ou da alma) válido, autêntico e necessário.Trata-se de um olhar diferenciado do tradicional modelo médico de classificação das doenças mentais -representado, atualmente, pelos conhecidos manuais, como o DSM (Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana) e o CID (Classificação Internacional de Doenças) -dominantes nos discursos dos profissionais da área da saúde e, inclusive, da psicologia.Uma das grandes críticas que se faz a esses manuais, principalmente pelas abordagens psicológicas, "é o fato de não levar(em) em conta a subjetividade tanto daquele que está sendo 'classificado' quanto daquele que classifica: o olhar de quem o...
A r t i g o o signiFicaDo Da psicologia e Da terapia holística para terapeutas holísticos graDuaDos em psicologia
O artigo propõe que a tecnologia tem assumido expressões religiosas, das quais emergem os conceitos de tecnognose e tecno-religiosidade, fazendo referência a uma espécie de culto à tecnologia no qual aparecem fantasias de progresso e transcendência. Nesse contexto, os jogos digitais são vistos como um espaço de realização de algumas dessas fantasias, mas nota-se que não podem ser reduzidos apenas a isso. Nota-se que os jogos, em especial os de representação de papéis (RPGs), possibilitam a emergência de processos psicológicos paralelos à realização de fantasias que auxiliam no desenvolvimento da personalidade do jogador e na ampliação de sua consciência. Assim, defende-se que tecnologia e jogos digitais sejam considerados como objetos plurais, nos quais manifestam-se aspectos religiosos e fantasiosos bem como potenciais reais de desenvolvimento.
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